sexta-feira, janeiro 30, 2009

"The Wrestler" by Bruce Springsteen



Grande canção e grande interpretação do "Boss"!

"Have you ever seen a one trick pony in the field so happy and free?
If you've ever seen a one trick pony then you've seen me
Have you ever seen a one-legged dog making its way down the street?
If you've ever seen a one-legged dog then you've seen me

Then you've seen me, I come and stand at every door
Then you've seen me, I always leave with less than I had before
Then you've seen me, bet I can make you smile when the blood, it hits the floor
Tell me, friend, can you ask for anything more?
Tell me can you ask for anything more?

Have you ever seen a scarecrow filled with nothing but dust and wheat?
If you've ever seen that scarecrow then you've seen me
Have you ever seen a one-armed man punching at nothing but the breeze?
If you've ever seen a one-armed man then you've seen me

Then you've seen me, I come and stand at every door
Then you've seen me, I always leave with less than I had before
Then you've seen me, bet I can make you smile when the blood, it hits the floor
Tell me, friend, can you ask for anything more?
Tell me can you ask for anything more?

These things that have comforted me, I drive away
This place that is my home I cannot stay
My only faith's in the broken bones and bruises I display

Have you ever seen a one-legged man trying to dance his way free?
If you've ever seen a one-legged man then you've seen me".

quarta-feira, janeiro 28, 2009

A Bossa-Rap de Vinícius Terra retorna à cena...E reestreia na Europa!


3 anos se passaram desde que Vinícius Terra surgiu com força na cena hip hop com seu disco-show-turnê "Ensaiando Bossa-Rap" e em 2007, sumiu de maneira estranha para alguém que levava um ritmo acelerado e promissor. Nos últimos 2 anos, realizou apresentações fora do circuito e pouco divulgados, porém, sempre em casas noturnas de que normalmente aceitam apresentações de rap, como o Estrela da Lapa (no Rio) e o Grazie a Dio (em SP), e com apresentações sempre "lotadas" de espectadores totalmente fora do contexto hip hop.

Além desses shows, ocupou o cargo de Diretor Artístico da REPProdutorA (Ritmo E Poesia Produtora Artística - www.repprodutora.com - empresa especializada em cultura urbana que tem como clientes o Governo do Estado do Rio de Janeiro; a Fundação Roberto Marinho; a rede SESC Rio, entre outros); compôs trilhas sonoras para filmes institucionais e jingles para tv; e exerceu efetivamente a profissão de professor e coordenador pedagógico em diversos projetos sociais.

Agora, Terra reaparece muito mais preparado e maduro com o EP "Quando a Bossa Encontra o Rap". O shows de 2009 já começaram, e em grande estilo, pois as primeiras apresentações estão acontecendo neste momento na Europa. A mini-turnê rola em dois países onde o artista tem se tornado referência da nova geração de músicos brasileiros, são eles França e Portugal. Nos shows, Terra apresenta seu repertório autoral (que chama atenção pela sua composição poeticamente perfeita e pela melodia acoplada ao ritmo) e as impressionantes releituras de grandes pérolas da bossa nova. Para aqueles que tem amigos nestes países, ou se estiverem de viagem por lá, tomem nota da agenda!

29 de janeiro – Paris (França), no "Favela Chic"

06 de fevereiro – Porto (Portugal), no "Plano B"

07 de fevereiro – Lisboa (Portugal), no "Music Box"

Em fevereiro o nosso artista retorna ao Brasil para dar os últimos acertos para o lançamento oficial de seu EP ( que apresenta arranjos geniais compostos por ele e a virtuosa "Bossa-Rap Band")... Para conferir as "demo-versions" do disco, acessem www.myspace.com/viniciusterrabossarap .

Quanto à vida de Diretor Artístico, Vinícius Terra manterá o ritmo e já adianta o casting da REPProdutorA, ou seja, em quem a empresa investirá entre este e o próximo ano. São eles: Rockin' Squat (vocalista do grupo francês Assassin), Valete (rapper de São Tomé e Príncipe naturalizado português), Skahlah (dos Estados Unidos), Bob-X (com novo show e a frente da mixtape "Império") e Joy


Att,
REPProdutorA - Ritmo E Poesia Produtora Artística
Copacabana - Rio de Janeiro RJ - Brasil
Rua Barata Ribeiro, 463. sl. 903. CEP.: 22.040-001.
Site: www.repprodutora.com
Blog: www.repprodutora.blogspot.com
E-mail: repprodutora@gmail.com
Skype: repprodutora
Telefone: (+55) (21) 8672-1332

terça-feira, janeiro 27, 2009

Como se reflecte sobre “ser Portugal” na Península Ibérica nos comentários de um post no blog “Puntos de Vista y Nada Más”. Fica aberta a discussão.


Blogger saphou dijo...

"Portugal não devia existir. É fruto de um pecado de um filho contra a mãe. Depois, quando estivemos sob o domínio dos Filipes- nunca estivemos tão bem- de novo armam uma história para expulsar os castelhanos.
Portugal é, de facto uma província de Espanha, do ponto de vista económico estamos completamente colonizados, desde a cadeia de televisão que tem mais audiências, a TVI, ao Banco Santander Totta, passando pela Zara e pelo Corte Inglês, para dar alguns exemplos.
Assumo que queria ser nacional de uma provincia espanhola, tanto me faz qual.
Mas há ainda um patriotismo bacoco, expresso, por exemplo, nos amigos de Olivença, e num generalizado frisson contra espanhóis por parte do português médio, talvez por razões ancestrais, além da história da Carlota Joaquina, que deu origem ao ditado popular "De Espanha, nem bom vento nem bom casamento".
Um psicanalista explicaria isto tudo como a inveja própria do português médio.
Por mim, Espanha só me trouxe alegrias e amigos".

Luís Leal Pinto dijo...

"Portugal não devia existir", diz o caríssimo Saphou. Sem dúvida um ponto de vista digno de nota, argumentado com alguns factos históricos e sociais evidentes e terminando com uma experiência pessoal "Por mim, Espanha só me trouxe alegrias e amigos".
Não podia estar mais em desacordo. Actualmente, apesar de todas as assimetrias que se vivem no país vizinho, no qual também nasci, está um território que desde que o "fruto de um pecado de um filho contra a mãe" foi consumado tem as mais velhas fronteiras da Europa, algo que vai para além do património das ideias. Não é que se viva do passado, mas ele também nos define, tal como esse dia fatídico, em Alcácer Quibir, na também chamada "Batalha dos 3 Reis", desapareceu um rei que, desde então, nos inculcou o saudosismo e um messianismo muito aproveitado na política e no futebol.
Depois tivemos esses 60 anos com os nossos irmãos Filipes, o 1º de Portugal soube bem gerir o país, o mesmo já não aconteceu com o 3º, mais interessado na cultura e no coleccionismo, esquecendo, como Maria Antonieta, que brioche não está ao alcance de todos.
O perfeito não existe em Portugal (que eu saiba, perdoem a minha ignorância, em mais nenhum lugar), apesar de eu achar que o "mesticismo" cultural que espalhámos pelo mundo e que persiste em 47% do território sul-americano, e também em locais interessantes de África, erroneamente chamado América Latina (devido a Napoleão III, se não me engano), deveria ser Iberoamérica, a par da 5ª língua mais falada no mundo já é algo.
Mas, como disse, não existe perfeição, principalmente a nível político, o que ainda foi mais agravado com a idílica Revolução dos Cravos em que se sonhou com um Portugal mais justo e com menos diferenças sociais, algo que nos põe em penúltimo lugar no ranking da EU. De quem é a culpa? Esta pergunta poderia ter sido feita em todos os séculos da história de Portugal.
No entanto, o pessimismo genético luso, junto com alguma mesquinhez (sim, é uma característica nossa), o intelectualismo baseado num sentimento de inferioridade (leiam a revista “Sábado” da semana passada e as declarações de Maria Filomena Mónica e outros intelectuais de renome), a sua isolada “litoralidade” (com o Atlântico muitas vezes confundido entre oportunidade e casa de banho), entre tantos outros factores, fazem com que se pense com frequência, como diz o Jorge Palma, “a vida é mais fácil para lá de Espanha”. Mas isto é um sentimento apenas e a forma como muitos portugueses se exprimem, a sua revolta é para com um colectivo, os status instituídos, as velhas estruturas que persistem (já as tentaram mudar, várias vezes, mas como diz a canção: “hoje joga o Benfica”, que ao menos fosse o FCP, ao menos costuma ganhar), e confundem isso com nacionalidade.
Seria impensável um Portugal sem a sua cultura, a sua genética idiossincrática lusa, anulado pela grande Espanha, seria mesmo “contranatura”, algo que a história não fez e dificilmente fará, o que não invalida o mal-estar sentido, ao qual um pouco mais de auto-estima, e não optimismo acéfalo, colectiva fariam maravilhas.
Quanto aos pregadores da desgraça, todos eles incluídos, que tal pensarem que todos temos as nossas características, portugueses, espanhóis, franceses, italianos, etc, e que é normal querermos estar do lado mais forte, daí que hoje em dia os nacionalismos, para mim, têm tanto sentido como a sua ausência.
Antes de ter nascido português, nasci ser humano, condição essa que, se quisermos, nos livra do peso desse fatalismo de merda, só assim nos livramos dos grilhões que fazem com que persistam essas diferenças sociais em Portugal. Pois reparem, os portugueses são egocêntricos no seu determinismo, pois só pensam que se vive mal no seu país, estão tão isolados que não vêem mais além… a miséria é igual em todos os sítios, o pior é a miséria de espírito.
Ah, valente Agostinho da Silva! Para ti bilhete de identidade nunca fez sentido!

SuprimirPuntos de vista y ... nada más dijo...

Nunca pensei que esta carta no jornal EL PAÍS poderia dar para um debate entre portugueses neste blogue. Só uma coisa: acho que os portugueses deveriam(os)ter um bocado mais de confiança no (nosso) país. Sei que Portugal é uma parte de Espanha (Espanha foi sempre sinónimo de Península Ibérica). Mas devem saber que a língua e a cultura portuguesa não teria chegado até hoje se tivesse atingido a independência em 1640.

Podemos ser optimistas, devemos sê-lo, o que não é sinónimo de tontos ou intelectualmente inferiores, algo que passa, nem que seja subliminarmente, no contexto social, cultural e político em Portugal.
Não me ponho com o discurso do “orgulho de ser português”, mas ainda há coisas que valem a pena. Essa é a realidade que tento mostrar que 1640 permitiu, pois como dizia o meu velho professor de filosofia os “ses, condicionais, no passado histórico, não existem”.

El medio ambiente en viñetas

Desde hace ya algunos años que el comic es visto como una herramienta útil en contexto educativo, contando con apoyos y publicaciones patrocinados por consejerías de educación, ayuntamientos, gobierno central, etc., y un fuerte aliado en temas tan importantes como la motivación para la lectura y el desarrollar de nuevos universos imaginativos.

Mucho más se podría decir sobre el mundo de los comics, sus artistas y sus lectores que hacen de este universo un espacio riquísimo de inúmeras manifestaciones artísticas, pero intentaremos reflexionar como el cómic puede ser útil para abordar los distintos problemas medioambientales que vive nuestro planeta.

En internet podemos encontrar unos cuantos cómics sobre el medio ambiente, hay de muchos tipos, con muchas estéticas, y de muchos autores, pero os recomendamos “Rustle, la hoja”, traducción del inglés de “Rustle, The Leaf”, (http://www.rustletheleaf.com) que, en viñetas semanales, emiten opiniones, educan, y critican (cuando es necesario) lo que el hombre hace al medio ambiente. Todo esto con un lenguaje simple y adecuado a varias edades.

La autoría es de Dave Poncé y Dan Wright que, cada semana desde marzo de 2004, publican una serie de tiras cómicas, colgándolas en la red. Rustle, la hoja, es su protagonista, pero no está sola, Rooty, el brote de bellota, Dandy, la semilla diente de léon y Paige, la gota de lluvia, la acompañan, abordando con humor y ironía los varios problemas medioambientales que son una evidencia de nuestros tiempos.

Estas viñetas son un excelente recurso para educar a la gente de todas las edades y apoyar la protección de la naturaleza y del medio ambiente, con el añadido extra de que, desde su página web, se pueden descargar gratuitamente actividades y pequeñas lecciones que aclaran temas y conceptos como energías renovables o la contaminación.

Rustle, la hoja, está en inglés, lo que tampoco debe de ser visto como una desventaja, pudiendo de esta manera utilizarse como una pertinente oportunidad pedagógica para introducir, por ejemplo, en el contexto del inglés lengua extranjera, nuevo vocabulario o, simplemente, para explorar un sinfín de cosas que se pueden hacer con los comics. Os proponemos crear un nuevo comic, basado en la naturaleza del entorno del instituto, un nuevo personaje, o, si no os anima el dibujo, ¿Por qué no rellenar los bocadillos con diálogos de vuestra imaginación, basados en vuestra realidad ecológica?

domingo, janeiro 25, 2009

Antígona Gelada - E o frio siberiano que se vive na cultura eborense...

Há já algum tempo que não me sentava a assistir a um espectáculo no Teatro Garcia de Resende, em Évora. Este fim-de-semana, com o auxílio de uma manta IKEA, cortesia simpática do teatro, ordenadas, uma a uma, combinadas com a cor das cadeiras, assisti, vencendo assim o frio que gela o bafo do actores, à obra "Antígona Gelada" do Cendrev.
Não vou mentir, não foi da peças que mais prazer tive em assistir, tem alguns momentos que o cansaço e a manta são aliados soporíferos, no entanto entristeceu-me ver que apenas estavam os mesmos "gatos pingados" que não povoam uma sala que não prima pelo seu grande espaço. É triste ver esta cidade bestial, linda, branca, cheia de história, votada ao esquecimento cultural.
Mas, apesar do meu efeito "morpheus", trata-se duma obra digna de assistir, com uma adaptação bastante bem escrita por Armando Nascimento Rosa do mito de Antígona. Há diálogos que roçam o aforismo filosófico numa obra de índole futurista, de estética "Enki Bilal", bem evidente no guarda-roupa e na caracterização dos actores.
O que mais me preocupa? O rumo, o desinteresse, e, espero estar enganado, a apatia cultural que se vive por gentes, e agentes, nesta cidade do Alentejo.

sexta-feira, janeiro 23, 2009

Diz-me onde moras...

Um dos grandes problemas da nossa sociedade é o trauma da morada. Por exemplo. Há uns anos, um grande amigo meu, que morava em Sete Rios, comprou um andar em Carnaxide. Fica pertíssimo de Lisboa, é agradável, tem árvores e cafés. Só tinha um problema. Era em Carnaxide. Nunca mais ninguém o viu.

Para quem vive em Lisboa, tinha emigrado para a Mauritânia! Acontece o mesmo com todos os sítios acabados em -ide, como Carnide e Moscavide. Rimam com Tide e com Pide e as pessoas não lhes ligam pevide. Um palácio com sessenta quartos em Carnide é sempre mais traumático do que umas águas-furtadas em Cascais. É a injustiça do endereço. Está-se numa festa e as pessoas perguntam, por boa educação ou por curiosidade, onde é que vivemos. O tamanho e a arquitectura da casa não interessam. Mas morre imediatamente quem disser que mora em Massamá, Brandoa, Cumeada, Agualva-Cacém, Abuxarda, Alfornelos, Murtosa, Angeja… ou em qualquer outro sítio que soe à toponímia de Angola. Para não falar na Cova da Piedade, na Coina, no Fogueteiro e na Cruz de Pau. (...) Ao ler os nomes de alguns sítios – Penedo, Magoito, Porrais, Venda das Raparigas, compreende-se porque é que Portugal não está preparado para entrar na CEE.

De facto, com sítios chamados Finca Joelhos (concelho de Avis) e Deixa o Resto (Santiago do Cacém), como é que a Europa nos vai querer integrar?

Compreende-se logo que o trauma de viver na Damaia ou na Reboleira não é nada comparado com certos nomes portugueses. Imagine-se o impacte de dizer "Eu sou da Margalha" (Gavião) no meio de um jantar. Veja-se a cena num chá dançante em que um rapaz pergunta delicadamente "E a menina de onde é?", e a menina diz: "Eu sou da Fonte da Rata" (Espinho).

E suponhamos que, para aliviar, o senhor prossiga, perguntando "E onde mora, presentemente?", só para ouvir dizer que a senhora habita na Herdade da Chouriça (Estremoz).

É terrível. O que não será o choque psicológico da criança que acorda, logo depois do parto, para verificar que acaba de nascer na localidade de Vergão Fundeiro? Vergão Fundeiro, que fica no concelho de Proença-a-Nova, parece o nome de uma versão transmontana do Garganta Funda. Aliás, que se pode dizer de um país que conta não com uma Vergadela (em Braga), mas com duas, contando com a Vergadela de Santo Tirso? Será ou não exagerado relatar a existência, no concelho de Arouca, de uma Vergadelas? É evidente, na nossa cultura, que existe o trauma da "terra". Ninguém é do Porto ou de Lisboa.

Toda a gente é de outra terra qualquer. Geralmente, como veremos, a nossa terra tem um nome profundamente embaraçante, daqueles que fazem apetecer mentir. Qualquer bilhete de identidade fica comprometido pela indicação de naturalidade que reze Fonte do Bebe e Vai-te (Oliveira do bairro). É absolutamente impossível explicar este acidente da natureza a amigos estrangeiros ("I am from the Fountain of Drink and GoAway...").

Apresente-se no aeroporto com o cartão de desembarque a denunciá-lo como sendo originário de Filha Boa. Verá que não é bem atendido.(...) Não há limites. Há até um lugar chamado Cabrão, no concelho de Ponte de Lima.

Urge proceder à renomeação de todos estes apeadeiros. Há que dar-lhes nomes civilizados e europeus, ou então parecidos com os nomes dos restaurantes giraços, tipo Não Sei, A Mousse é Caseira, ou Vai Mais um Rissól.(...)

Também deve ser difícil arranjar outro país onde se possa fazer um percurso que vá da Fome Aguda à Carne Assada (Sintra) passando pelo Corte Pão e Água (Mértola), sem passar por Poriço (Vila Verde), e acabando a comprar rebuçados em Bombom do "Bogadouro"¹, (Amarante), depois de ter parado para fazer um chi-chi em Alçaperna (Lousã).

¹ - Bogadouro é o Mogadouro quando se está constipado!!!

(Miguel Esteves Cardoso)

quinta-feira, janeiro 22, 2009

yes we can


Luís pretendia colocar o vídeo sobre o discurso do Obama cantado por um dos membros do black eyes pies!! Não consigo!!
Só tenho uma frase!! YES WE CAN!!
Abraços!!

Em tempos de crise, onde é mais fácil cortar? Infelizmente, na cultura.

Esta imagem, da rede, de autor desconhecido para mim, fez-me pensar que o estado, seja ele em que país for, tem uma obrigação para com os seus cidadãos, isto é, em tempos de crise o povo não tem de retroceder culturalmente, quer ao nível das actividades, quer das infraestruturas.
Ao meu redor há imensa gente que, por inerência das circunstâncias (não somente da crise que tanto serve de bode expiatório), se encontra parado profissionalmente, estagnado, sem perspectivas de emprego. Hoje, conversando com uns amigos que estão nessa situação e a quem os meios já começam a escassear, deparei-me com a importância que têm as bibliotecas e mediatecas locais. Não apenas na consulta gratuita do jornal, dos diários da república (ou o "doe" aqui na Extremadura), do seu correio de internet, como também para a requisição de livros, filmes e música.
Todos sabemos que quem quer trabalhar e se vê impedido de ganhar o seu honesto sustento, por vezes se encontra desanimado, pessimista, com bastante dificuldade de vislumbrar um raio de sol num céu encoberto. É aí que este contacto cultural, humano também, com quem frequenta estes locais, a tranquilidade que se respira e o silêncio que aí encontramos, pode ajudar nestes casos complexos.
Claro está que não é suficiente, e que a grande maioria dos jovens já nem está acostumada a este tipo de locais e a este tipo de busca de conhecimento, cabe-nos incentivar e aos governos promover. As associações, nesta área também têm uma palavra importante a dizer, possibilitando aos seus sócios um espaço que colmate esta lacuna.
De facto é uma coisa simples, poucos já se lembram, mas em tempos de vacas magras, não temos porquê tornarmo-nos mais incultos. Há uma frase do filme "Good Will Hunting", de Gus Van Sant, que sempre recordo (é, mais ou menos, assim): - Porque hei-de pagar para estudar em Harvard? Eu sei o que tu sabes por um dólar na biblioteca municipal...

terça-feira, janeiro 20, 2009

Já é santo sem ainda ter feito nada... mas tenho esperança.

O 44º presidente dos EUA foi hoje empossado envolto numa aura de esperança e optimismo que são pouco vulgares no âmbito da história política. Uma coisa é certa, este homem já foi canonizado pela história, pelos média e pelos cidadãos do mundo que o vêem como o grande santo. Santo não sei se será, mas que é uma figura mais apelativa, culta e com uma postura política e diplomática, que o seu antecessor. Enfim, como diz o povão, a ver vamos…

Espero que não nos defraude, este homem já é um símbolo, apesar de me ser indiferente a sua cor, não nos podemos esquecer que este homem está numa casa que há cerca de três séculos foi construída por mão-de-obra escrava, negra na sua condição, hoje isso mudou.



El complejo Pigmalión o la nueva educación.


Hace ya casi dos milenios y medio, a finales del siglo IV a. C, en una Atenas

mermada por las guerras -primero contra los persas y después contra la liga del

Peloponeso- Platón acababa de sufrir, en el 399 la muerte del «más justo de los

hombres»,1 su maestro Sócrates, víctima de una conjura que triunfó en la asamblea del

gobierno democrático ateniense. Iba a comenzar el principio del fin de la época dorada:

el llamado «siglo de Pericles». El historiador Emile Bréhier señala cómo en la Grecia de

aquel entonces, el filósofo se definía sobre todo por su relación y sus diferencias con el

orador, el sofista y el político,2 ejemplos muy relevantes de lo que constituía la sociedad

ateniense de la época.

Para Platón, el sofista representaba no sólo un enemigo a combatir desde el

terreno especulativo, sino un peligro para la concepción social que había defendido

durante toda su vida. Es importante señalar que los sofistas –los más antiguos

precursores de lo que hoy serían los llamados «profesionales de la educación»- no eran

atenienses, sino como hoy día se diría «ciudadanos del mundo». Sus embajadas a

Atenas serían contadas, pero dejarían una huella imborrable, pues llevarán a la filosofía

clásica aspectos decisivos en el desarrollo posterior de las ideas, como la distinción,

entre dos ámbitos que jamás volverán a unirse desde entonces: la Naturaleza y la

Cultura, así como la introducción del individuo como foco fundamental del conocer y

actuar humanos.

Frente al esencial comunitarismo de Platón, para el cual ningún hombre es

persona fuera de la sociedad (es decir, de la polis) el sofista propugnaba la nueva

libertad del hombre burgués, hecho a sí mismo, e igual por naturaleza a todos los demás

hombres. Así lo sostuvieron sofistas como Hippias o Antifón.3 De este modo, el papel

de la Naturaleza quedaba neutralizado: el hombre solo se hace persona en el seno de

Cultura, por lo que una de las importantes misiones de todo Estado era proveer una

educación (paideia) a todo ser humano. Desde este similar punto de partida, los puntos

de vista de Platón y los sofistas van a ser radicalmente distintos, pues los sofistas parten

del individuo como un sujeto a priori de derechos y cualidades, las cuales suponen el

fundamento mismo de su socialización. Platón, en cambio, no parte del individuo, sino

de la persona social: es la sociedad el más radical suelo donde las cualidades y derechos

humanos se establecen. Fuera de ella no hay más que la animalidad o la divinidad. Es

por ello que Platón considera la distinción entre Physis (Naturaleza) y Nomos (Cultura)

como fuera de lugar. El hecho es que esta cesura dualista y metafísica entre los ámbitos

natural y social del ser humano, separados entre sí, dará lugar con el tiempo a la

distinción que para los ilustrados alemanes se establecerá entre las llamadas

Naturwissenschaften o Ciencias de la Naturaleza y las Geistwissenschaften o Ciencias

del Espíritu, muy distintas de los clásicos trivium (gramática, retórica y lógica) y

quadrivium (aritmética, geometría, astronomía y música) que formaban la tradición de

las «artes liberales». Dicho currículo, que Platón y Aristóteles llevaron a la práctica en

sus escuelas, se basaba en la asunción de aquellas disciplinas necesarias para el

desarrollo de la inteligencia y la excelencia moral, diferenciándose así de aquellas que

son meramente útiles o prácticas. Sin embargo, la división sofista entre lo natural y lo

cultural es la que parece haber triunfado hoy día en el currículo occidental, hasta llegar a

nosotros, depositarios de un itinerario educativo que ha de elegir forzosamente entre una

educación científico-tecnológica, o una educación socio-humanística.

El valor del individuo que, en definitiva, el «nuevo ilustrado» propugna en la

cada vez más depauperada Atenas, es aquel separado de la sociedad y que, por ello

mismo, necesita de esta para cumplir su plena realización. Un individuo genérico cuyo

ejercicio hace a la sociedad y no al revés. Y una sociedad en la que todo hombre

encuentre en los demás, no la realización, sino, por el contrario, la limitación de su

libertad. Así lo señala Marx frente a la Ilustración que enarbola los Derechos del

Hombre y que muy bien podría haber sostenido Platón frente a la ilustración sofista:

Muy lejos de concebir al hombre como ser genérico, estos derechos hacen aparecer, por el

contrario, la vida genérica misma, la sociedad, como un marco externo a los individuos,

como una limitación de su independencia originaria. El único nexo que los mantiene en

cohesión es la necesidad natural, la necesidad y el interés privado, la conservación de su

propiedad y de su persona egoísta.4

Los sofistas se amoldaron perfectamente al sistema democrático ateniense, que

veía en su ideal educativo la razón de estado perfecta para perpetuarse. En efecto,

los sofistas promulgaban que todo hombre lo es verdaderamente si resulta educado

en los valores de la ciudadanía (democrática) de la polis. De este modo,

presentándose a sí mismo como los más preparados y sabios (sophistés) de los

hombres, se arrogaban el papel de formadores de la virtud, y, justificaban así un

sueldo, debido a la esencial función social que desempeñaban para el Estado. Es por

ello que Protágoras defendió –quizás por vez primera en la historia de Occidente- la

educación obligatoria para todo infante, fuera este de la condición que fuera. De este

modo, el gobierno –mediante tales funcionarios- se garantizaba el papel de

educador, al tiempo que legitimaba su status.

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Pero este papel redentor a través de la educación tuvo, tras los sofistas, otro

tradicional abanderado: el clérigo. De hecho, y como tan certeramente han sabido

asumir las religiones monoteístas, desde tiempos inveterados la formación del creyente

ha resultado fundamental para su «conquista» espiritual. Mediante la formación del

neófito, y como señala el filósofo español Gustavo Bueno: «la Gracia santificante, don

del Espíritu Santo, en cuanto “gracia medicinal” curaba el hombre de su estado de

pecaminosidad; también lo elevaba sobre su estado natural de animalidad, como “gracia

elevante”»5 y sobre todo, lo justificaba en su existencia y daba a su vida un sentido

preciso. De este modo, el sofista y el sacerdote se erigían en los auténticos caudillos (de

ducere: «guiar, conducir» de donde proviene también «educación») de una humanidad

que, solo de este modo, salía del Estado de Naturaleza para penetrar en el Reino

santificador de la Cultura. En consecuencia, la Cultura -así como su intrínseco

referente, la «Educación»- resultan desde la Edad Media, modos secularizados de la

Gracia. Por ello, la función tradicionalmente dominante (es decir, la clerical) ha sido

análoga a la que definió al Reino de la Gracia. La educación «remediará el estado

meramente natural al que estaría “condenado” el hombre como primate (…) elevará a

los hombres a su condición de seres espirituales y libres.»6

Hoy día, con la progresiva secularización de las sociedades occidentales, es

decir, con la cada vez menor presencia de la religión en los felices hogares del Estado

del Bienestar, los curas de almas han tomado formas nuevas y esta libertad y dignidad

que el sacerdote insuflaba se ejercita por obra de unos nuevos sofistas: cierto tipo de

«educadores» cuyas proclamas están llenas de humanismo ilustrado, pero que esconden

-acaso sin saberlo- por encima y por debajo de dicho disfraz, una sotana y un

alzacuellos. Muchos de ellos incluso se confiesan convencidos defensores del más

riguroso laicismo, enarbolando la proclama de una educación «racional y científica».

Estos «educadores» llevan a cabo la ideología metafísica y humanista de los

antiguos sofistas y de los clérigos. En palabras de Platón: «dan un aire de novedad a lo

que es antiguo, y un aire de antigüedad a lo que es nuevo; en fin, han encontrado el

medio de hablar indiferentemente sobre el mismo objeto de una manera concisa o de

una manera difusa»,7 pues inventan supuestas nuevas técnicas pedagógicas, recubren de

eufemismos lo que desde años han constituido las terapias de control de la conducta.

Pero además se convierten en los nuevos y perfectos adalides de los gobiernos y los

Estados occidentales y, subvencionados por ellos, llevan a cabo el trabajo por el que

mediante ellos, el Estado nos hace personas humanas, es decir, nos convierte en seres

civilizados, miembros de pleno derecho de la Cultura santificante. De este modo, estos

cada vez más numerosos nuevos sofistas que pululan por tantos centros educativos y por

las Consejerías de Educación de nuestra Europa, establecen para el profesional de la

educación un papel que, solo un ministro de divinidades podría ejercer: la santificación.

Pero dicha utópica y loable misión -ninguna más valiosa y profunda podría arrogarse un

hijo del hombre- se convierte, si se mira desde una perspectiva más terrenal y realista

como pretende ser la nuestra, en la auténtica prebenda de los gobiernos a sus siempre

potenciales votantes, justificando así la preciosa y nunca ponderada tarea de dar una

educación a sus ciudadanos. Por ello, estos nuevos sofistas, como en tiempos de Platón,

se erigen en los nuevos adalides de los gobiernos, y subvencionados por ellos, en los

formadores de la civilización que el sacrosanto Estado promueve para el bien de los que

serán sus correligionarios, sus sostenedores. No obstante, no se cansan, bajo este

humanismo decimos, de fomentar una educación basada en la libertad y el espíritu

crítico, a excepción de no criticar la salvaguarda de la educación misma, que es, como

sabían los sofistas hace dos mil cuatrocientos años, la del mismo Estado. Por eso, estos

«educadores» que tanto proliferan en nuestros días siempre estarán unidos al Estado y el

Estado ideológicamente a ellos, como los garantes de su ascenso al reino de la Cultura,

es decir, de la Gracia. Lo mismo que siempre quiso la Iglesia. Iuventutis institutio

renovatio mundi est. Tan lejos, tan cerca.

-----------------

De este modo, el educador tomado en estos términos, además de constituir un

elemento ideológico para el sostenimiento del Estado, puede producir efectos muy

perniciosos en los educandos como lo señala el famoso mito de Pigmalión, cuya

moraleja hace ya tiempo que se ha aplicado en el análisis de la educación escolar.8

Pigmalión es un escultor de Chipre que odiaba a las mujeres y decidió no casarse nunca.

Durante muchos meses, sin embargo, se dedicó a esculpir una mujer hermosa y acabó

enamorándose locamente de la estatua. Pigmalión le suplicó a Venus, diosa del amor,

que le enviara una muchacha semejante a su estatua. La joven, a quien Pigmalión llamó

Galatea, se convirtió en su amante. De este modo, muchas interpretaciones se han

sucedido a lo largo de los siglos sobre este mito. Así, por ejemplo, la del dramaturgo

británico Bernard Shaw, en su comedia Pigmalión de 1913,9 para el cual Pigmalión es

un misántropo y misógino que se jacta de tratar a todos por igual desde su torre de

marfil revestida de ciencia e ilustración y cuya labor de escultor se centrará en cincelar

a una muchacha de baja estofa para transformarla en una auténtica dama de la alta

sociedad, según sus altos y humanos principios. Por ello el amor de Pigmalión hacia

Galatea no es real, pues ella solo constituye para su formador el conejillo de Indias de

un experimento del que Pigmalión se ha enamorado maniáticamente. Por ello Pigmalión

no ama a Galatea, sino solo a propia técnica artístico-educadora. De este modo, una de

las enseñanzas que este mito aplicado a la labor educadora, nos proporciona es que

resulta muy humanizador y loable que el maestro o profesor hagan lo mejor por sus

alumnos, cuando en el fondo lo que hacemos es perpetuar nuestras propias ideas a

través de ellos, utilizarlos para mayor gloria de nuestras convicciones. «Les imponemos

la humanidad -dice Savater- tal como nosotros la concebimos y padecemos, igual que

les imponemos la vida».10 Así, el mito de Pigmalión se traslada al tipo de profesor (o al

sacerdote, llamado «padre») que cree salvar por la educación a sus hijos, concebidos

como las joyas de su creación pedagógica frente a un mundo canalla y zafio. De ello se

desprende un notable pesimismo con respecto a los humanos, sobre todo con respecto a

aquellos que no comparten los presupuestos educadores o los ideales tan humanos de

dichos profesores. Así, esta buena voluntad educadora del nuevo maestro o profesor

para con sus educandos puede analizarse desde otro punto de vista, no tan benigno, y

que respondería más bien al famoso lema de Schopenhauer según el cual, mientras más

observaba a los demás hombres, más amaba a su perro.

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La socióloga canadiense Judith R. Harris señala en su libro El mito de la

educación,11 que las teorías globales de los llamados «expertos» en educación se basan

en presupuestos que la autora, mediante un laborioso trabajo experimental y de campo,

ha demostrado como infundados. La conclusión a la que llega, tras años de

investigación y de haber sistematizado sus conclusiones en su llamada «teoría de la

asociación grupal», es que los muchachos en edad educativa tienden a valorar más la

interacción simétrica que la complementaria, es decir, que les influye más un entorno de

relación (los «nuevos educadores» tal vez utilizarían el neologismo «interacción») de

reciprocidades entre iguales, que el entorno hogareño y escolar, los cuales suponen

relaciones más complementarias o desiguales.12 Harris critica a todos estos nuevos

expertos en la educación, porque conciben a esta de una manera demasiado sistemática,

sin valorar realmente la diferencia en sí de cada educando. Por otro lado, el antropólogo

J. P. Carothers, durante sus investigaciones a numerosos pueblos africanos, señala que

los miembros instruidos de dichas sociedades «merecen una mayor comprensión de sus

dificultades» pero, por otro lado, al ser estar más formados, «sus tentaciones son mucho

mayores».13 Asimismo afirma que los miembros de la comunidad no instruidos poseen

un sistema nervioso mucho más letárgico, mientras que, por el contrario, los miembros

educados resultan mucho más productivos. Sin embargo, las consignas de ciertos

miembros de la comunidad educativa, cada vez más como decimos, no admitirían estas

evidencias. Seguramente esgrimirían los formalismos metafísicos de la Humanidad y la

Dignidad que ensalzan todos los políticos para justificar tan preciada misión. Así se

desprende de las palabras llenas de solemnidad que los gobernandos pronuncian cuando

hablan de la Cultura, la Educación o la Democracia. Una especie de fundación de un

mundo nuevo

(…) más allá de cuya entrada no estará tolerado avanzar para las criaturas del viejo. Tal vez

eso explica buena parte de la obsesión por fundar ese mundo nuevo y extraordinario sobre

algo más que un solo factum político; sobre algo que deriva más de la mutación metafísica:

la emergencia de algo prodigioso y aún por estrenar llamado “hombre”, invención genérica,

suntuosa, bajo la cual dar razón de todo aquello que el viejo mundo ignoró.14

Lo que señalan estas palabras de Gabriel Albiac es que esa nueva pretendida utopía por alcanzar mediante la educación, la del hombre autónomo y libre en el que se realizarían los más altos valores del humanismo resulta el sueño vacuo y falso en el que

los Estados gobernantes y sus ciudadanos perpetúan su inquebrantable unidad. No creamos que solo la escuela educa…no nos arrogemos la soberbia de ser los únicos

responsables en la formación de la personalidad académica y biografía de un educando. No pretendamos convertir el centro educativo en otro lugar de salvación, pues la escuela

no es un reino de «humanización» más de lo que lo es la sociedad en la esta se

incardina. No solo educa la escuela, sino los medios de comunicación, el entorno

familiar o los amigos. Y no somos más importantes que ellos. «¿Hasta ese punto,

insensatos, deberemos pensar que (los maestros y profesores) son quienes afirman que

son los más sabios de los hombres?».15 No caigamos en la sofística de ciertos

psicopedagogos y expertos en «culturizar» o «humanizar» al ser humano «educándolo

en valores» utópicos desde los que se juzga la sociedad circundante: la Igualdad, la

Solidaridad o la Tolerancia, por ejemplo. «Lo falso –afirma Ortega– es la utopía, la

verdad no localizada, vista desde "lugar ninguno”. El utopista (...) es el que más yerra,

porque es el hombre que no se conserva fiel a su punto de vista, que deserta de

supuesto.»16 La educación no debe juzgar desde ningún valor preconcebido y acrítico la

sociedad en la que ella misma se incardina, sino mostrar «con la misma libertad de

espíritu a la cual las matemáticas me han habituado» -como diría Spinoza- que la

auténtica formación es la de comprender las acciones humanas como se comprende un

teorema matemático: humanas actiones non ridere, non lugere, neque detestari, sed

intelligere.17 Esta educación spinozista y platónica sería así la de los verdaderos

individuos libres. Sin embargo como sucedió en vida de Spinoza y Platón, «estos

hombres libres pasan automáticamente a convertirse en “enemigos del Estado”».18 Para

una educación sofística que huele, demasiado sospechosamente, a humanidad,

postulamos esta libertad de espíritu que Platón promulgaba en el frontispicio de la

Academia: nadie entre aquí que no sepa geometría.


NOTAS.

1 PLATÓN: «Carta VII». En Cartas, Madrid: Akal, 1993, p. 188

2 BRÉHIER, Emile: Historia de la filosofía, I. Madrid: Tecnos, 1988, p. 128.

3 JAEGER, Werner: Paideia. Paris: Gallimard, 1988, p. 377.

4 MARX, Karl: «La cuestión judía». En Anales franco-alemanes; Barcelona: Martínez Roca,

1970, p. 441.

5 BUENO, Gustavo: «Entrevista». En Culturas, 336, (1992), p. 3.

6 Ibíd..

7 PLATÓN: «Crátilo» 484b3. En Diálogos, México D. F: Porrúa, 1992, p. 652.

8 ROSENTHAL, R. y JACOBSON, L. E: Pigmalión en la escuela. Madrid: Marova, 1980.

9 Pieza que fue la base para una película y un musical que con el nombre de My fair lady se

estrenó en 1955 y llevada de nuevo al cine en 1964 por George Cukor.

10 SAVATER, Fernando: El valor de educar. Barcelona: Ariel, 1997, p. 7. Sin embargo, el

propio Savater parece hablar desde las misma posiciones sofísticamente humanistas cuando

afirma ideas como esta, de las que su estudio se encuentra bien provisto: «vaya por delante que

tengo a maestras y maestros por el gremio más esforzado y generoso, más civilizador de cuantos

trabajamos para cubrir las demandas de un Estado democrático». Ibíd..

11 HARRIS, Judith, R: El mito de la educación. Barcelona: Grijalbo, 1999.

12 Op. cit. p. 199.

13 McLUHAN, Marshall: Galaxia Gutemberg. Madrid: Círculo de Lectores, 1993, p. 60.

14 ALBIAC, Gabriel: Desde la incertidumbre. Barcelona: Plaza & Janés, 2000, p. 103.

15 PLATÓN: «Menón», 91d-92b. En op. cit. 211. El paréntesis es nuestro.

16 ORTEGA Y GASSET, José: El tema de nuestro tiempo. Madrid: Revista de Occidente, 1976,

p. 103. En el apéndice de este libro «El ocaso de las revoluciones», y en el contexto de este

tema, considérese también estos asertos del filósofo español, aplicados a la educación: «La ley

buena es buena por sí misma, como pura idea. Por eso, desde hace siglo y medio, la política

europea ha sido casi exclusivamente política de ideas. (...) Ahora bien: una idea forjada sin otra

intención que la de hacerla perfecta como idea, cualquiera que sea su incongruencia con la

realidad, es precisamente lo que llamamos utopía. (...) Tal vez en la ciencia, que es una función

contemplativa, tenga el utopismo una misión necesaria y perdurable. Mas la política (léase, la

educación) es realización. ¿Cómo no ha de resultar contradictorio con ella el espíritu utopista?».

Op. cit. p. 129.

17 «Tratado Teológico-Político I.IV». En SPINOZA, Baruch: Ética / Tratado Teológico-

Político. México D.F: Porrúa, 1991, p. 307.

18 ALBIAC, Gabriel: op. cit. p. 61.


Ensayo escrito por José António Santiago