terça-feira, março 25, 2008

Natureza Morta. Literalmente.



Este “post” é um desabafo de tristeza. Não me considero um desses fanáticos da protecção animal que, no radicalismo dos seus pontos de vista, esquecem o seu semelhante, mas, de facto, não sou indiferente a qualquer tipo de sofrimento.

E assim foi. Ia eu caminhando, um passeio dominical familiar, pelas frias areias da praia das Paredes quando me deparo com o cenário que podem constatar pelas fotografias. Os motivos que estão na origem do animal, um golfinho, provavelmente um roaz, desconheço-os, no entanto, e uma vez que é uma zona de forte influência pesqueira, existe uma grande probabilidade que se tenha enrolado em alguma rede que não cumpre os regulamentos e as directrizes que tutelam a pesca em alto mar.

Apesar do choque inicial, a maior indignação vem uns metros mais adiante, onde encontrei outro animal, este aparentemente morto há mais tempo, jazendo no mesmo areal.

Já ouvi dizer algo sobre o facto de estes mamíferos tentarem auxiliar os seus semelhantes quando estes estão em risco… se não foi a natureza a encarregar-se da lei natural das “coisas”, espero que a sua morte não tenha sido vazia de conteúdo… eu somente os imagino a morrer para não viverem no mesmo mar um sem o outro. Pode ser um pensamento um tanto poético, mas existe mais nobreza nestes animais que em muitos dos meus semelhantes…

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