Intenções cansadas e dias longos nada significam. As
palavras sim.
Torpes , ininteligíveis para que tudo se sinta enquanto me sento,
Em reflexos vazios, vida em piloto automático e tu.
Longe de mim.
A colcha (idosa) de pensão pensionista emana odores
solitários, a velho. "Demodé" até no olfato. Cruel é o tempo que não
poupa os sentidos. E tu. Longe de mim.
Um vivo-morto.
Naiorobi, "águas frias" arrefecem memórias de
África.
Em palavras.
Ultramares que não combati,
que
assisti sem existir, em ti, obrigado. Destino?
O meu presente preserva os modos e tempos, da
perfectividade simples à conjuntividade composta, herdando solidão como
condição. E tu. Continuarás a existir, obrigado.
Em e longe de mim.
António Orla. Quénia, algures, provavelmente no aeroporto, em 1988.
Sem comentários:
Enviar um comentário