No outro prato da balança encontram-se a Suécia e a Dinamarca, países onde a distribuição é mais equitativa. Revela ainda o relatório que, por cá, são mais de dois milhões os pobres (2 135 000), 57% dos quais trabalhadores, 24% idosos e 19% crianças.
A falta de emprego é um dos grandes determinantes da pobreza - sobretudo quando se trata de casais com um ou dois filhos e onde um dos elementos está desempregado há pelo menos um ano - juntando-se a este factor um outro, na lista de dificuldades dos agregados: os salários baixos.
Esta combinação adversa está, aliás, a levar muitas famílias ao desespero, realidade que, segundo a mesma fonte, é particularmente visível na Eslováquia, Hungria e também em Portugal.
Os casais com mais de 65 anos estão entre os grupos em maior risco de pobreza, uma situação comum a vários países europeus, Portugal incluído. Entre nós, avança o mesmo relatório, 14% dos casais mais idosos vivem com rendimentos que os tornam sérios candidatos à pobreza.
Difícil comprar um carro
Dados de 2005 revelam que, em quase todos os países da UE, são muitas as pessoas cujos rendimentos impossibilitam a aquisição de um carro. O número é reduzido, excepção feita a alguns países, entre os quais, mais uma vez, se encontra Portugal (com mais de 10% de situações), ao lado da Irlanda e da Grécia.
Mais importante do que a propriedade de um automóvel é a capacidade para uma refeição com carne ou peixe. Na maioria dos países da UE a 15, incluindo a Espanha, Grécia e Portugal, entre 2% e 6% da população diz não ter dinheiro para um almoço ou jantar deste género todos os dias. Áustria e Alemanha são a excepção (aqui os casos chegam aos 10%).
Problemas na casa
Telhados que deixam entrar água, paredes com humidade ou soalhos apodrecidos são problemas comuns a muitos europeus. Mas, entre os que apresentam mais queixas quando em causa estão as condições de habitabilidade, encontram-se mais uma vez os portugueses, gregos e italianos, com valores entre os 21% e os 23%."
In Destak (Diário Gratuito)
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