Lado a lado, vejo o meu filho a juntar letras em sílabas e sílabas em palavras. Antes de sequer imaginar que começaria a ler, um ano antes de que eu começara a ler, fluem-lhe frases com esforço mas repletas de naturalidade.
Tem um rosto meigo e uns olhos sinceros. Lembra-me o físico do lado Leal da família, com a capacidade de desenhar herdada do lado da mãe. Já sabe ler. É a terceira geração letrada...
O meu avô João Leal continua a definhar, o seu bisavô analfabeto continua à espera do fim da escrita naquele lar... Aqui aprende-se a ler e há amor inocente nesta rima triste com morrer...
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