Este peregrino,
sem grande fé
no destino, pára
nos altares
que o silêncio
ou a ruidosa
alegria do caminho
decide venerar.
Ali,
enjoou o cheiro
sofrido das velas.
Vomitou mesmo
quando era pequeno.
Pais e avós ficaram com o chão vomitado
daquele quarto alugado
para pagar
promessas.
Fátima
ensinou-o a não acreditar em aparições,
porém, lado-a-lado com o cancro duma peregrina
caiu no húmus,
sujando a arrogância do intelecto
que o levou também
a não julgar devoções.
Continua a
custar-lhe não poder ajudar
tantas pessoas à
procura de aliviar
o sofrimento arrastando-se em dor.
Deixou de pensar
se as entende ou não.
Lá vão os tempos
da obrigação,
do enjoo, da
altivez,
do intelectual
cagão.
Já lá voltou sem
credo
e, de certeza,
que voltará.
Entrará e sairá
longe do
destino,
mas devoto do
homem,
que morrerá sem
querer acreditar
em Deus
ajoelhado.
MUITO BOM!
ResponderEliminarObrigado querido amigo! És demasiado amável! Entre "passageiro" e "peregrino", não há grandes diferenças... Aquele abraço!
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