quinta-feira, dezembro 27, 2012

E verás o revés Anteu


A tua alma cansada de titã
Não pode, não quererá
Tocar mais
Esse materno solo... 
Uma vez no ar, hercúleo será o teu ostracismo. 


XXVII - XXII - MMXXII

domingo, dezembro 23, 2012

"Mas que Fresca Mondadeira" - Teresa Silva de Carvalho




Que belo poema! Eis o meu Alentejo numa das vozes mais bonitas (e esquecidas) que a música popular portuguesa tem. Do disco de 1977 "Ó Rama, Ó que Linda Rama" de Teresa Silva Carvalho que o nosso amigo Pedro me emprestou.
Este post é dedicado a ele e ao meu primo Luis Neves que, de certeza, também sente esta canção como nós.
Um forte abraço.

From my window...

Diary of the bird's crisis

From my window
I see birds.
But they don´t fly.
Why?
Maybe,
They are too afraid
to believe in their
future.

December, 2012.

"Merry Christmas" com muitos momentos Kodak


Boas Festas para todos!
¡Felices Fiestas para todos!
Merry Christmas to you all!


Não sei o nome, sei que é uma foto de Sandra Marisa Monteiro dos Santos

Na net, enquanto navegava à procura de informação, cruzei-me com esta foto de Sandra Marisa Monteiro dos Santos sobre o Caminho de Santiago. Tomei apenas a "dupla liberdade" de a publicar e fazer um pequeno "crop" para a centrar nesta tríade tão peculiar: aquele que caminha e a inactividade activa dos felinos ao sol.
Esta foto aqueceu-me num frio dia. Vitamina D através de pixeis. Parabéns cara Sandra.

Olha o passarinho!


Uma fotografia de 1932 do fotógrafo alemão August Sander.



quarta-feira, dezembro 19, 2012

A raiz mais profunda do afecto da qual jamais nos separaremos

Hoje, há momentos, estive na festa de Natal do meu filho. Os seus dois anos alegremente dançavam ao som do pop natalício importado da terra dos Saxões.
Estava feliz, está feliz. Sei que é inocentemente feliz.
Iniciámos a nossa história de família, avô.
Estou longe.
Custa-me não poder dizer-te que o vejo crescer assim.
Custa-me saber que estás aí e eu aqui, sem te dar notícias do nosso Benfica e do meu Real Madrid. Estou desatualizado.
Sabes que o sobreiro foi considerado árvore nacional? Também eu me ri. É o mesmo que considerarem um alentejano património da humanidade!
Tu és o meu património. Sê-lo-ei de alguém?
Não. É melhor não sê-lo.



terça-feira, dezembro 18, 2012

Geografia das Amizades - Gonçalo Cadilhe (Novembro de 2012)



Gostei particularmente desta crónica. Tinha-a aqui guardada para a "postar" aqui nos "senderos". Mais um pequeno prazer, desta feita pela "pena" do jornalista "turista" Gonçalo Cadilhe. Só por isto vale a pena comprar a revista "Visão"...
Ah, e por causa do J.L. Peixoto, do Lobo Antunes, do José Gil, do Gonçalo M. Tavares, do Boaventura Sousa Santos...
Aquele abraço e boa noite. Estou cansado. Mas era capaz de ir até ao Japão... ou não...

segunda-feira, dezembro 17, 2012

O dia seguinte a uma tragédia

Depois de um dia com a noticia de um massacre tão brutal e inexplicável , o que pensar da nossa condição humana...
O que dizer ou explicar no dia a seguir de um crime tão horrivel, e que nos deixa sem saber o que explicar às crianças. Como o mundo se está a transformar num mundo Insano...
Como não sei o que dizer perante um acto tão odioso e tresloucado , ...
só posso prestar a minha homenagem a quem não teve mais tempo para continuar a viver. homenagear quem está a sofrer a perda das suas crianças.
As mais sentidas palavras para todos os familiares das crianças que morreram a semana passada na cidade de Newton. Uma tragédia que toca a toda a humanidade.
E esperar que se consiga evitar mais tragédias como esta ...


Ficam aqui algumas pequenas palavras de Mahatma Ghandi

"A lei de ouro do comportamento é a tolerância mútua, já que nunca pensaremos todos da mesma maneira, já que nunca veremos senão uma parte da verdade e sob ângulos diversos."
"Viva como se fosse morrer amanhã"
"aprenda como se fosse viver para sempre"Ghandi
À DESCOBERTA DO AMOR
Ensaia um sorriso
e oferece-o a quem não teve nenhum.
Agarra um raio de sol
e desprende-o onde houver noite.
Descobre uma nascente
e nela limpa quem vive na lama.
Toma uma lágrima
e pousa-a em quem nunca chorou.
Ganha coragem
e dá-a a quem não sabe lutar.
Inventa a vida
e conta-a a quem nada compreende.
Enche-te de esperança
e vive á sua luz.
Enriquece-te de bondade
e oferece-a a quem não sabe dar.
Vive com amor
e fá-lo conhecer ao Mundo.


Ghandi

domingo, dezembro 16, 2012

Praça do Sertório - Évora, 2010

Numa manhã qualquer. Estava sol. Mas eu via-o a preto e branco. Sabe-se lá porquê?

Os clássicos e a gravata (P/B) - Foto: Revista Sábado

Foto da revista Sábado, numa reportagem sobre o "ministro Dr. Relvas", que para aqui editei e decidi partilhar. Obviamente que as figuras centrais são os clássicos...
Cuidado. A ver o Relvas não nos fecha o blog.
Pode ser que esteja entretido com a RTP...

Bicicletas e mais de alexanderer









La buena educación


alexanderer é  chileno e faz desenhos como estes.


quarta-feira, dezembro 12, 2012

Meu Querido Corto Maltese - Filipa Pais


Na voz, busco a força anseios
No mar, a brisa e a calmaria
Não vejo porquê
Nele encontrar só tormentas
Se ele é o caminho
Que abranda as minhas contendas
Já fui, pra lá de toda a tristeza
Ao fundo, mais longe que a solidão
Por ele voltei, na barca dos meus encantos
Com ele afastei de mim, má sina e prantos
Voltei ao meu porto de abrigo
Baixei velas, lancei ferros
(que saudade do teu olhar)
Busquei, estavas na mesa do canto
Copo de vinho à espera
Da aventura sempre à mão
Trazias no peito uma flor
E um coração ditoso
Pois quem volta traz sempre feridas
Da guerra da luta contra os elementos
Mas teu colo morno eterno
Sempre me vai acolher
É tarde, estou cansada vou ficar
Se as ondas forem perfeitas
E o vento, a lua não me chamarem

O Poeta em Lisboa - António José Forte

Quatro horas da tarde.
O poeta sai de casa com uma aranha nos cabelos.
Tem febre. Arde.
E a falta de cigarros faz-lhe os olhos mais belos.

Segue por esta, por aquela rua
sem pressa de chegar seja onde for.
Pára. Continua.
E olha a multidão, suavemente, com horror.

Entra no café.
Abre um livro fantástico, impossível.
Mas não lê.
Trabalha - numa música secreta, inaudível.

Pede um cigarro. Fuma.
Labaredas loucas saem-lhe da garganta.
Da bruma
espreita-o uma mulher nua, branca, branca.

Fuma mais. Outra vez.
E atira um braço decepado para a mesa.
Não pensa no fim do mês.
A noite é a sua única certeza.

Sai de novo para o mundo.
Fechada à chave a humanidade janta.
Livre, vagabundo
dói-lhe um sorriso nos lábios. Canta.

Sonâmbulo, magnífico
segue de esquina em esquina com um fantasma ao lado.
Um luar terrífico
vela o seu passo transtornado.

Seis da madrugada.
A luz do dia tenta apunhalá-lo de surpresa.
Defende-se à dentada
da vida proletária, aristocrática, burguesa.

Febre alta, violenta
e dois olhos terríveis, extraordinários, belos.
Fiel, atenta
a aranha leva-o para a cama arrastado pelos cabelos.

António José Forte

sexta-feira, dezembro 07, 2012

"Vincent e Jules" - Um cartoon que fotografei em Leiria em 2008...

Peço desculpa ao autor deste cartoon, que fotografei há já quase 5 anos em Leiria, mas não me recordo do seu nome... A sua obra, e a referência a esta obra-prima de Tarantino, sim ficou gravada no meu telemóvel na época.
Agora sai do baú digital, em honra de Vincent Vega e Jules Winnfield...
Bom fim-de-semana!

quarta-feira, dezembro 05, 2012

A Definição de Filho... segundo consta na web de José Saramago

“Filho é um ser que nos foi emprestado para um curso intensivo de como amar alguém além de nós mesmos, de como mudar nossos piores defeitos para darmos os melhores exemplos e de aprendermos a ter coragem. Isto mesmo ! Ser pai ou mãe é o maior ato de coragem que alguém pode ter, porque é se expor a todo tipo de dor, principalmente da incerteza de estar agindo corretamente e do medo de perder algo tão amado. Perder? Como? Não é nosso, recordam-se? Foi apenas um empréstimo”.

Não me Peçam Razões...

Não me peçam razões, que não as tenho, 
Ou darei quantas queiram: bem sabemos 
Que razões são palavras, todas nascem 
Da mansa hipocrisia que aprendemos. 

Não me peçam razões por que se entenda 
A força de maré que me enche o peito, 
Este estar mal no mundo e nesta lei: 
Não fiz a lei e o mundo não aceito. 

Não me peçam razões, ou que as desculpe, 
Deste modo de amar e destruir: 
Quando a noite é de mais é que amanhece 
A cor de primavera que há-de vir. 

José Saramago, in "Os Poemas Possíveis"

segunda-feira, dezembro 03, 2012

Cine - fiesta 2012     Mostra de Cinema Espanhol
em Lisboa e Porto
fui ver este filme de animação Arrugas


CineFiesta Arrugas
http://www.cinefiesta.pt/portfolio/arrugas-lx/

Un Zoo en Invierno - Jiro Taniguchi

 Hace ya unos siete u ocho años que empecé a guardar reflexiones aquí en este blog de amigos y uno de los primeros "posts" fue dedicado a uno de mis autores de manga favoritos: Jiro Taniguchi.
Hace poco, gracias a la afición que tengo al "Hombre que Camina", me he comprado su obra "Un Zoo en Invierno" y me ha gustado bastante. Sin embargo, lejos del ambiente "zen" de la obra que lo hizo famoso, es una obra autobiográfica con bastante calidad gráfica y histórica. La componente introspectiva esa si la vemos en cada página... una característica de Taniguchi y de su pueblo nipónico. 


"Y yo volvía a quedarme solo".

El Arte de Volar - Antonio Altarriba y Kim

Conversando con mi amigo Pablo Calvo, me he enterado por la primera vez de la existencia de este cómic estupendo (Premio Nacional de España en 2010). Por suerte, Pablo lo ha recomendado para la biblioteca de nuestro centro y ahí lo tenemos disponible para cualquiera que lo quiera leer.
No me he quedado indiferente a esta historia de vida, este sentimiento de empatía me persigue siempre que pienso en la existencia del padre de Antonio, su lazo de sangre con su hijo, sus sueños, sus frustraciones y las "ganas de volar" para un final más digno... me da mucho que pensar como nieto, hijo, padre...
Jorge Palma, el famoso contautor portugués,  tiene una canción que termina de la misma manera: "Abriu a janela e voou..."

Sin ninguna duda, os recomiendo "un paseo" por este cómic. Preparaos, no es de fácil lectura si os sentís demasiado afectados por la gravedad de los tiempos del presente que, en la realidad, son un anacronismo que nos persigue...


domingo, dezembro 02, 2012

"Picture" - Uma recordação dos cinemas "Alfa" de Évora

Antes do digital, o cinema chegava-nos assim, em película. Este é o trailer de "O Último Contrato". Uma recordação dos cinemas Alfa em Évora, da cabine de projecção e dos meus bons amigos Pacó e Zezinha...
Não era o "Cinema Paraíso", mas não estava longe... aí entrei em criança, fui adolescente, jovem adulto e já a saber o que era a vida vi-os a fechar sem alternativa.
Um garrote à cultura que ainda teimava em persistir na cidade que me viu nascer.
Há muito que não presto atenção a essas notícias, mas acho que Évora continua sem cinema... talvez triste... talvez resignada... Mas aqueles que crescemos com o "Alfa 1" e o "Alfa 2" ninguém nos tira essa boa memória... aí não chegam os políticos... Aí, mesmo que queiram, negamos-lhe a ordem de clausura!
Boa noite minha cidade...

El futuro de un país, literalmente, en un tendedero.


El futuro de un país, literalmente, en un tendedero.  Hay que lavar, secar y volver a usar.
Escuela pública, el futuro de un país más igualitario. Creo que parafraseando a Churchill: “No es perfecto, pero es el más justo”.
No somos todos iguales, pero todos debemos de tener las mismas oportunidades.
La educación es una inversión, cuyo ánimo de lucro es una sociedad más justa y sostenible. Para eso no hace falta regalar 1000€ por alumno, hay otras maneras…
¡Imaginación al poder! Es una sugerencia...

sábado, dezembro 01, 2012