sábado, novembro 20, 2010

Iris e John

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Cumplicidade. O que será de uma relação humana sem nenhum tipo de cumplicidade? Sexo, amor, religião política, humor, silêncio, razão, moral, intelecto e, mesmo, a brutalidade... Substantivos não faltariam para tentar analisar estas dinâmicas típicas de quem pensa que a existência se resume a domínios de hemisférios cerebrais...
Que existência tão rica tiveram estes dois. Ela um dos maiores vultos que a literatura conheceu no século que findou. Ele um estóico a quem poderíamos atribuir um chavão de realidade alternativa: "Por detrás de uma grande mulher, está sempre um grande homem".
Mas veio outra palavra, nome próprio, substantivo que corrompe a gramática, que nos apaga o pensamento como se de um formatar informático os nossos passos e moléculas se resumissem. O Alzeimer. O vazio... 
Foda-se, não há doença que me lembre mais dos existencialistas que esta... Parece que encontro o Sartre ou o Camus num vislumbrar de um olhar que já não significa nada... ou significa tudo...

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