sábado, fevereiro 24, 2018

«Eu é que sou as ruínas dela» - José Eduardo Agualusa

De caminho a casa, despejado à frente das portas do cemitério de San Juan, deparo-me com as cores desta casa no meio do entulho, à espera de ser recolhida por quem de responsabilidade. Lembro-me da voz do meu amigo João Afonso nos versos do José Eduardo Agualusa:

Em algum lado a casa há-de estar
Eu, é que já não estou
Eu é que sou as ruínas dela

E duma casa que nunca acabou de ser construída na Rua Reguengos de Monsaraz.

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