Como disse no “post de memórias” anterior, na série “Processo dos Távora” fui duplo na cena final da execução do actor Marco d’Almeida. Num descanso das filmagens, o actor deixou-se fotografar connosco (note-se que na época não era tão conhecido como actualmente) e deixou de curtir o seu “sound” no seu Minidisc para satisfazer afavelmente o capricho de dois parolos. Não me lembro do que falámos, quase de certeza da seca que levávamos como figurantes, ao sol, sem água e com pouquíssimo comer. Sei sim, que ao seu obséquio, se uniram dois dedos de conversa amena.
Hoje, tantos anos mais tarde, confesso que nutro uma grande simpatia por este actor (que desde esse dia vejo como um “gajo porreiro”) e sigo com curiosidade a sua carreira, fazendo sempre votos de incursões em projectos interessantes, podendo continuar a “fazer nome” em outras coisas que não se resumam a algumas redundantes telenovelas da SIC e TVI, mas que são das poucas alternativas de trabalho para os intérpretes portugueses.
Como docente de PLE, uso com frequência duas interpretações do Marco: primeiro o agradável e divertido “A Bela e o Paparazzo” e, segundo, a excelente declamação em “vídeo-poema” de “Pastelaria” de Mário de Cesarinny para o projecto “Voz” das Produções Fictícias.
Espero, em breve, ver o recém-estreado “Comboio Nocturno para Lisboa”, no qual o actor participa. As críticas ao filme não têm sido boas (mas como tudo, valem o que valem!), no entanto tem o atractivo de belíssimos actores lusos e o Jeremy Irons, para mim um grande nome da 7ªarte.
Se algum dia lês isto, Marco, votos de uma brilhante carreira! Hoje vejo com agrado que está bem consolidada e no caminho certo! Isto, doze anos depois de te teres cruzado connosco, sem a mínima ideia de que algum dia divagaria sobre este casual encontro num blog qualquer…
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