à parede encostada a puta segura um intervalo, contado em
milésimos de fios de tabaco consumido enrolado em anéis queimados de papel a
cada cilíndrica passa.
entre lábios secos de amor o cigarro esvai-se em ofegar
cansado lunar e em saliva de ladrilho com
restos de esperma sem nome.
antevê-se de perfil a lingerie de uma lua solitária que
apenas o deixa de ser quando alguém que passa,
paga.
Lienzo de Isabel Diaz Gómez - “naipe o mujer fumando”
-1975
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