segunda-feira, agosto 07, 2017

"Talking about my generation", os "Xennials"

Até na minha geração vivo uma espécie de fronteira, não entre dois países, mas um limbo entre a inteligência da massa cinzenta e a inteligência artificial. Dizem por aí os sociólogos que a minha geração, ora «rasca», ora «à rasca», se pode orgulhar de ficar para a história da humanidade como os últimos exemplares de uma espécie condenada: o "Homo Sapiens Pré-Web". Justificam isto com as nossas infâncias analógicas e definem-nos como pessimistas e dados a nostalgias.

Como dou bastante importância a estes estudos geracionais, ponho-me a pensar e dou-lhes razão tendo em conta as repercussões evidentes na minha vida. É verdade, antes ia sempre acompanhado à casa de banho por uma revista, uma bd, até por uma enciclopédia. Hoje vou de smartphone na mão e não é preciso procurar por ordem alfabética na Wikipédia. Dizem eles que é a evolução, mas só consigo pensar que, num WC, papel é sempre papel...

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