Todos tenemos en algún rincón de
nuestras estanterías (o corazón), nuestros verdaderos héroes. Estos son algunos
de mis "Avengers" o "Justice League"... Comandados por el
Capitán Salgueiro Maia, con el valor adolescente de Spiderman, la
indestructibilidad de carácter de Superman, la filosofía del Principito y la
inteligencia de Charlie Brown. El Capitán Haddock mantiene la alegría ebria del
grupo. En fin, la “Liga de los Héroes Obreros” que existe en mi escritorio y me
acompaña mientras me dedico a cosas inútiles que me aportan tanto placer.
segunda-feira, julho 22, 2013
Hoje, na companhia de Miguel Torga
Hoje, na companhia de Miguel Torga, vieram-me uns assombros "hamletianos": "Ser, ou não ser Alentejano, eis a questão"!
Nas palavras do poeta:
"O Alentejano sem medo da imensidade
abriu a terra
em riscos de fogo e de esperança
com a ponta da charrua".
quinta-feira, julho 18, 2013
El príncipe de Jola
A Juanjo. Mi
principito.
El príncipe
de Jola
No
sonreía.
Él era
la pura sonrisa.
Su
principado
No tenía
súbditos.
Era
perfectamente poblado
Por sus
queridos gatos.
El príncipe
de Jola
Nació
después que Saint-Exupéry
Desapareciera,
Aéreo,
En el
mediterráneo.
El principito
De la
tierra de los hombres
No
tenía un elefante,
Ni un
cordero, asteroides, planetas
Arborizados
o por arborizar.
Tenía
la lenta flor de la curiosidad,
Regada
con el silencio de sus lágrimas.
El príncipe
de Jola,
Moreno y sin bufanda,
Es mi principito.
Es mi principito.
Con
él aprendí que cada piedra es un trono
Y que
todos somos pequeños,
Pero
príncipes,
Dignos de nuestras
circunstancias.
La
Campiña. 2013.
terça-feira, julho 16, 2013
Mais um projecto. Repórter da 2ª Temporada do programa "Falamos Português" do Canal Extremadura.
No dia em que se lembraram de mim para colaborar neste projecto fiquei bastante lisonjeado e motivado para tentar dar o meu melhor contributo.
Ontem começámos as gravações e, por casualidade, logo em Évora. Voltei para divulgar esta cidade que, apesar de já lá não viver, é uma paixão daquelas que "passa ficando".
O dia foi duro, nublado, desorganizado, mas afinal até foi produtivo. Veremos que tal o resultado final.
Obrigado a todos os amigos e desconhecidos que participaram. E, claro, aos meus companheiros de trabalho (David, Mendo e "H") que com a sua experiência me ajudaram a integrar-me.
Amanhã há mais. Onde ainda não sei. Deverá ser por aqui perto.
Abraço.
domingo, julho 14, 2013
"Baker Street" by Gerry Rafferty
Windin' your way down on Baker Street
Light in your head and dead on your feet
Well another crazy day
You'll drink the night away
And forget about everything
This city desert makes you feel so cold.
It's got so many people but it's got no soul
And it's taking you so long
To find out you were wrong
When you thought it had everything
You used to think that it was so easy
You used to say that it was so easy
But you're tryin'
You're tryin' now
Another year and then you'll be happy
Just one more year and then you'll be happy
But you're cryin'
You're cryin' now
Way down the street there's a lad in his place
He opens the door he's got that look on his face
And he asks you where you've been
You tell him who you've seen
And you talk about anything
He's got this dream about buyin' some land
He's gonna give up the booze and the one night stands
And then he'll settle down there's a quiet little town
And forget about everything
But you know he'll always keep movin'
You know he's never gonna stop movin
Cus he's rollin'
He's the rollin' stone
And when you wake up it's a new mornin'
The sun is shinin' it's a new morning
You're goin'
You're goin' home.
sábado, julho 13, 2013
Da lista dum telemóvel desaparecerão nomes. Inevitavelmente
A todos aqueles que os meus polegares não têm coragem de apagar.
Updates, falta de espaço e esquecimentos encarregar-se-ão disso,
Quer eu queira, quer não.
Da lista dum telemóvel desaparecerão nomes.
Inevitavelmente
Continuas na minha agenda.
Se te telefonar vais atender?
Tens rede por onde andas?
O número será o mesmo?
Não pergunto por perguntar,
Indicativo de que não te posso mentir,
Neste menu, que se maneja a toque hesitante de polegar,
Ainda estás por enterrar.
Velo o teu nome num aparelho eléctrico,
Que dá sinais que o tenho de carregar
(a troco da memória não me falhar)
E não sei se estás aí,
Como antes, numa chamada diária,
Sem importar quem a cobraria,
Ou numa mensagem de ortografia
Fria e cheia de emoticons.
Opções. Apagar contacto? Seleccionar.
(de ti?)
(em mim?)
Sim/Não.
Onde está o não se pode apagar?
Porque é que não és o meu número de urgência que se permite sem saldo e sem cartão?
Como é que este telemóvel pode fazer o seu luto se são os meus polegares que se vêem privados do toque no ecrã?
Foi mais fácil empunhar a terra e deixar que os seus grãos escorressem dos meus dedos…
À madeira.
Que fazer “delete” neste pequeno féretro que trago no bolso.
2012/2013
O "Zé" que encontrei a bordo do "Vitorino Nemésio" da TAP, quando não me deram lanche.
Nestes últimos dias que estive a visitar a Holanda, tive que viajar na Transportadora Aérea Portuguesa (TAP), uma vez que não conseguimos voos “low-cost” dignos desse nome. Um dos argumentos que nos levou a optar pela TAP foi a possibilidade de um “lanchinho” a bordo que geralmente nas “Easyjet”, “Ryanair” e companhias não é possível…
No entanto, no voo das 7.00h nada disso foi possível devido a uma nova política de redução de custos na empresa. Eu já tinha pago 3 bilhetes com direito a tal. O que fazer? Reclamar em pleno voo. Impresso de reclamação preenchido pela tinta negra da minha Bic sem esperança de ser ressarcida…
Mas na TAP nem tudo são ausências de merenda e cafezinhos. No meio de publicidade a relógios de mais de 4000€, perfumes e bijutaria “up in the air”, a TAP tem uma revista “UP” que me surpreendeu com uma entrevista aos irmãos Salomé (Janita e Vitorino), com artigos interessantes e com crónicas do Gonçalo M. Tavares e do José Luís Peixoto.
Já que não me deram de comer e paguei (por 3!), decidi fazer-me acompanhar em terra pela “Up”, analisando-a posteriormente, e atentamente, na tranquilidade do meu quarto de banho. Não foi um delito (como o que teremos cometido com a manta vermelha?) porque acho que elas estão lá para que as levemos…
Aqui está a crónica do José Luís. “Zé”. Esse nome com o qual qualquer português está tão familiarizado.
Breve partilha da minha sorte infinita - José Luís Peixoto
O José Luís Peixoto é mesmo o meu escritor português favorito da actualidade. É sempre um prazer cruzar-me com ele onde quer que seja.
Esta semana na "Visão": "Breve partilha da minha sorte infinita".
Como me identifico com "A vontade de reconhecer os melhores momentos da minha vida no instante em que estou a vivê-los, dá-me a lucidez de estar sempre alerta para a felicidade. Essa é a minha sorte"...
O espírito calvinista holandês...
A herança calvinista holandesa reflete-se quer na austeridade
pragmática, quer na ostentação sumptuosa. O capitalismo da tulipa legalizou
muitas coisas e privatizou muitas mais.
O mais curioso deste país (que me deixou de “boca aberta”
quase sempre pela positiva) é que tem escassez de mão-de-obra qualificada,
fruto de uma educação pública que nos últimos anos tem sido entregue a mão de
privados. Não sou eu que o digo. São os seus habitantes que estão já a pagar a
factura.
A herança católico-cristã do sul europeu está a aproximar-se
cada vez mais da herança protestante. As origens são diferentes, as tolerâncias
e os costumes também. A ver no que isto dá? Como o outro diz: “dá merda!”.
quinta-feira, julho 11, 2013
quinta-feira, julho 04, 2013
Duas de Vitorino
Depois de ver a fotografia da Elsa no blogue e depois do domingo passado, lembrei-me desta canção, Semear salsa ao reguinho, que, ainda por cima, tem um belo "prólogo": Se fores ao Alentejo.
Está fresquinho pelas Holandas?
terça-feira, julho 02, 2013
A alegria que é ver o teu nome no mapa
A alegria que é ver o teu nome no mapa
E fingir que não estás aí, não o seria capaz.
Seria como negar a paternidade de meu pai.
Sou eu que me aponto,
Sou eu que me localizo,
Sou rio que rio.
Sem norte magnético
(nem necessidade de cartas militares)
Mas bastante distante do meu marco geodésico.
As estações nunca se esquecem dos seus passageiros,
Nem por aqui neva no papel. Apesar do frio
A primavera desloca-se nas linhas do meu indicador
E florescem jaras nos nossos sorrisos.
E fingir que não estás aí, não o seria capaz.
Seria como negar a paternidade de meu pai.
Sou eu que me aponto,
Sou eu que me localizo,
Sou rio que rio.
Sem norte magnético
(nem necessidade de cartas militares)
Mas bastante distante do meu marco geodésico.
As estações nunca se esquecem dos seus passageiros,
Nem por aqui neva no papel. Apesar do frio
A primavera desloca-se nas linhas do meu indicador
E florescem jaras nos nossos sorrisos.
À pequena Isabel, cujo sorriso me ensinou que nos podemos encontrar em qualquer lado.
Nem que seja num mapa.
13/V/2013 Castelo Branco
Prazeres (Bertold Brecht)
O primeiro olhar da janela de manhã
O velho livro de novo encontrado
Rostos animados
Neve, o mudar das estações
O jornal
O cão
A dialéctica
Tomar duche, nadar
Velha música
Sapatos cómodos
Compreender
Música nova
Escrever, plantar
Viajar, cantar
Ser amável.
Bertold Brecht, in 'Do Pobre B.B.'
Mi Jiniebro
Tuve una casa llamada el Jiniebro.
Poco tiempo tuve la casa pero disfruté del entorno a tope.
El Jiniebro me devolvió la Primavera
Y me trajo la campiña en sus brazos.
segunda-feira, julho 01, 2013
O Meu Amor é Verde!
Detrás de tudo o que faço, está a minha princesa. É raro referi-la e mostrá-la assim publicamente, pelo motivo que é uma espécie em vias de extinção e há que cuidar muito bem dessas espécies.
A Elsa é a minha esposa. A minha "media naranja". Adoro ver a forma como ela cuida a terra, fico abismado como ouve as plantas, como se entende com os animais e trata por tu toda a natureza.
Num breve resumo: "O Meu Amor É Verde!". E escolheu-me para a ajudar na sua fotossíntese...