domingo, novembro 07, 2021

Domingo

A manhã, ainda colada à madrugada, começa azeda, triste, e vai evoluindo com os aplausos da gente aos atletas da meia-maratona da nossa cidade. 
Durante o dia os braços pesaram, os sorrisos conjugues não abundaram, e a tarde terminou num sofá a ver um filme francês, uma comédia sobre a pandemia e sobre a nossa estranha humanidades.
Com o pouco descanso que a cama permite, vislumbro poder deitar-me, ler um pouco, escrever esta nota, com um certo sentido de dever cumprido. Passou mais um domingo. Na mesa da cozinha já tenho os dois lanches dos mais velhos para amanhã e acabo de levar o biberão do mais novo para cima. Mais do que a necessidade de descanso, sinto que não devo pensar. Foco-me nas sandes, no biberão e no chá de funcho. 

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