quarta-feira, dezembro 20, 2006

"Gaiola Aberta", a MAD portuguesa ou uma "gaiola de malucos"...

Relíquias como estas são difíceis de encontrar, principalmente editadas cerca de um mês depois do 25 de Abril. A sorte é que existem alfarrabistas e feiras de velharias!
"Gaiola Aberta" intitulava-se "revista quinzenal de mau-humor e maldizer" e abordava de tudo um pouco: cartoons (e não fosse José Vilhena o director), quase "hardcore"; bandas desenhadas; fotonovelas; poesia (só lida!); inquéritos (sabe-se lá para quê) e, sempre importante numa publicação do pós-revolução, "gajas nuas"!
Interessante é ver que são os resistentes ainda hoje. Dos quatro das capas, só cá temos o "Marinho", ainda para "as curvas"!
Sem dúvida, temos obras para reflexão histórica! Notem só este diálogo da fotonovela "Boletim PIDE":
- Perdoa, querida, não foi por mal. Vamos fazer as pazes na cama.
- No estado em que eu estou, porcalhão? Era o que mais faltava!...
Ao pé destas edições do Vilhena, a “MAD” americana e “El Jueves” espanhol são revistas para bebés!

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