terça-feira, junho 03, 2014

Arregaçada manga

Arregaçada manga
Queimado suor no antebraço
Descobre cicatrizes que já não se esforçam por se ocultar.

Actrizes de um palco duro,
Aberto a pulso e machadada,
Dessas que nunca serão premiadas
Nem com um fútil aplauso de gala.

Descobre-se o tempo no mecanismo,
Aberto no botão de punho do empirismo.
As mãos, em pontas de dedos com espinhas saídas de cima
De unhas feridas, abrem a fivela do passado tapado num relógio.
As lâminas distinguidas, arremangados fantasmas do meu desígnio, do dia do meu suicídio.


(Thinking of Tom Joad)

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