tag:blogger.com,1999:blog-271582232024-03-17T08:05:21.432+00:00Senderos da Mão EsquerdaLuis Lealhttp://www.blogger.com/profile/11227955990718032380noreply@blogger.comBlogger5189125tag:blogger.com,1999:blog-27158223.post-62124268613795606972024-03-17T08:04:00.001+00:002024-03-17T08:04:48.495+00:00El típico dilema de los líricos...El típico dilema de los líricos: ¿Vivir de los versos o vivir para los versos?<div>O típico dilema dos líricos: Viver dos versos ou viver para os versos?</div>Luis Lealhttp://www.blogger.com/profile/11227955990718032380noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-27158223.post-32513856651758510672024-03-17T08:00:00.001+00:002024-03-17T08:00:13.979+00:00La espera de la perfección...La espera de la perfección es eterna, pero es perfecta en su finitud.<div>A espera pela perfeição é eterna, porém é perfeita na sua finitude.</div>Luis Lealhttp://www.blogger.com/profile/11227955990718032380noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-27158223.post-59766758113333086972024-03-17T07:54:00.001+00:002024-03-17T07:54:15.395+00:00A propósito de integração...A propósito de integração: Integrava-se tão bem que ninguém dava por ele.<div>A propósito de integración: Se integraba tan bien que nadie se daba cuenta de él.</div>Luis Lealhttp://www.blogger.com/profile/11227955990718032380noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-27158223.post-65636565591440103252024-03-17T07:44:00.001+00:002024-03-17T07:44:17.788+00:00Urinou sobre...Urinou sobre um formigueiro e sentiu o diluvio a sair da sua uretra de falso deus todo-poderoso. <div><br><div>Orinó sobre un hormiguero y sintió el diluvio saliendo de su uretra de falso dios todopoderoso.</div></div>Luis Lealhttp://www.blogger.com/profile/11227955990718032380noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-27158223.post-44369183673400333092024-03-15T22:20:00.002+00:002024-03-15T22:24:23.063+00:00"Lao Tse" - S. leyendo el poema Lao Tse de Pedro Martín en la clausura de la exposición dedicada a Nicholas Roerich en Kenshinkan Dojo (Foto de David)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEiCPl93gLI29egOW0x0l8D6WnEwlaejNR8u5ao7WJtOHlMhcU4OFehCc89KtTlsbSXSFg_n8JjkpQz6HFCNFJkolsqPVGEhwOPkPL0I_y8s5CDj6cVlMg-YVsv5z3TIXqK_Evxj2LvZGvBPykqyplFHx2j-qsYqSSG7vfOlTFFf09Fo6StC9DItiQ" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;">
<img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEiCPl93gLI29egOW0x0l8D6WnEwlaejNR8u5ao7WJtOHlMhcU4OFehCc89KtTlsbSXSFg_n8JjkpQz6HFCNFJkolsqPVGEhwOPkPL0I_y8s5CDj6cVlMg-YVsv5z3TIXqK_Evxj2LvZGvBPykqyplFHx2j-qsYqSSG7vfOlTFFf09Fo6StC9DItiQ" width="400">
</a>
</div>Luis Lealhttp://www.blogger.com/profile/11227955990718032380noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-27158223.post-9214075093125911672024-03-14T21:58:00.000+00:002024-03-14T21:59:01.394+00:00Los hijos son maravillosos...<div>"Los hijos son maravillosos. Si yo no tuviera hijos, iría por ahí creyéndome Rimbaud.", escribió Charles Simic en una carta a Paul Auster. En mi caso creo que si yo no tuviera hijos, iría por ahí creyéndome Ramón.</div><div>"Os filhos são maravilhosos. Se eu não tivesse filhos andaria por aí a pensar que era o Rimbaud." Escreveu Charles Simic numa carta para Paul Auster. No meu caso acho que se eu não tivesse filhos, andaria por aí a pensar que era o Ramón.</div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEh6fxQBDa2L3Ikcg47RSn9YGJ9uMWMUw_w2ssuDo06ldh_RRAEQwhE-aQ-kQ0qh0SV1Nzi-JOSBV9XVf5oPvCGagl6ZlTqbyQkSD0boY0kc1J-hRkkv_wizTTHFORlHr4i1HXaSIHsMSWeRkBw11lNMqJlYqTy8yPdlcfOJOQv5eowhNP8bvdAbOA" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;">
<img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEh6fxQBDa2L3Ikcg47RSn9YGJ9uMWMUw_w2ssuDo06ldh_RRAEQwhE-aQ-kQ0qh0SV1Nzi-JOSBV9XVf5oPvCGagl6ZlTqbyQkSD0boY0kc1J-hRkkv_wizTTHFORlHr4i1HXaSIHsMSWeRkBw11lNMqJlYqTy8yPdlcfOJOQv5eowhNP8bvdAbOA" width="400">
</a>
</div><br></div>Luis Lealhttp://www.blogger.com/profile/11227955990718032380noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-27158223.post-41811551903535860392024-03-12T15:53:00.005+00:002024-03-12T15:54:08.185+00:00"Boas Festas (Com Sentido)" - Crónica de Luis Leal in “Mais Alentejo”, nº 166, p.110<p style="text-align: justify;"><b><span style="font-size: large;"><span> </span>Boas Festas (com sentido) – Luis Leal</span></b></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: large;"><span> </span>Há anos ouvi uma entrevista à filósofa Emily Esfahani Smith e despertou-me curiosidade a sua investigação sobre “viver uma vida com sentido”, curiosidade que me levou ao seu livro e terminou numa leitura atenta e enriquecedora. Na realidade, fui prendado pela ocasião e isso, nesta época festiva, faz-me pensar nas prendas que gostaria de ver distribuídas mundo fora. Portanto, aproveitando a confiança do nosso director, que me permite partilhar os meus “Trabalhos&Paixões” na Mais Alentejo, escrevo esta crónica/ensaio e, em simultâneo, desejo aos nossos caríssimos leitores quatro presentes para além do mais importante de todos: a saúde. Sem qualquer preocupação pela sua ordem, vamos lá distribui-los!</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: large;"><b><span> </span>Presente nº1:</b> Pertença. Sintamo-nos valorizados e valorizemos os demais. Em casa, no carro, no trabalho, nas redes sociais, no estábulo, numa manjedoura, onde quer que seja. Recordemos que, a qualquer escala, em todos existe singularidade e importância, algo bem mais relevante do que a mera utilidade no seio de uma qualquer organização. (Presente extra: O filme, já clássico, de Adolfo Aristarain “Un lugar en el mundo”).</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: large;"><span> </span><b>Presente nº2:</b> Propósito. Por outras palavras, objetivos, causas, motivações, estímulos que sejam o motor e o combustível da nossa acção. Note-se que todos os propósitos são dignos e não se medem nem por prestígio, nem por significância. Logo, tão respeitável é o desígnio de encontrar a cura para doenças oncológicas, como a vontade de deixar melhores seres humanos num planeta a precisar de melhoras.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: large;"><span> </span><b>Presente nº3:</b> Transcendência. E não é que somos minúsculos! Vestígios de poeira cósmica! Sejamos como o astronauta quando, sem gravidade, é invadido pela total humildade de saber-se uma partícula microscópica num vasto e incompreensível universo. Ser conscientes da pouca importância da nossa pessoa no cosmos é, paradoxalmente, um sentimento poderoso e profundo. Há quem reze, há quem medite, há quem dance... há quem se transcenda porque sabe perfeitamente o que é e não é.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: large;"><span> </span><span> </span><b>Presente nº4:</b> Narrativa. Charles Dickens (esse mesmo do “Conto de Natal”!) perguntava, através de David Copperfield, “serei eu o herói da minha história ou qualquer outro tomará esse lugar?”. Quero dizer, que história de vida contamos a nós próprios? Miguel Torga escrevia diários (e não só), o imperador Marco Aurélio meditações, António Aleixo quadras populares, Claudio Rodríguez poesia, quando “estava poeta”, e o Zé Manel no X. Escrever a nossa vida ajuda a retirá-la da fragilidade do nosso corpo, do efémero dos nossos dias, e, com ou sem artifícios, permite editá-la perante os nossos próprios olhos. Decidir organizar os capítulos da nossa existência, decidir pontuar parágrafos, recorrer a vírgulas e pôr pontos finais é o livre-arbítrio na nossa história que, como bem lembrou Victor Frankl, nos pode salvar (e este neuropsiquiatra austríaco, formado pelo Holocausto, sabia empiricamente do que falava). Em resumo, porventura o sentido de uma vida não será muito diferente da sintaxe numa frase, quanto mais coerente é, mais sentido tem.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: large;"><span> </span>Segundo Emily Esfahani, estes são os quatro pilares para uma existência com sentido. Admito mais nos quais possamos apoiar a carga que, por vezes, é viver e encontrar sentido onde não existe. Nestas festas, num mundo assolado por conflitos convenientemente enquistados e no qual impera o individualismo, tenho a sorte (como diz a Garota Não, que também me dá muito trabalho!) de ter pilares bem alicerçados: pertenço a uma família socialmente inserida em dois países, entre duas culturas, tenho uns quantos propósitos, transcendo-me sempre que possível e vou-me escrevendo, vou pontuando este texto desorganizado que sou e necessita de ter sentido para, por enquanto, não ser apagado. Votos de Boas Festas (com sentido).</span></p>Luis Lealhttp://www.blogger.com/profile/11227955990718032380noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-27158223.post-84227719916441379452024-03-12T15:48:00.002+00:002024-03-12T15:54:22.179+00:00"Boas Festas (Com Sentido)" - Crónica de Luis Leal in “Mais Alentejo”, nº 166, p.110<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgY_cLEF4rNKTn_cc4hFVrOvtxYOGvlkX_IBqZhzyw1F0UFM8bhahD0sgdM0clGjCk_cR98QZVGhEY19_SjEBmpaLS1r2TfQ4q18-3UfUz3QlUIRa6uA66W2wsM6ZZKhkUo7v1MdhWIWYrEXMPqxkxa4VNKWaRVrvcAUig0AKa_lGxzYDkGCBFo7A/s2368/Boas%20Festas%20(com%20sentido)%20-%20Luis%20Leal%20Mais%20Alentejo.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2368" data-original-width="1696" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgY_cLEF4rNKTn_cc4hFVrOvtxYOGvlkX_IBqZhzyw1F0UFM8bhahD0sgdM0clGjCk_cR98QZVGhEY19_SjEBmpaLS1r2TfQ4q18-3UfUz3QlUIRa6uA66W2wsM6ZZKhkUo7v1MdhWIWYrEXMPqxkxa4VNKWaRVrvcAUig0AKa_lGxzYDkGCBFo7A/w458-h640/Boas%20Festas%20(com%20sentido)%20-%20Luis%20Leal%20Mais%20Alentejo.jpg" width="458" /></a></div><br /> <p></p>Luis Lealhttp://www.blogger.com/profile/11227955990718032380noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-27158223.post-27461262719093712752024-03-10T20:28:00.001+00:002024-03-10T20:28:44.573+00:00Alguien ha descubierto un tesoro...<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEiGUDV-cuwf0IFdvhT3yNl2PP6iLl7-XCzfX4zHYdT_Uz5dpCbhieqI8YpfL-FKVn6H8tE6gZaAob8I0fsW8xmEN1lc24seDbM885FGaEh2GfVVVEdkKiF83m7mK4r_t8BUNrQ64gxNEVabajmmpl4tz-Am73wNOYhM5DXo_Ivik6SqTBF2mxnfbg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;">
<img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEiGUDV-cuwf0IFdvhT3yNl2PP6iLl7-XCzfX4zHYdT_Uz5dpCbhieqI8YpfL-FKVn6H8tE6gZaAob8I0fsW8xmEN1lc24seDbM885FGaEh2GfVVVEdkKiF83m7mK4r_t8BUNrQ64gxNEVabajmmpl4tz-Am73wNOYhM5DXo_Ivik6SqTBF2mxnfbg" width="400">
</a>
</div>Luis Lealhttp://www.blogger.com/profile/11227955990718032380noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-27158223.post-4276612670711312432024-03-09T14:30:00.003+00:002024-03-09T14:30:13.968+00:006/III/2024 Notícia do falecimento de A-PV...<p style="text-align: justify;">Recebo a notícia do falecimento do António-Pedro Vasconcelos com bastante tristeza. A cultura portuguesa perdeu um homem interessantíssimo com o qual tive a honra de aprender e de partilhar alguns momentos graças à nossa “Mais Alentejo”. Dele guardo o enorme conhecimento e amor pela sétima arte (e pela literatura), tal como o activismo pela liberdade que Abril nos trouxe há quase 50 anos... Mas guardo fundamentalmente o respeito que o artista deve ter pelo público da sua arte. Lembro-me bem de estar sentado a seu lado a visualizarmos um filme de sua autoria e, ao falarmos do escasso mercado cinematográfico português, dizer-me: “Sabes Luis, eu, em primeiro lugar, tenho sempre respeito pelo público”. Até qualquer dia caríssimo A-PV...</p><p style="text-align: justify;">Os meus mais sentidos pêsames à sua família e seres queridos.</p><p style="text-align: justify;">Recibo la noticia del fallecimiento de António-Pedro Vasconcelos con bastante tristeza. La cultura portuguesa pierde a un hombre sumamente interesante con quien tuve el honor de aprender y compartir algunos momentos, gracias a nuestra “Mais Alentejo”. De él guardo un vasto conocimiento y amor por el séptimo arte (y por la literatura), así como el activismo por la libertad que nos trajo Abril hace ya casi 50 años... Pero, sobre todo, guardo el respeto que el artista debe tener por el público de su arte. Recuerdo claramente estar sentado a su lado viendo una película de su autoría y, al hablar sobre el escaso mercado cinematográfico portugués, decirme: “Sabes, Luis, en primer lugar, siempre tengo respeto por el público”. Hasta otro día estimado A-P V…</p><p style="text-align: justify;">Mis más sinceras condolencias a su familia y seres queridos.</p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEguX4zylf2bjDLc8Zsu7nxkcjCZvarn8R8Giz58uGEKv-hIQJvrkgE-YKdIf1V-tMHjkk0hACWxRHdp8bu8neGQImJaVfswP6R2EfTq9QA1I2Tr7QJO_1on7DpPOt_j77C8JG8hT7TOTuXuC3I6oaBskhFNEITgUu5nk5QmCW0uEDylknbaXqAH7A/s608/A-PV.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="572" data-original-width="608" height="602" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEguX4zylf2bjDLc8Zsu7nxkcjCZvarn8R8Giz58uGEKv-hIQJvrkgE-YKdIf1V-tMHjkk0hACWxRHdp8bu8neGQImJaVfswP6R2EfTq9QA1I2Tr7QJO_1on7DpPOt_j77C8JG8hT7TOTuXuC3I6oaBskhFNEITgUu5nk5QmCW0uEDylknbaXqAH7A/w640-h602/A-PV.jpeg" width="640" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><b>António-Pedro Vasconcelos e Luis Leal (Badajoz, 2017)</b></td></tr></tbody></table><br /><p style="text-align: justify;"><br /></p>Luis Lealhttp://www.blogger.com/profile/11227955990718032380noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-27158223.post-85296893791599576892024-03-09T14:18:00.005+00:002024-03-09T14:45:06.574+00:00Gramática eleitoral: uma observação sobre o modo imperativo no arco da governação português. Gramática electoral: una observación sobre el modo imperativo en el arco de gobernación portugués. <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">09/III/2024: Portugal vai a votos no domingo e olho para o espectro político através da língua portuguesa concluindo que a qualidade da democracia reside na pluralidade de siglas, acrónimos e algum substantivo aliado a um adjetivo para designar alguma coligação ou iniciativa ideológica. Contudo, quando o modo imperativo chega ao espaço democrático tem exatamente o mesmo uso que na língua do dia-a-dia, isto é, oferecer poucas sugestões (geralmente simplistas) e sim focar-se a dar instruções e ordens. É curioso, como no trabalho e noutros ambientes, não se costuma gostar de mandões e dessa gente cuja vontade impera porque sim e sem direito ao contraditório. O modo imperativo tem esse uso tanto no funcionamento da língua como no regime político que preconiza ou instaura, é pouco plural e não admite complexidade como, por exemplo, o modo conjuntivo ou até mesmo o infinito que, quando é pessoal, assume uma certa empatia pelo outro. Mas isto são coisas de análise gramatical e de outros tipos de análise que se tem desprestigiado ao longo dos anos. Às vezes basta saber um pouco de gramática para antever programas políticos e o que daí pode advir... </div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">09/III/2024: Portugal va a votar el domingo y observo el espectro político a través de la lengua portuguesa, llegando a la conclusión de que la calidad de la democracia reside en la pluralidad de siglas, acrónimos y algún sustantivo acompañado de un adjetivo para designar coaliciones o iniciativas ideológicas. Cuando el modo imperativo llega al ámbito democrático, tiene exactamente el mismo uso que en el lenguaje cotidiano, es decir, ofrece pocas sugerencias (generalmente simplistas) y se centra en dar instrucciones y órdenes. Es curioso cómo, en el trabajo y otros ámbitos, no se suele gustar de la actitud mandona y de aquellos cuya voluntad prevalece porque sí y sin derecho al contradictorio. El modo imperativo tiene ese uso tanto en el funcionamiento del idioma como en el régimen político que preconiza o instaura; es poco plural y no admite complejidades como, por ejemplo, el modo subjuntivo o incluso el infinitivo, que, cuando es personal, muestra cierta empatía hacia el otro. Pero estas son cuestiones de análisis gramatical y de otros tipos de análisis que se han desprestigiado a lo largo de los años. A veces, simplemente conocer gramática permite antever programas políticos y lo que puede advenir de ellos...</div><div><br /></div></div><br /><div><div style="text-align: justify;"></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEiit8SuuEKCv39Ym3H85QyY2A6jcVHareVNbISkIUM63XKPesBMpO3enkDhvSZxwTTwl7_j6RYsiC1PvyfjF29FBskofLIzLvQMM8HU4tw453I4qPKFNt5VxWThz6dmJZj30Zi2Otz0YdjusSjsWkrf263joqa76FDFV_aGWWruhymHJ0dKZLAjfA" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;">
<img border="0" height="334" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEiit8SuuEKCv39Ym3H85QyY2A6jcVHareVNbISkIUM63XKPesBMpO3enkDhvSZxwTTwl7_j6RYsiC1PvyfjF29FBskofLIzLvQMM8HU4tw453I4qPKFNt5VxWThz6dmJZj30Zi2Otz0YdjusSjsWkrf263joqa76FDFV_aGWWruhymHJ0dKZLAjfA=w640-h334" width="640" />
</a>
</div><br /></div></div>Luis Lealhttp://www.blogger.com/profile/11227955990718032380noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-27158223.post-23763628558381788552024-02-28T22:17:00.001+00:002024-02-28T22:17:34.761+00:00Estilo japonés con alma española: Suzuki Address AH 50 (1992) y Kenshinkan Dojo (Badajoz).<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhrnJ5VL_17Cwku-8p2nXW69r68UE0v4wC434qPGxWRfdJp4fnnFCBBYLRMUN7NObiuutlEJYjw7tYsq07zc18Dn8XQt_J916MmeQznszLJ6zNBnFGeISru3i5jPyMvSy1qTtfclglcEUCczTvkXCpC8x08yg_0juq-mu4GiG1EU9ztB2DLyBuWgw" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;">
<img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhrnJ5VL_17Cwku-8p2nXW69r68UE0v4wC434qPGxWRfdJp4fnnFCBBYLRMUN7NObiuutlEJYjw7tYsq07zc18Dn8XQt_J916MmeQznszLJ6zNBnFGeISru3i5jPyMvSy1qTtfclglcEUCczTvkXCpC8x08yg_0juq-mu4GiG1EU9ztB2DLyBuWgw" width="400">
</a>
</div>Luis Lealhttp://www.blogger.com/profile/11227955990718032380noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-27158223.post-36521593202138598362024-02-23T15:35:00.001+00:002024-02-23T15:35:57.623+00:00El Poder de Shazam ¿El Poder de Shazam? No, el poder de un cómic y como este nos lleva al fantástico mundo de la lectura, de la curiosidad y de la atención... bien cómodos en nuestro sofá. <div><br><div>O Poder de Shazam? Não, o poder de uma Banda Desenhada e como esta nos leva ao fantástico mundo da leitura, da curiosidade e da atenção... bem confortáveis no nosso sofá.</div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEgB9Vdari4oVaNe7sOS7110kM1OnUd-Y7tzbNux026xzVtQHnIc_sX5XdZAIgv5RVWw7TEeaIIFNhr7-XIKo0L4l70lAdSAkelDYCgvBLZNUJOqNZYyv5AG-X1r0mNlI-2l1EN8uWF7-spdEnJvBlF9w97-fQ4AwoIsWcREd3oRZklywp-V77x3CQ" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;">
<img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEgB9Vdari4oVaNe7sOS7110kM1OnUd-Y7tzbNux026xzVtQHnIc_sX5XdZAIgv5RVWw7TEeaIIFNhr7-XIKo0L4l70lAdSAkelDYCgvBLZNUJOqNZYyv5AG-X1r0mNlI-2l1EN8uWF7-spdEnJvBlF9w97-fQ4AwoIsWcREd3oRZklywp-V77x3CQ" width="400">
</a>
</div><br></div><div><br></div></div>Luis Lealhttp://www.blogger.com/profile/11227955990718032380noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-27158223.post-39200544475786223292024-02-21T19:31:00.001+00:002024-02-21T19:31:44.681+00:00Nikita y el gato de la suerte... (21/II/2024)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEgX9Xyd5wadxUk1LHXbKZjhk61WQKPvasA6auiHgKWVfFbHeFG1EER2XPFPeRVY0cPhUa-lfIw69CyKwXTIxA7toyvjIMUr1aZqqNQ1eMxLhrJfZyJO0CmzK6ai5McuAu4Kg8JQ8KzqzgbR_maPpy47IWOr7uEIOtyU9P_ijbu8lveIjB6CcRe2FA" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;">
<img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEgX9Xyd5wadxUk1LHXbKZjhk61WQKPvasA6auiHgKWVfFbHeFG1EER2XPFPeRVY0cPhUa-lfIw69CyKwXTIxA7toyvjIMUr1aZqqNQ1eMxLhrJfZyJO0CmzK6ai5McuAu4Kg8JQ8KzqzgbR_maPpy47IWOr7uEIOtyU9P_ijbu8lveIjB6CcRe2FA" width="400">
</a>
</div>Luis Lealhttp://www.blogger.com/profile/11227955990718032380noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-27158223.post-8480367410474913402024-02-21T16:17:00.002+00:002024-02-21T16:24:36.483+00:00Morrisey hace 40 años (Foto de Kerstin Rodgers)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEiowWmJev4ApGRdvfDvYvCF2fbt8fPwqbde-5pd1zLvHvPI8NeHX1eQupwC5f4_eP7j12-_D3TkyJgpxHCNdb4GiWQsDfOhp5aeOAVmElzNke83XHomxvbRmCNI7ndFDC0nLEoDQMAzEV1Sg97Ib6krLDPgwjpQBU3G_7C_bEH2Ks8sfBzSQ27MiA" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;">
<img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEiowWmJev4ApGRdvfDvYvCF2fbt8fPwqbde-5pd1zLvHvPI8NeHX1eQupwC5f4_eP7j12-_D3TkyJgpxHCNdb4GiWQsDfOhp5aeOAVmElzNke83XHomxvbRmCNI7ndFDC0nLEoDQMAzEV1Sg97Ib6krLDPgwjpQBU3G_7C_bEH2Ks8sfBzSQ27MiA" width="400">
</a>
</div>Luis Lealhttp://www.blogger.com/profile/11227955990718032380noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-27158223.post-18446904543111520152024-02-20T07:27:00.001+00:002024-02-20T07:27:28.313+00:00Luis Landero dixit:"Estamos demasiado acelerados, queremos vivir al ritmo de Twitter, y así el pensamiento no puede desarrollarse correctamente. Estoy algo desencantado con esta época porque me parece todo muy trivial, de consumo rápido, y giramos en torno al dinero y la diversión. Todo tiene que ser superficial. Me da lástima que hayamos roto amarras con el pasado porque somos hijos de 2.000 años de civilización. Parece que ya no le interesa a nadie entender cómo hemos llegado hasta aquí. Incluso las humanidades se están descarnando en el sistema educativo. Noto que vivimos cautivos del presente; la inmediatez me desespera. También está presente un egoísmo general e impera cierto individualismo, y eso me desalienta a veces, pero será porque soy viejo y a todos los viejos nos cuesta ver los cambios generacionales inevitables. Vivimos en una época nueva que no inauguró la caída del muro de Berlín, como pensábamos, sino la aparición de internet. Yo creo que la era poscontemporánea nace con la aparición de internet." - Luis Landero (2024)Luis Lealhttp://www.blogger.com/profile/11227955990718032380noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-27158223.post-82509643553371899002024-02-19T15:59:00.001+00:002024-02-19T15:59:33.974+00:00Paul Giamatti<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEgtqIfoqSnu8ph1ona41lSR24hBZO9VF8QtmH8JDHp6iXoRcOViRFIK_dt5_iccQCWcYYZso-54OSmlFXGrdqpolVd_s8WERZltlrzpyLNgjC-hpl95MPLD1aBkRCP-ATK5-KRh9p6L-4WmhUkWAeKVkZ7_wyjsvS7NYHsgf96a42aqH257jAci3A" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;">
<img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEgtqIfoqSnu8ph1ona41lSR24hBZO9VF8QtmH8JDHp6iXoRcOViRFIK_dt5_iccQCWcYYZso-54OSmlFXGrdqpolVd_s8WERZltlrzpyLNgjC-hpl95MPLD1aBkRCP-ATK5-KRh9p6L-4WmhUkWAeKVkZ7_wyjsvS7NYHsgf96a42aqH257jAci3A" width="400">
</a>
</div>Luis Lealhttp://www.blogger.com/profile/11227955990718032380noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-27158223.post-40103679816237982242024-02-18T13:03:00.002+00:002024-02-18T13:03:47.009+00:00“O Nosso Capitão” - Luis Leal (versão em português do original “Nuestro Capitán”, publicado em Rayanos Magazine)<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><b><span style="font-size: large;">“O Nosso Capitão” - Luis Leal (versão em português do original “Nuestro Capitán”, publicado em <i>Rayanos Magazine</i>)</span></b></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both;"><span style="font-size: large;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both;"><span style="font-size: large;"><span> </span>A madrugada recordava Abril, mas foi no primeiro dia de Julho de 1944, quando a cidade raiana de Castelo de Vide viu nascer o nosso Capitão. Filho de um trabalhador ferroviário, desde sempre soube que a vida dura e difícil percorria, como os comboios, Portugal de norte a sul.</span></div><div class="separator" style="clear: both;"><span style="font-size: large;"><span> </span>Conheceu a tristeza demasiado cedo e, apesar dos seus olhos limpos e claros, nunca foi capaz de a esconder totalmente do seu olhar. Talvez tenha sido o destino que o levou a Lisboa para os dois momentos fundamentais da sua vida, sendo o primeiro a morte da sua mãe, atropelada por um autocarro. A partir desse momento, não quis regressar à capital. O sonho de qualquer criança de quatro anos de visitar o Jardim Zoológico tornou-se uma lembrança de lágrimas.</span></div><div class="separator" style="clear: both;"><span style="font-size: large;"><span> </span>Cresceu forte e sem gostar de futebol. Gostava de ler e falar sobre coisas de história e guerra, que, num futuro próximo, já como militar, conheceria em primeira mão. Ao contrário das outras crianças, ele, numa idade tão precoce, já sabia o que queria ser quando crescesse e isso refletia-se na forma como usava o cabelo bastante curto, “à escovinha”. De espírito nobre, odiava os rufiões e, com a medalha de ouro do retrato da sua mãe, que nunca tirou do peito, desenvolveu uma coragem admirada pelos outros rapazes, tornando-se um homem de ideias firmes e claras.</span></div><div class="separator" style="clear: both;"><span style="font-size: large;"><span> </span>Acreditando na justiça, e numa ideia de pátria aprendida na escola primária, ingressou na academia militar. Nunca esqueceu as suas origens, a ferrovia do seu pai e as serranias da sua terra. Portugal estava em guerra na época. Lutava para manter as riquezas das suas colónias, mas na metrópole havia pobreza disfarçada de honesta escassez.</span></div><div class="separator" style="clear: both;"><span style="font-size: large;"><span> </span>O nosso Capitão aprendeu a fazer guerra, porém o seu coração só desejava a paz. Da guerra sabia tudo, ou quase tudo. Certamente, em tempos passados, teria sido um cavaleiro, com o seu corcel. Mas a cavalaria moderna não usa cavalos de carne e osso, usa cavalos de metal, enormes tanques que cospem fogo, arrasando muralhas e castelos. Partiu para África para defender os interesses do seu país na chamada Guerra Colonial Portuguesa. Primeiro em Moçambique e depois na Guiné-Bissau. Cumpriu o seu dever, mas a sua consciência repreendia-o, incitando-o a desobedecer às suas ordens. Não via qualquer justiça em lutar nessa guerra, onde o facto de os seus camaradas matarem ou morrerem não importava aos políticos e generais a viverem numa opulência nada honrosa quando comparada com a escassez no resto do país. O militar, que outrora acreditara na grandeza histórica do seu país, regressou a casa certo de duas coisas: que o mandariam novamente para matar ou morrer nessa guerra sem sentido e que há momentos em que a única solução é desobedecer.</span></div><div class="separator" style="clear: both;"><span style="font-size: large;"><span> </span>Encontrou o amor nos braços de Natércia e mudou-se para Santarém, para a Escola Prática de Cavalaria, onde instruiu os seus homens com a firmeza de carácter que herdara do pai. Um filho da ferrovia sabe que não se pode chegar atrasado quando o dever chama, e o nosso Capitão sabia que o seu destino o levaria novamente a Lisboa, para enfrentar o seu passado e lutar pela alegria dos seus olhos e do seu país.</span></div><div class="separator" style="clear: both;"><span style="font-size: large;"><span> </span>Na parada do quartel, reuniu os seus soldados, futura carne para canhão que conheceria o horror de África se ele e outros capitães como ele não lhes tivessem falado com a verdade que deve reger o bom militar, aquele que sabe que as ideias mais nobres sempre foram protegidas pelos guerreiros. Com o seu uniforme de manobras e o lenço do seu amor no bolso, o nosso Capitão dirigiu-se aos seus soldados com a segurança de um líder que prescinde do protagonismo pelo bem comum.</span></div><div class="separator" style="clear: both;"><span style="font-size: large;"><span> </span>“Meus senhores, como todos sabem, há diversas modalidades de Estado. Os estados socialistas, os estados capitalistas e o estado a que chegámos. Ora, nesta noite solene, vamos acabar com o estado a que chegámos! De maneira que, quem quiser vir comigo, vamos para Lisboa e acabamos com isto. Quem for voluntário, sai e forma. Quem não quiser sair, fica aqui!”.</span></div><div class="separator" style="clear: both;"><span style="font-size: large;"><span> </span>E uma multidão de jovens, filhos do povo humilde e trabalhador, para quem a vida militar era bastante mais suave do que a fome do campo ou o calor da fábrica, formou uma coluna militar em direção à capital de um país que, há anos, não ouvia a voz da imensa maioria dos seus filhos. Só foram detidos por um semáforo vermelho, um sinal de que a segurança da vida humana é fundamental para que exista liberdade.</span></div><div class="separator" style="clear: both;"><span style="font-size: large;"><span> </span>O nosso Capitão foi treinado para obedecer, para ser leal e disciplinado, mas naquela madrugada de 25 de abril de 1974, o seu compromisso foi com a mudança, com o respeito pela vida dos seus pais, o futuro da sua esposa e filhos num Portugal livre para ser e sonhar.</span></div><div class="separator" style="clear: both;"><span style="font-size: large;"><span> </span>A ação militar, iniciada na Rádio Renascença com a canção de José Afonso, “Grândola Vila-Morena / Terra da fraternidade / O povo é quem mais ordena / Dentro de ti, ó cidade", foi decidida no Terreiro do Paço, onde estavam as forças leais ao regime, e no Largo do Carmo, onde o presidente do governo, Marcello Caetano, estava refugiado. Em ambas as situações, o nosso Capitão foi firme e cauteloso. Conhecia demasiado bem a guerra e queria evitar, a todo custo, o confronto militar. Por conhecer o pensamento e a ação dos seus pares, levava uma granada escondida no bolso. Se fosse necessário, teria a coragem de entregar a sua vida para que não houvesse mais guerra e o futuro o conhecesse como mártir da revolução.</span></div><div class="separator" style="clear: both;"><span style="font-size: large;"><span> </span>No entanto, a Primavera já tinha chegado ao Abril mais precioso da história da humanidade. Lisboa, e simultaneamente todo o país, quis apoiar a iniciativa desses militares, soldados, cabos, sargentos, tenentes, que desafiaram o poder, enfrentando a ditadura, dizendo: “Somos todos nós. Todos somos capitães”.</span></div><div class="separator" style="clear: both;"><span style="font-size: large;"><span> </span>Portugal floresceu com as cores dos cravos, e o Capitão não chorou de tristeza como quando era uma criança de quatro anos. Oordeu os lábios, quase sentindo o sabor do próprio sangue, e o seu olhar claro, ligeiramente húmido, testemunhou como a rua gritava liberdade após mais de quarenta anos silenciada.</span></div><div class="separator" style="clear: both;"><span style="font-size: large;">Cumpriu a obrigação de escoltar Marcello Caetano até o aeroporto, até ao interior de um avião que levaria o ex-presidente do governo para o exílio. Este despediu-se do nosso Capitão agradecendo a dignidade e o respeito com os quais o militar o tratara durante o golpe de Estado.</span></div><div class="separator" style="clear: both;"><span style="font-size: large;"><span> </span>Enquanto Portugal abria as prisões políticas e se abria ao mundo em liberdade, o nosso Capitão só queria voltar para casa, para junto da sua esposa e da sua terra, na raia, onde o seu pai se encontrava bastante preocupado por não ter notícias suas. Voltou.</span></div><div class="separator" style="clear: both;"><span style="font-size: large;"><span> </span>Por sua vontade, não quis distinções nem cargos nesse novo Portugal. Também não eram necessárias celebrações ou ovações. A sua consciência tinha recuperado a paz, e para ele isso não era sinónimo de heroicidade, era apenas o seu dever.</span></div><div class="separator" style="clear: both;"><span style="font-size: large;"><span> </span>Abril continuou a ser celebrado, e o nosso Capitão continuou a lutar como todos aqueles que foram protagonistas anónimos da Revolução dos Cravos. Atos de coragem como o dele jamais são perdoados pelos medíocres, essa é a realidade. O seu olhar deixou para trás a tristeza da criança que perdera a mãe ou a emoção do militar que daria a vida pelo que acreditava ser o correto. O seu olhar não apenas se tornou símbolo da pureza de um ideal, mas também de toda a história de Portugal.</span></div><div class="separator" style="clear: both;"><span style="font-size: large;"><span> </span>Nem os poetas são fiéis à palavra como o nosso Capitão foi à sua conduta. Trouxe-nos Abril e Abril levou-o. Foi a 3 de abril de 1992 que regressou à terra onde nasceu, Castelo de Vide. Ali, os seus despediram-se de Fernando e honraram o seu desejo de ser sepultado numa campa rasa ao som de “Grândola Vila Morena”. Não é apenas para nós, raianos, que é o conquistador do sonho inconquistado. O Nosso Capitão Salgueiro Maia, esse herói que não quis integrar-se, é como a raia que o viu nascer, incómodo para todo o tipo de poder, invisível até, porém é património da Liberdade... e da Humanidade.</span></div><div class="separator" style="clear: both;"><span style="font-size: large;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both;"><b><span style="font-size: large;">Fontes:</span></b></div><div class="separator" style="clear: both;"><span style="font-size: large;">MAIA, Salgueiro, <i>Capitão de Abril, Histórias da Guerra do Ultramar e do 25 de Abril</i>, Editorial Notícias, Lisboa, 1994.</span></div><div class="separator" style="clear: both;"><span style="font-size: large;">DUARTE, António de Sousa, <i>Salgueiro Maia, Um Homem da Liberdade</i>, Âncora Editora, Lisboa, 1999.</span></div><div class="separator" style="clear: both;"><span style="font-size: large;">LETRIA, José Jorge, <i>Salgueiro Maia, O Homem do Tanque da Liberdade</i>, Terramar, Lisboa, 2004.</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgFsEA61Wy_3mZgOrRPb3VeqgHm1x1XsyU2_DMwXOsCEN0D16H136dd6zbLAG9QnoELXiSceNCJYvfVaNffkXmqlj03hdv557VqpVcUhVS0hS04ZiZfvKWQscAuf5KTRVFnJ-n2mTf9NTrASn1AdziAMMRycmgSLbAWf2tkfdJKIriLpA6snR8Htw/s960/Salgueiro-maia-foto-Joao-Marques-valentim.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="960" data-original-width="850" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgFsEA61Wy_3mZgOrRPb3VeqgHm1x1XsyU2_DMwXOsCEN0D16H136dd6zbLAG9QnoELXiSceNCJYvfVaNffkXmqlj03hdv557VqpVcUhVS0hS04ZiZfvKWQscAuf5KTRVFnJ-n2mTf9NTrASn1AdziAMMRycmgSLbAWf2tkfdJKIriLpA6snR8Htw/w566-h640/Salgueiro-maia-foto-Joao-Marques-valentim.jpeg" width="566" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both;"><br /></div><div><br /></div></div>Luis Lealhttp://www.blogger.com/profile/11227955990718032380noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-27158223.post-1929260912050732842024-02-17T22:10:00.001+00:002024-02-17T22:10:37.915+00:00Diários d'aCourela do Alentejo <p dir="ltr">A "aCourela do Alentejo" não se resume à agricultura, é também um local inspirador, cujo património humano e natural é propício às alma de artista, como bem podem ver e ler:<br>
"São belos estes muros de terra e pedra. Pulidos e compactados pela chuva, que vai escasseando por aqui, dividem as courelas com a mesma facilidade com que se desmoronam, desnorteados, sem saberem para que lado ficou o musgo." - Luis Leal (2019)<br></p><p dir="ltr"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEi5r-IEXHhWEZBR2z7RSQ_w3jU0Xp3Yg24CL_qcLykn-3GSGI6DM4cVHVjR8mboo9Z-XUllW_o0OgnXCdbCyeTzaHE7lfPzLzMqXVHdO3IP1eZFQ_5TnvXwrElr5MYjJ0aWcGaavaZqDcUg09i2Me7fgara3dGBvysAJEsHgxoKXpu0KvSaiYMaZQ" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;">
<img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEi5r-IEXHhWEZBR2z7RSQ_w3jU0Xp3Yg24CL_qcLykn-3GSGI6DM4cVHVjR8mboo9Z-XUllW_o0OgnXCdbCyeTzaHE7lfPzLzMqXVHdO3IP1eZFQ_5TnvXwrElr5MYjJ0aWcGaavaZqDcUg09i2Me7fgara3dGBvysAJEsHgxoKXpu0KvSaiYMaZQ" width="400">
</a>
</div><br></p>Luis Lealhttp://www.blogger.com/profile/11227955990718032380noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-27158223.post-49241148312301126772024-02-14T17:34:00.001+00:002024-02-14T17:34:39.409+00:00No es solo hoy, son todos los días... (25/XII/2024)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjIi24rMP8DQL4gTikJXKMqlukrD4SGdUIDF4gl7CUWL0IuVu7uEtKOlxWg01loj26sHimkptz2klTzkPm4vXgUqK3TkTjwySWwsyLYuRweSeHG53CkVwx-f1kVIG1zReqIen4md5ulRY5MeMbCtsDgZkrzFIakObVawTYEMfrkxJLBYdCxM_5X_w" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;">
<img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjIi24rMP8DQL4gTikJXKMqlukrD4SGdUIDF4gl7CUWL0IuVu7uEtKOlxWg01loj26sHimkptz2klTzkPm4vXgUqK3TkTjwySWwsyLYuRweSeHG53CkVwx-f1kVIG1zReqIen4md5ulRY5MeMbCtsDgZkrzFIakObVawTYEMfrkxJLBYdCxM_5X_w" width="400">
</a>
</div>Luis Lealhttp://www.blogger.com/profile/11227955990718032380noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-27158223.post-20182956920741542412024-02-13T23:00:00.001+00:002024-02-13T23:00:00.144+00:00Albert Camus e o seu editor, Michel Gallimard, na Grécia (1958)<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjkcaVZu6z2mv1V5pWVucGGWvWuklrepB2UEuw_r8w6_8P4Jjc6bADnnutvrp4WguYZUB2Q8wiB7PZswz3zSKaUZe022QyZ2v8V03CaeNPLKcsnUe2_-h8C6S2m9imGFnirX4V1PP0P_AaV9nxgclpU-q5pWoqTQ-55eVdyj18Ng_qd5M8sbWtToA/s800/12210162884_4ef58fcf14_c.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="800" data-original-width="757" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjkcaVZu6z2mv1V5pWVucGGWvWuklrepB2UEuw_r8w6_8P4Jjc6bADnnutvrp4WguYZUB2Q8wiB7PZswz3zSKaUZe022QyZ2v8V03CaeNPLKcsnUe2_-h8C6S2m9imGFnirX4V1PP0P_AaV9nxgclpU-q5pWoqTQ-55eVdyj18Ng_qd5M8sbWtToA/w606-h640/12210162884_4ef58fcf14_c.jpg" width="606" /></a></div><br /><p></p><p style="text-align: justify;">“Ο Albert Camus και ο εκδότης του Michel Gallimard, Ελλάδα, 1958” (Georgios Argyriou, Flickr)</p><p style="text-align: justify;"><br /></p><p style="text-align: justify;"><br /></p>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-27158223.post-58829589021955346812024-02-12T10:46:00.001+00:002024-02-12T10:46:18.029+00:00"Biblioteca" - Roberto Bolaño <div>Biblioteca - Roberto Bolaño </div><div><br></div>Libros que compro<div>Entre las extrañas lluvias</div><div>Y el calor</div><div>De 1992</div><div>Y que ya he leído</div><div>O que nunca leeré</div><div>Libros para que lea mí hijo</div><div>La biblioteca de Lautaro</div><div>Que deberá resistir</div><div>Otras lluvias</div><div>Y otros calores infernales</div><div>-Así pues, la consigna es ésta:</div><div>Resistid queridos libritos</div><div>Atravesad los días como caballeros medievales</div><div>Y cuidad de mi hijo</div><div>En los años venideros</div>Luis Lealhttp://www.blogger.com/profile/11227955990718032380noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-27158223.post-51254501749018569802024-02-08T17:23:00.006+00:002024-02-08T17:23:40.205+00:00Ardina Manuel<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">8/II/2024 Saltou-me esta foto do meu Ardina Manuel e emocionei-me. Viva “Diário do Sul” das minhas raízes! Viva imprensa local, regional, internacional... comprometida com a ética e o rigor! Viva amigos jornalistas! Enquanto puder, comprarei sempre o jornal das mãos reais de quem o faz... </div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">Me ha saltado esta foto de mi Ardina Manuel y me emocionado.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">¡Viva el “Diário do Sul” de mis raíces! ¡Viva prensa local, regional, internacional... comprometida con la ética y con el rigor! ¡Viva mis amigos periodistas! Mientras pueda, compraré siempre el periódico de las manos reales de quien lo hace... </div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj-6h8D3CUbL_G8YkxAc8ZV0uxNwwaCER6HI6avVJ_ZX-SxKlR1NboA9OtZAtksEa7S8s11ALrKEB6AjxWhKzJKuPrSVfkAJDvRR6aizX9LmC0eZWD-WfZZ5Xgi9kthSPOHQzwKO2yJi6DCgm_tSSceRoD0AAE0Lgz808u9oXdiGvIcq-SZoastQQ/s646/Ardina%20Manuel%20RR.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="646" data-original-width="436" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj-6h8D3CUbL_G8YkxAc8ZV0uxNwwaCER6HI6avVJ_ZX-SxKlR1NboA9OtZAtksEa7S8s11ALrKEB6AjxWhKzJKuPrSVfkAJDvRR6aizX9LmC0eZWD-WfZZ5Xgi9kthSPOHQzwKO2yJi6DCgm_tSSceRoD0AAE0Lgz808u9oXdiGvIcq-SZoastQQ/w432-h640/Ardina%20Manuel%20RR.jpeg" width="432" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div><div><br /></div></div>Luis Lealhttp://www.blogger.com/profile/11227955990718032380noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-27158223.post-66356299575292291452024-02-07T23:00:00.001+00:002024-02-07T23:00:00.137+00:00Ruy Belo - Algumas proposições com pássaros e árvores…<p style="text-align: center;"><br /></p><p style="text-align: center;"><iframe allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture; web-share" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/QnZWIr-a9MU?si=bLwRBbKwIKDuKt8q" title="YouTube video player" width="560"></iframe><br /></p>
<br /><div style="text-align: justify;">
<br />
<b>ALGUMAS PROPOSIÇÕES COM PÁSSAROS E ÁRVORES <br />QUE O POETA REMATA COM UMA REFERÊNCIA AO CORAÇÃO</b><br />
<br />
Os pássaros nascem na ponta das árvores <br />
As árvores que eu vejo em vez de fruto dão pássaros<br />
Os pássaros são o fruto mais vivo das árvores <br />
Os pássaros começam onde as árvores acabam<br />
Os pássaros fazem cantar as árvores<br />
Ao chegar aos pássaros as árvores engrossam movimentam-se <br />
deixam o reino vegetal para passar a pertencer ao reino animal <br />
Como pássaros poisam as folhas na terra <br />
quando o outono desce veladamente sobre os campos <br />
Gostaria de dizer que os pássaros emanam das árvores <br />
mas deixo essa forma de dizer ao romancista <br />
é complicada e não se dá bem na poesia <br />
não foi ainda isolada da filosofia <br />
Eu amo as árvores principalmente as que dão pássaros <br />
Quem é que lá os pendura nos ramos? <br />
De quem é a mão a inúmera mão?<br />
Eu passo e muda-se-me o coração<br />
<br />
<b>Ruy Belo</b><br />
<br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-27158223.post-63486833020851443812024-02-06T16:55:00.002+00:002024-02-06T17:36:35.391+00:00X Premio Hispano-Portugués de Poesía Joven Ángel Campos Pámpano, “libre y habitando la sustancia del tiempo”<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-size: large;">Han pasado varios años, sin embargo, la verdad es que un bastión de inspiración peninsular, mucho más allá de la raíz rayana, sigue “deletreando su nombre”, pero, lamentablemente, “sin verlo”. Cinco letras. Ángel, como lo nombran aquellos que disfrutaron de su presencia, y al cual siempre asocio con los apellidos Campos Pámpano.</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-size: large;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-size: large;">Quienes están familiarizados con parte del trabajo que he desarrollado a lo largo de los años saben que Ángel Campos Pámpano es para mí un referente, puesto que este profesor, poeta y traductor sanvicenteño, con tanta dedicación enseñó y difundió la poesía portuguesa y española en ambos lados de la frontera. Admiro la obra y el legado de este hombre, y “deletrear su nombre” es una forma de aliento que trasciende horizontes líricos y me incita a querer, dentro de lo que soy y vivo, recorrer caminos análogos tanto en el ámbito del arte como en el de la ciudadanía.</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-size: large;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-size: large;">Por lo tanto, me enorgullece ver el “Premio Hispano-Portugués de Poesía Joven Ángel Campos Pámpano” celebrar su décimo aniversario y, siguiendo la herencia de Ángel, seguir uniendo a Portugal y España a través de lo mejor que ambas naciones tienen, su juventud. Casualmente, en el año en que se celebra el quincuagésimo aniversario de esa madrugada esperada, de ese “Día inicial entero y limpio / Donde emergimos de la noche y del silencio / Y libres habitamos la sustancia del tiempo”, que fue la Revolución de los Claveles y que Ángel Campos vertió al español a través de la esencia de Sophia de Mello Breyner, cuya obra tradujo junto a otros rostros de la literatura portuguesa como Fernando Pessoa, António Ramos Rosa, Al Berto, Carlos de Oliveira, Eugénio de Andrade o José Saramago.</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-size: large;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-size: large;">Iniciativas como estas seguirán “emergiendo de la noche y del silencio” en épocas complejas y, gracias a algunos que se atreven a resistir (especialmente la Asociación Cultural “Vicente Rollano” de San Vicente de Alcántara), cualquier tradición poética no se desvirtuará en la vorágine, en la deshumanización de la técnica o en el conveniente olvido. “Siempre hay un refugio”. Los verdaderos poetas lo saben. Ángel lo sabía.</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-size: large;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-size: large;">Nosotros, los que estamos aquí, a uno y otro lado de la frontera, tal vez podamos ser coadyuvantes, <b>estimulando a jóvenes de entre 14 y 18 años que estén estudiando en la Educación Secundaria en escuelas de la Comunidad Autónoma de Extremadura, del Alentejo y Centro de Portugal, a presentar un poema o conjunto de poemas, en español o portugués, de forma y temática libres, hasta el 7 de abril de 2024. Los premios, detallados en las bases del concurso</b>, podrían ser un estímulo para la juventud, un refuerzo para creer en la importancia de la palabra, en su fuerza. La poesía no tiene por qué ser una debilidad o un arma, es, como muchas otras manifestaciones de nuestra condición humana, una manera de no desesperar, de no caer en el odio, en la exaltación, pero, sobre todo, de no caer en la resignación.</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgROuPCG7ldc_Q5BxeNRTyPY02hBd6GY55XeVaXZ3P30yg3HMJcKTpEm2iAnqWKQqX3IIKAoDqp6u80rlg06VcqSh_fq5Jafz8yXFwaSTbVrmtdIn4CF80LFZxRz5z8xwMH7mgPWAt3ypvDVxPwPiUwGkEh8qEyk3yxRSNUbO9xdScFubmbjawQkA/s720/X%20Premio%20Hispano-Portugue%CC%81s%20de%20Poesi%CC%81a%20Joven%20ACP.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="512" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgROuPCG7ldc_Q5BxeNRTyPY02hBd6GY55XeVaXZ3P30yg3HMJcKTpEm2iAnqWKQqX3IIKAoDqp6u80rlg06VcqSh_fq5Jafz8yXFwaSTbVrmtdIn4CF80LFZxRz5z8xwMH7mgPWAt3ypvDVxPwPiUwGkEh8qEyk3yxRSNUbO9xdScFubmbjawQkA/w456-h640/X%20Premio%20Hispano-Portugue%CC%81s%20de%20Poesi%CC%81a%20Joven%20ACP.jpeg" width="456" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg93fll2RJJ9mUkr8GUEFhkQk2ZAE_Jzezq4x-B8nnG-6dsiKHsAqWlV90FiMdV6L1GBbLb73XX6Yhuna8UGJf-2LZL6eDLwXBJbInJOyHO2gZusSLeXHg-jACa1BOmEuPaaDWZfrursq8DTDilJqAvXdFTqn1dhXkJpjWgdvNjqKEoAwAo_ZOmHw/s907/A%CC%81ngel%20Campos.gif" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="907" data-original-width="567" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg93fll2RJJ9mUkr8GUEFhkQk2ZAE_Jzezq4x-B8nnG-6dsiKHsAqWlV90FiMdV6L1GBbLb73XX6Yhuna8UGJf-2LZL6eDLwXBJbInJOyHO2gZusSLeXHg-jACa1BOmEuPaaDWZfrursq8DTDilJqAvXdFTqn1dhXkJpjWgdvNjqKEoAwAo_ZOmHw/w400-h640/A%CC%81ngel%20Campos.gif" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><b>Ángel Campos Pámpano</b></td></tr></tbody></table><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div><div><br /></div></div>Luis Lealhttp://www.blogger.com/profile/11227955990718032380noreply@blogger.com0