sábado, novembro 06, 2021

Cuando uno no tiene nada para decir, lo dice mejor en su lengua materna, la de sus entrañas./Quando um tipo não tem nada para dizer, di-lo melhor na sua língua materna, a da suas entranhas. - Theodor Kallifatides

    “En ese momento lo entendí. Mi primera lengua es palpitación. La segunda, cavilación. La primera brotaba de mis entrañas, la segunda de mi cerebro. El problema era ensamblarlas. [...] La conclusión era sencilla, cada lengua tiene su manera de ser escrita. [...] [Sin embargo] Cuando sabes lo que quieres decir, puedes decirlo en todas las lenguas que conoces.
    También puedes guardar silencio en todas las lenguas que conoces.
    Pero cuando no tienes nada para decir, lo dices mejor en tu lengua materna.”

    “Nesse momento entendi. A minha primeira língua é pulsar. A segunda, pensar. A primeira brotava das minha entranhas, a segunda do meu cérebro. O problema era enlaçá-las. [...] A conclusão era simples, cada língua tem a sua maneira de ser escrita. [...] [Contudo] Quando sabes o que queres dizer, podes dizê-lo em todas as línguas que conheces.
    Também podes guardar silêncio em todas as línguas que conheces.
    Mas quando não tens nada para dizer, di-lo melhor na tua língua materna.” (Trad. Luis Leal)


Theodor Kallifatides, Otra vida por vivir (trad. Selma Ancira), Barcelona, Galaxia Gutemberg, 2019, pp. 151-152.

"Silencio" (Foto de SLP - 2021)

Sem comentários:

Enviar um comentário