sexta-feira, janeiro 20, 2017

Valladolid, 20/I/2017

Não é difícil identificar as fronteiras que tenho em mim. As minhas limitações. Falar sobre elas já começa a ser hábito que não controla o nervosismo. Oculto-o com técnica mas, passada a exposição, os músculos acusam o libertar de adrenalina e o estômago retoma a digestão.
Aqui em Valladolid, graças à confiança duma amiga que vê nas minhas limitações algo digno de ser partilhado,
falei de fronteira, de geografia de afetos, de barreiras de preconceito e usei a palavra para tentar combater o receio que este «dia d» me inspira. Se alguém me dissesse, há alguns anos atrás, que iria assistir a este dia, penso que rir-me-ia. Donald Trump foi investido presidente dos EUA. Investiu-se uma nova fronteira na história. Vai ser difícil cruzá-la. Chamar-se-á «Trumpismo»? «No idea». Porém tenho arrepios e não é graças ao frio desta cidade.
Vou descansar com um misto de profunda gratidão e profunda indignação por ver o que pensava que não seria algum dia possível ver...

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