O frustrado encontra na palavra que o define um silêncio que nunca será susurro, muito menos voz. Justifica-se com a queixa e chora a versos derramados a metro.
O frustrado vê-se vate aos olhos do lamento. As trevas da escrita ocultam-lhe, em noites brancas, o sol do dia. A melanina não conhece tez diferente que a da proteção do abrigo, do casaco, da rede de literato.
O frustrado é-o por condição de decisão pessoal. O poeta não. É-o porque teve de ser e nunca saberá totalmente reconhecer-se uma única palavra.
Sem comentários:
Enviar um comentário