Somos Cante
(Ao Alentejo, ao seu
Cante, à minha gente)
"Somos sangue.
Somos
terra.
Somos
quente suor.
Somos um rosto de frente.
O sangue torna-se terra,
O suor absorve o lenço
A cara dá-se pelos avós
E a voz torna-se cante.
Eu que nasci no Alentejo
Serei chão
Quando a seca me chegar às veias.
A alma
Essa, pelas veredas,
Além, à sombra,
Caminhará de braço dado
E passo lento,
Sincopado pelo coração
Que nos late à capela.
Comunga-se com água a ferver
Coentros, poejos e alho
E esperamos que o paraíso tenha taberna".
Mais importante
ResponderEliminardo que o sangue
que nos corre nas veias
mais importante que o suor
que nos seca a pele,
mais importante do que tudo isto é ter orgulho em ser Alentejano.
Um abraço meu amigo por continuares a estar deste lado.
Sou muito arisco aos "ismos" de nacionalismos ou regionalismos, mas esse sangue e suor marca a nossa paisagem, arrasta-se no nosso sotaque, a sua vastidão ecoa na profundidade da nossa voz... e orienta-me, recoloca-me, aponta-me raízes e origens, soa a regato com gotinha de água que me vai dando de beber... Não sei se tenho orgulho em ser Alentejano... A única certeza que tenho é que o amo e amo a sua planície tão vasta quanto humana.
ResponderEliminarAquele abraço e muito obrigado pelas palavras.