sábado, março 26, 2011

Novela juvenil

Bem antes de existirem os morangos com açúcar, na minha plena juventude haia já uma novela juvenil que cativava a atenção do publico mais jovem nos finais de tarde.
Como todas as ideias do audiovisual português, a sua origem era estrangeira, e sendo uma novela, ou série, juvenil, não poderia falhar - provinha do outro lado do oceano: Brasil!
Assim como os morangos com açucar, esteve em exibição por diversas temporadas, alterando o elenco, as actividade relevantes, as musicas, mas sempre com uma escola e uma "academia" em pano de fundo.
Academia, vulgar gínasio para nós portugueses, que surge no início do "bum" deste tipo de actividades/ empresas por este canto lusitano.
"Mlhação" foi uma novela (ou série) que acompanhei por algumas temporadas, e estou certo que muitos outros jovens da minha idade, pela mesma altura.
Assim como nas novelas juvenis portuguesas a banda sonora é de importância fulcral, e vai alternando de temporada em temporada, na Malhação a situação era idêntica.
Na primeira, ou numa das primeiras temporadas, o genérico era da autoria de um dos grandes vultos da música brasileira, cantar de renome, e proponho hoje que fique por aqui, em modo de recordação.

segunda-feira, março 14, 2011

A 110 km/h

Nas últimas semanas temos assistido a um pouco de tudo por esse mundo fora. Uma Europa “à rasca” (termo tão português em todas as acepções da palavra), um Norte de África em revolução e um Extremo Oriente varrido por um Tsunami…
                Todos estes acontecimentos parecem justificar a escalada vertiginosa dos preços dos combustíveis que nos fazem crer que é um dado adquirido para quem vive este presente real, que às vezes assume contornos dignos do bom surrealismo. E foi a esse mesmo argumento, à maneira de dado adquirido, que o governo espanhol de José Luis Rodriguez Zapatero se agarrou para introduzir, desde o dia 7 de Março do corrente mês, o limite máximo de 110 quilómetros nas auto-estradas espanholas.
De acordo com dados oficiais do executivo “de aqui ao lado”, desacelerar dos 120km/h para os actuais 110Km/h permitirá ao reino de Espanha poupar 1560 milhões de euros por ano nas importações de petróleo e, consequentemente, reduzir uma dependência energética que permite arrecadar uns quantos milhões de euros em impostos directos e indirectos. Note-se que com esta medida as contra-ordenações podem passar a ser argumentos de protecção da economia e da natureza! A “Guardia Civil” passará a controlar o tráfico não apenas com um fundo de prevenção e dissuasão, mas também ambientalista!
                Falar de dependência energética, quer se queira ou não, é banal e apenas serve para demonstrar que a Europa (e o mundo) pouco aprendeu desde a crise do Petróleo de 1973, apesar do vocabulário das energias alternativas e renováveis já ser uma constante no nosso léxico e respectivos dicionários.
                Parece-me que esta medida é meramente um “penso rápido” mediático de tal maneira incongruente que nem vale a pena recorrer aos argumentos de que primeiro se deveria fazer cumprir os limites de 120km/h ou reduzir os actuais 100Km/h das estradas nacionais para, quem sabe, 90km/h.
                Nem imagino o número de quilómetros que terá o conjunto de infra-estruturas tipo auto-estrada (com e sem portagens) nas quais ter-se-á que proceder à mudança de sinalização do limite máximo. E tendo em conta que Espanha é quase cinco vezes maior que Portugal provavelmente será um número interessante.
Como serão substituídos os sinais? Por inteiro? Ou de maneira prática, recorrendo a um autocolante? Se for em autocolante, e já que provavelmente também será em regime de “outsourcing”, era interessante ver o trabalho adjudicado à Panini que já tem provas dadas em décadas dedicadas ao cromos! 
                Joaquin Sabina, um célebre “cantautor” e vulto incontornável da cultura pop espanhola, tem uma música cujo título é “Pisa el Acelerador” e quando penso neste tema musical e neste tema tão actual, imagino o artista ao vivo, em plena actuação, a cantar a canção na negativa “No pises el acelerador” para poupar petróleo! Seria um hino económico-ambientalista dedicado à poupança energética à base de crude!

quinta-feira, março 03, 2011

Faz parte, é o destino... é a vida!

Nesta última semana, temos assistido a uma catadupa de noticias que nos rodeiam e nos fazem pensar (mais uma vez) no país em que vivemos. Além de todas as notícias que rodeiam o governo, a subida (não cartelizada) dos combustiveis, o impacto das politicas de Kadafi, entre outras, assistimos a algo me indignou profundamente, mas que me deixa com a sensação que sou parvo e que as minhas palavras "chovem no molhado" pela repetição de casos caricatos que existem.
Na passada semana, quando a minha esposa voltava a casa teve o infurtunio de atropelar o cão que, coitado perdeu a vida. Danificou também, a frente do carro, traduzindo-se a sua reparação em algumas CENTENAS de euros e na desorientação psicológica da minha esposa, que está grávida.
Simultaneamente, a ordem dos advogados, surge em defesa, e colocando os seus préstimos ao dispor de um recluso, que se negando a limpar a sua cela, foi atingido com uma arma de voltagem eléctrica.
Pois bem, a mim parece-me que algo está profundamente errado no que diz respeito a condenados, criminosos, serviços juridicos e à defesa dos cidadãos.
Sem qualquer culpa, foi atropelado um animal, ser vivo com direito à vida, fruto do discuido de alguém que deveria zelar pela vida do mesmo. Proteger os animais não será com esta pessoa, que não tendo o animal coleira ou "chip" de idenficação, segundo o veterinário (porque o levei pois ainda se encontrava com vida) estava bem tratado.
Conclusão - Um ser perdeu e vida (o cão), a minha esposa apanhou uma enorme carrada de nervos, e umas centenas de euros de prejuizo. O culpado - Ninguém! E se fosse o meu filho a perdar a sua curta existêcia ainda no utero da mãe? De quem era a responsabilidade? do pobre cão?
Ao mesmo tempo os serviços prisionais são acusados de "Militaristas", de não integrarem os reclusos na sociedade e não promovem a aculturização dos reclusos.
Limpar, arrumar e manter o quarto faz parte da rotina de qualquer pessoa, familia - não de um recluso, uma vez que é um atentado aos seus direitos de cama, comida e roupa lavada (e televisão e ginásio e passeios e precárias e visitas conjugais e seringas e o diabo a sete...). Como tal isto não é responsabilizar, formar, educar um ser para o integrar na sociedade, é simplesmente brutalidade!
E vem a ordem dos advogados para defender o recluso que lá está por algum motivo...
Bem, cama, comida e roupa lavada, e defesa à borla.
E eu? e o pobre cão que perdeu a vida? e se algo de mal se passasse com o meu filho?
Será que a ordem me defendia ou diria apenas: Faz parte, é o destino.... é a vida!
Algo de muito errado se passa! (Será apenas na minha cabeça?)
Perdão pelo desabafo, mas é um pouco demais para quem penbsa no futuro de uma vida que coloca neste país (ainda que não tenha direito a qualquer apoio finaceiro ou legal)!

quarta-feira, março 02, 2011

Antero Nocturno

Antero de Quental, se me lembro correctamente, é caracterizado por duas fases, dois Anteros - Apolineo e Nocturno. Este foi um dos pomas que conheci algures pelo meu ensino secundário e que não mais me esqueci. Fica aqui o açoreano nocturno.

ABNEGAÇÃO

Chovam lírios e rosas no teu colo!
Chovam hinos de glória na tua alma!
Hinos de glória adoração e calma,
Meu amor, minha pomba e meu consolo!

Dê-te estrelas o céu, flores o solo,
Cantos e aroma o ar e sombra a palma,
E quando surge a lua e o mar se acalma,
Sonhos sem fim seu praguiçoso rolo!

E nem sequer te lembres de que choro...
E esquece, esquece até que te adoro...
E ao passares por mim sem que me olhes

Possam das minhas lágrimas cruéis,
Nascer sibre teus pés flores fies,
Quie pises diatraida ou sorrindo esfolhes!