terça-feira, agosto 31, 2010

"És Cruel" - Ena Pá 2000

E já está a acabar o mês de Agosto, e, sabe-se lá porquê, lembrei-me deste grande "hit" dos Ena Pá 2000!

segunda-feira, agosto 30, 2010

Equivalencias del tiempo en Internet


E não é verdade, às vezes? (muitas...)


domingo, agosto 29, 2010

¡Juana la Loca! – Joaquín Sabina

Desde ayer que tengo esta música en mi cabeza, por el ritmo, por el contenido y porque me acordé de ella habland con mi amiga Irene… Prestad atención a esta letra genial de Sabina. ¿Cuántas Juanas conocemos que no tienen el valor de pasar de lo que pensarían?...


“Después de toda una vida de oficina y disimulo
Después de toda una vida sin poder mover el culo
Después de toda una vida viendo a la gente decente
Burlarse de los que buscan amor a contra corriente.
Después de toda una vida in un triste devaneo
Coleccionando miradas en el desván del deseo…
De pronto un día
Pasaste de pensar qué pensarían
Si lo supieran
Tu mujer, tus hijos, tu portera.
Y te fuiste a la calle
Con tacones y bolso y Felipe el Hermoso por el talle.
Desde que te pintas la boca
En vez de Don Juan te llamamos Juana la loca.
Después de toda una vida sublimando los instintos
Tomando gato por liebre; negando que eres distinto
Después de toda una vida poniendo diques al mar,
Trabajador intachable, esposo y padre ejemplar.
Después de toda una vida sin poder sacar las plumas
Soñando cuerpos desnudos entre sábanas de espuma…
De pronto un día
Pasaste de pensar qué pensarían
Si lo supieran
Tu mujer, tus hijos, tu portera
Que en el cine Carretas
Una mano de hombre cada noche busca en tu bragueta.
Desde que te pintas la boca
En vez de Don Juan te llamamos Juana la loca”.



Hermerto Pascoal &Grupo - "Galo do Airan"


Não conhecia este compositor brasileiro multifacetado, mas hoje depois de ver um e-mail do nosso amigo Pedro, fiquei curioso por saber um pouco mais sobre este artista e, até agora, o que encontrei entra com facilidade no nosso ouvido... soa-me a um jazz tipo tropical...

quarta-feira, agosto 25, 2010

"O Romance da Raposa"

Editado em 2009 e com ilustrações Artur Correia, este álbum de BD é uma excelente oportunidade para ficar a conhecer a personagem que mais marcou a obra de Aquilino Ribeiro. Quem não se lembra da matreira e oportuna Salta Pocinhas?
Incluída no Plano Nacional de Leitura esta obra é tanto para miúdos como para graúdos e foi com agrado que a encontrei ao dispor, gratuitamente, de um público estival na Biblioteca Municipal de Torres Vedras.

Concentración



Después de ganar varios concursos de arquería, el joven y jactancioso campeón retó a un maestro Zen que era reconocido por su destreza como arquero. El joven demostró una notable técnica cuando le dió al ojo de un lejano toro en el primer intento, y luego partió esa flecha con el segundo tiro. "Ahí está", le dijo el viejo, "¡a ver si puedes igualar eso!". Inmutable, el maestro no desenfundo su arco, pero invitó al joven arquero a que lo siguiera hacia la montaña. Curioso sobre las intenciones del viejo, el campeón lo siguió hacia lo alto de la montaña hasta que llegaron a un profundo abismo atravesado por un frágil y tembloroso tronco. Parado con calma en el medio del inestable y ciertamente peligroso puente, el viejo eligió como blanco un lejano árbol, desenfundó su arco, y disparó un tiro limpio y directo. "Ahora es tu turno", dijo mientras se paraba graciosamente en tierra firme. Contemplando con terror el abismo aparentemente sin fondo, el joven no pudo obligarse a subir al tronco, y menos a hacer el tiro. "Tienes mucha habilidad con el arco", dijo el maestro, "pero tienes poca habilidad con la mente que te hace errar el tiro".

"Piano Blues"

O Blues e o Jazz talvez sejam a única e verdadeira arte norte-americana. Não o digo eu, atesta-o a sua história e as mãos que o têm percutido ao longo das teclas de um piano.
Sabia da existência deste documentário mas nunca o havia visto, recordo-me perfeitamente quando passou fora de horas na RTP2, e hoje, nesta maratona em casa a contrariar o calor exterior alentejano, fiquei a entender um pouco mais sobre esta arte, a sua origem, os seus intérpretes, a sua "subcultura" e "subgéneros", um sem fim de combinações melódicas e rítmicas que vale a pena apreciar.
Deixo-vos com Pete Jolly ao piano.
"Saravá"








"City Heat"

Tenho de aproveitar estes últimos dias de Agosto, antes de voltar à minha rotina de trabalho, para ver uns quantos filmes que tenho em atraso desde há uns meses. Da colecção do Clint Eastwood tenho uns quantos. "City Heat" é um deles e tem como co-protagonista o velhinho Burt Reynolds (que se perdeu na obscuridade da sétima arte).
Longe de ser um grande filme, daqueles que Eastwood nos habituou, é uma película agradável e que se vê com relativa facilidade, já que a dinâmica entre as duas personagens recorda o humor de alguns filmes clássicos que também têm como cenário os anos 20 e as máfias americanas estilo Al Capone e de metralhadora de carregador circular em punho!
Como costumo dizer, "vê-se bem, mas não é nada do outro mundo".
Agora sim, espero ver o documentário, produzido por Martin Scorcese, "Piano Blues" e sob a batuta do próprio Eastwood. Promete. E não contasse com a presença do Ray Charles...

terça-feira, agosto 24, 2010

O que se ouve por aqui...

Estes meus paisanos (um é bejense e o outro eborense) têm este projecto musical bastante interessante, que já passa com frequência em algumas rádios nacionais, repleto de temas bem escritos e de um humor subtil e bastante baseado no quotidiano do que é ser português ou, mesmo, do Alentejo.
Destaco duas músicas que creio serem as melhores deste disco: "Vovó Joaquina" e "Mula da Agonia".
Este CD dá-nos um "coice" a valer!!!













E se o Eusébio ainda jogasse?

Quem é lampião e tem prestado atenção a este arranque do "Benfas" na 1ª Liga, certamente se questiona sobre este tema frequentemente...
Estes matraquilhos oxidados na praia de Porto Novo ainda contam com a velha glória e Pantera Negra que, apesar de enferrujado, ainda faz fintas dignas do "Glorioso", neste caso à beira-mar!

"The Expendables", a verdadeira "Brigada do Reumático" da 7ª arte

Vejam só este elenco! Aqui estão os cromos do cinema de ação que marcou a minha geração (e não só!). Tinha bastante curiosidade em ver este filme e, como diz o meu amigo Miguel, devo reconhecê-lo como um "guilty pleasure".
Enfim, foi uma hora e meia de tiros, operações militares, suor, músculos hipertrofiados, rotativos no ar e perseguições com clássicos (com um toque de "tunning"), tipo "muscle cars" americanos... Seria um mentiroso se me armasse em intelectual e dissesse que não desfrutei do filme como se tivesse agora 12 anos, o que me faz pensar que talvez seja esse o mérito do filme e do trabalho destes actores destes filmes de "porrada"!

"Kick-Ass", uma BD louca, violenta e genial!

Todos os livros que comprei na livraria galega "Follas Soltas" ao longo destes anos têm sido agradáveis surpresas! As Bd's também (no ano passado foi "La Bicicleta Roja"), como esta compilação em álbum da autoria de Mark Millar y o mestre John Romita Jr., "Kick-Ass".
Todos os fãs do género de super-heróis desde tenra idade identificam-se totalmente com o argumento, do mais verossímil possível dentro do género, que é muito mais profundo do que um mundo de homens em colants ou fatos de neoprene!
A destacar a personagem de "Big Daddy" (com a sua filha "Hit-Girl") e a sua origem peculiar!
Fica a sugestão!
Agora só me falta ver o filme!

segunda-feira, agosto 23, 2010

The Way



Parece ter um argumento interessante e conta com um ilustre descendente galego, o Martin Sheen. Nunca imaginei o Presidente dos EUA a fazer o "camino" (para quem não sabe o Martin Sheen desempenhava o papel de presidente dos EUA na série "West Wing", aka "Os Homens do Presidente".
O George Bush nem em ano jacobeo, nem a caminhar com cilício, nem que fosse a Santigo, Roma ou Fátima se absolvia de tanta estupidez durante os anos que esteve na Casa Branca.
Seria este o filme que me falavas, Luís?
Boa noite!

"De Profundis, Valsa Lenta", José Cardoso Pires


Nós somos o agora, o presente, o momento. O passado e todos os pretéritos a si inerentes são apenas uma realidade cronológica que nos permite ter memória e condicionar, pouco, por vezes quase nada, o agora. E se por ironia do destino, da genética, do passado pouco influente, do que quer que seja, nos vemos incapazes de exprimir esse presente, recordar e entender o passado, que o nosso pensamento seja um balbuciar agrilhoado a um sem-sentido de ideias, que o caos nos invada os córtex e se expanda àquilo que pensamos que somos. A OMS utiliza outras três letras: AVC, acidente vascular cerebral.
Pouco antes da sua morte, no final dos anos 90, José Cardoso Pires viveu, sem poder escrever o seu presente, com essas três letras que nos descaracterizam, limitam e nos mudam a identidade. Viveu esse presente, mas pôde regressar dessa "Valsa Lenta", desse profundo de que poucos saem. Esta obra, que se lê de uma acentada, é uma excelente oportunidade para tentar entender, melhor, nos tornar sensíveis a que ninguém está imune a esta conjugação de letras do alfabeto.

"Memória, Memória Descritiva e, daí, Memória duma Desmemória poderia chamar-se a este relato se o rigor científico me tolerasse um título de metáfora tão esguia e o gosto da escrita o não rejeitasse por exibicionismo fácil. Todavia, culpa minha, foi na memória ou na tragédia da memória que, com maior ou menor erro, concentrei o acidente vascular cerebral que acabo de redigir. Se esse enfocamento é aceitável do ponto de vista neurológico não sei, mas foi a experiência sofrida que mo ditou na interpretação forçosamente diletante em que a tentei descrever."
JCP


Memórias do Caminho de Ferro (da minha vida)


Qual será a história desta fotografia? Quem seria o artista e o proprietário da máquina que congelou este moneto no tempo? Onde será? No que pensariam?
A única coisa que sei é que o meu avô (o segundo em pé a contar da direita) está aqui, com algo na sua mão...
Se a internet se tornar, ou já for, uma espécie de arquivo digital virtual, a pairar numa qualquer "matrix", que este pedacinho de história difusa por aí deambule e se perca...
Tudo o que se perde também pode um dia ser encontrado.

Werlisa Club Color - "Made in Spain"

Esta é a minha nova (na realidade data de 1979) câmara Werlisa Club Color com um flash Tumax 116 (imaculado!!!) comprado num desses mercados de velharias que marcam a época balnear que já quase está a terminar.
O mais interessante é que esta marca é espanhola e ainda hoje existe como uma espécie de marca branca e de relação qualidade/preço bastante aceitável.
Esteticamente, esta Werlisa Club Color faz-me lembrar algumas Agfa e Minolta que predominaram durante os 60 e os 80.
Quanto à parte mecânica, nada do outro mundo, simples e pouco elaborada como a sua gama sempre os habituou, no entanto, para compacta, é uma aquisição que achei muito interessante para a minha pseudo-colecção.

domingo, agosto 22, 2010

Surfer


Já lá vão uns dias desde que tirei esta foto, o surfista a descansar à sombra da sua prancha na praia do Pisão em Santa Cruz.
Como dizem os Beach Boys "Good Vibrations"...

Pedido de desculpas...

Caros amigos deste blog, antes de mais quero pedir-vos desculpa pelos anúncios horríveis que durante algum tempo estiveram neste blog.
Não tem nada a ver com o espírito deste blog e devo dizer-vos que sucumbi ao facilitismo do gerar receitas e divulgação do AdSense. "Mea culpa, mi máxima culpa"!
Espero redimir-me deste erro de administrador e de falta de bom gosto.

domingo, agosto 15, 2010

Guiché / 2 (Alexandre O'Neill)

Guiché (Fotografia de Nato L.)


Guiché / 2

Há pessoas que são como aviões no ar:
precisam de muita gente a apoiá-los de terra.
Essa que se insinuou a meia-bicha devia ser uma delas:
com um sorriso meteu-se à frente de quatro e só dois resmungaram.
Pouco. Estão habituados ao atropelo.
A espertalheta virou-se para mim a pedir-me a caneta.
«Canetas não se emprestam, mas por ser para si...»,
disse eu. E dei comigo de caneta na mão
a oferecê-la àquela que me ultrapassara
e com a minha caneta afinal assinava.
Até os burocratas que destrabalhavam
ao guichê assomaram quando ela firmava.
Eram três (os gentis!) a ouvir as pulseiras
que ela tilintava com as suas maneiras
de nada subscrever logo assim às primeiras.
Quando, língua de fora, ela assina-assinou,
um veio com o mata-borrão e incontinenti lhe secou
a assinatura. Ela sorriu e entregou
o requerimento para sua excelência.
A bicha comoveu-se: teria ela urgência?
Assim se passa de embirrenta intrometida
a senhora por três (e por mim) assistida,
que à beira-guichê é assim a vida...

Alexandre O'Neill

Do seu livro Entre a cortina e a vidraça (1972)