terça-feira, março 24, 2009

Jamie Cullum - "Gran Torino"


O filme, atrevo-me a dizer, é uma obra-prima, uma visão sem preconceitos acerca do que é a velhice, a solidão, o preconceito racial, o ódio, a justiça (que tarda e não contempla todos), as relações humanas e a coragem de tentar ser o que se é, um ser humano com mais defeitos que virtudes.
Deixo-vos com esta banda sonora que ultimamente me tem acompanhado.

Nosotros como Futuro

Empieza así: “Sólo el pasado está a nuestra disposición. Con él imaginamos el futuro. Pero hay dos maneras de servirse del pasado para construir lo que, por no tener más remedio, llamamos futuro.”, este ensayo de Eduardo Lourenço. Con sólo 31 páginas, esta disertación nos hace reflexionar la manera como todos los pueblos viven, a su manera, peculiar, un presente inmemorial, un “simulacro sensible de su imposible eternidad”.

Se lee con mucha facilidad y nos viene muy bien a todos los nos gusta el tema de las identidades culturales que existen de oriente a occidente.

Un librito olvidado, desde la Expo’98, en una librería que decidió rebajar sus fondos en una feria del libro… 1 euro, el “euroahorro” en la cultura. No me parece, ha sido pura suerte.

"El cuento de la isla desconocida"


Un suceso histórico, la intención de un anónimo portugués de ser autorizado por el rey para utilizar una de sus carabelas en la búsqueda de la isla desconocida, le sirve al autor de pretexto para realizar una fábula descarnada del hombre moderno y un sutil cuento sobre el sueño y la búsqueda de la identidad personal, la identidad de ser luso en este rinconcito de Europa.
Saramago nos recuerda que soñar, a veces, es el verdadero camino hacia el futuro.



quarta-feira, março 18, 2009

“O carácter de um homem é o seu destino”


Hoje foi um dia longo, de muito trabalho, responsabilidades, percalços e coisas também positivas. Tenho uma profissão eminentemente humana e emocional num mundo burocratizado e descredibilizado, tento não trazê-la sempre para casa, para a minha vida pós-laboral, mas isso nem sempre me é possível. Hoje foi um desses dias.
Após uma reflexão, tentar identificar o que falhou, onde não estou a ser efectivo, o que posso melhorar, não cheguei a uma resposta evidente. Se há algo a melhorar, haverá sempre, mas nem sempre está tudo nas nossas mãos, mesmo que tentemos controlar tudo, nunca o conseguiremos, essa é a faculdade que nos distingue do Olimpo das religiões e que nos faz cair em locais que ficaram para a história como Columbine, Beslan, Finlândia e, há pouco, na Alemanha.
Cheguei a essa conclusão após um e-mail de um amigo, um amigo que passou pela minha vida numa fase em que me iniciava nesta minha vida laboral e que, apesar da mudança de papéis, tive o prazer de guardar. Trata-se do Daniel (agora colaborador dos “Senderos”), com quem pude partilhar algumas coisas que a minha escassa experiência me permitia partilhar. Creio que partilhei, mas recebi muito mais sem dúvida.
Hoje, após sentir que pouco ou nada pudemos mudar no carácter de um jovem, ele, com a sua maneira simpática e peculiar, voltou a lembrar-me que, tal como vi num filme chamado “The Emperor’s Club”, “o carácter de um homem é o seu destino”, e que, de maneira nenhuma, o trabalho de alguém deve ser julgado por resultados isolados, mas sim pela sua colaboração num todo. Isto aconchegou-me e, apesar de cansado, de saber que estou longe de figurar na galeria dos deuses que controlam o seu destino e dos demais, sei que me posso deitar com a certeza que alguma coisa sempre fica… mesmo nos dias que correm, onde já não há “clubes”, nem “poetas mortos”…

terça-feira, março 17, 2009

"EL Hombre en Busca de Sentido"


Ya había oído hablar del autor y del libro en cuestión pero, hasta hace poco tiempo, no lo había leído. Tuve el placer de conocer “El hombre en busca de sentido”, del psiquiatra alemán Victor Frankl, por intermedio de mi amiga Ana que, me hizo llegar a mis manos un ejemplar de una experiencia tremendamente absurda, pero real, una deportación a un campo de concentración nazi.

Tras su liberación, Frankl escribió el famoso libro con una lucidez asombrosa en que analiza su experiencia desde el punto de vista científico del médico psiquiatra. Esta reflexión le sirvió de base para el desarrollo de la Logoterapia, considerada la Tercera Escuela Vienesa de Psicología, después del Psicoanálisis de Freud y de la Psicología individual de Adler.

No digo que sea un libro imprescindible para la biblioteca de uno, pero que merece la pena una atenta lectura, os lo digo que merece y lo podéis comprobar con estos dos párrafos:

“La Historia nos brindó la oportunidad de conocer al hombre quizá mejor que ninguna otra generación. ¿Quién es, en realidad, el hombre? Es el ser que siempre decide lo que es. Es el ser que inventó las cámaras de gas pero también es el ser que entró en ellas con paso firme y musitando una oración.”

“Lo que de verdad necesitamos es un cambio radical en nuestra actitud frente a la vida. Debemos aprender de nosotros mismos, y también enseñar a los hombres desesperados que en realidad no importa que no esperemos nada de la vida, sino que la vida espere algo de nosotros. Dejemos de interrogarnos sobre el sentido de la vida y, en cambio, pensemos en lo que la existencia nos reclama continua e incesantemente. Y respondamos no con palabras, ni con meditaciones, sino con el valor y la conducta recta y adecuada. En última instancia, vivir significa asumir la responsabilidad de encontrar la respuesta correcta a las cuestiones que la existencia nos plantea, cumplir con las obligaciones que la vida nos asigna a cada uno en cada instante en particular.”

O que por aqui se vai ouvindo...

Não é a primeira vez que o "Boss" é mencionado aqui no nosso blog, mas nunca é demais lembrar este grande escritor de canções e intérprete peculiar! Símbolo de uma nova América (nem que seja na "cor"), vale a pena escutar este último álbum!

segunda-feira, março 16, 2009

Populista? A crise é só para alguns...

Esta foto foi vítima do acaso, de um horizonte histórico corrompido por o luxo da modernidade. Pessoalmente, não tenho nada contra. No entanto, agora que estou guardando as fotos no disco, nada rígido, da minha memória, recordo o que hoje ouvi ao Nobel da economia, Paul Krugman: "-Há que baixar os salários". Uma vez que não ouvi bem, pergunto, a quem?
Esta paisagem, ilustra o que para muitos é uma afirmação populista, de caça ao voto, de inocência política, de ideologia de esquerda (ou direita, dependendo a quem dêmos a mão), de idealismo utópico (a roçar a adolescência), isto é, poupando mais o latim, quem é que vive verdadeiramente a crise? Quem a paga?
Aqui, numa espécie de tríade, está um eixo de luxo que não está ao alcançe da maioria dos que todos os dias lutam para sair desta fatalidade que nos assola...
Mais populismo... quem "paga, verdadeiramente, o pato"? Não precisamos que seja um Nobel a dizer-nos...

terça-feira, março 10, 2009

Está aí quase "O Gran Torino".

Esta foto de Damon Winter, retrata a "velha raposa", o mestre, Clint Eastwood. Foi distinguida com o 3ºPrémio "Portrait Singles" do World Press Photo de 2007.
Lembrei-me de a publicar aqui porque está a ponto de estrear "El gran Torino", filme esse que gostaria de não perder, pois há quem diga que vai ser a derradeira interpretação de Eastwood.
Até lá fica um rosto prolixo e emblemático da sétima arte... do bom cinema "clássico" que ainda se vai fazendo em Hollywood.

segunda-feira, março 09, 2009

Artroses nos raios...

A minha solidão não tem cor, pinturas tampouco.
Passeia-se alheia a ruídos, ao folhear de um calendário de parede.
A minha solidão não tem calor,
Arrefece-me a metálica sensação das grades que me separam do outro lado,
Dos meus, dos teus, dos outros... semelhantes.
As cataratas constantes (já não aprecio a sua beleza), o silêncio do vento, a artrite da minha bicicleta, já não roda com a facilidade de antes.
Levo-a comigo. A minha companheira, fiel corcel de massa consistente, a minha tecnologia na ponta das calças.
Levo-a comigo, a minha bicicleta, acompanha-me, reluzindo os seus raios na barreira que me aparta, que me exclui, que a quer arrumar numa garagem qualquer...
Levo-a comigo, as suas cataratas, a sua surdez, a sua artrite e a sua ferrugem que estala... e assim vamos rodando esperando passar ao lado do próximo Carnaval, sem que nos ponham numa garagem qualquer...
Numa garagem qualquer...
Se não for numa sucata qualquer...

A "Minolta Hi-Matic 7s"

Hoje deu-me para escrever sobre os meus passatempos! Depois da "Gevabox", tenho, em excelente estado, a "Leica dos pobres", segundo vi num site acerca da "Minolta Hi-Matic 7s". Esta, apesar de estar "um brinquinho", tem o obturador bloqueado. É tudo uma questão de algum trabalho e sorte. Espero conseguir desbloqueá-lo e pô-la muito em breve a fotografar as nossas belas paisagens primaveris!
Mas, mesmo assim, também é um objecto bonito. Também já tem uns aninhos, pois data dos anos 60, mais precisamente do ano de 1966, quando a Minolta conquistou o espaço, equipando um satélite (se não estou em erro) com as suas lentes de excelente qualidade!

A velhinha "Gevabox"


Ontem, num daqueles "rastrillos" que tanto gosto de percorrer (vasculhando no meio da tralha que o tempo vai esquecendo), encontrei mais uma velhinha máquina fotográfica a precisar de um toque de restauro. Depois do típico regateio, lá a trouxe para juntar à minha colecção (custou-me 10 euros, o que foi um roubo, tendo em conta o seu estado!). Enfim, mas o acaso levou-me a comprar esta "Gevabox 6X9 Eye Level", fabricada pela "Bilora", na Alemanha, durante os anos de 1955 a 1959. Utilizava rolo de 120 e creio que ainda funciona o seu obturador, apesar do mau estado em que a encontrei.
Hoje, num momento livre, já que vinha com a energia toda focada no restauro da minha "Gevabox", após uma "esfrega" cuidadosa com lixa para metal, lá pude pintar a caixa desta máquina. A "bakelite" (ou uma pelicula que recorda a "bakelite", colada à caixa de metal), está muito danificada, parte-se aos troços pequeninos, o que nem com um pouco de cola foi possível evitar, no entanto já não são tão evidentes as partes ferrugentas que lhe tiravam toda a graça "vintage". Agora só falta tratar do obturador, restaurar com uma tinta mais forte e mate, para que possa voltar a impressionar junto às outras "velhinhas" que tanta história têm visto!

segunda-feira, março 02, 2009

"No meu carro de mão"


"No meu carro de mão
Amarelo, cor de rodapé alentejano,
Carrego sonhos em forma de ladrilho,
De arquitectura invisível e de traço rude, gretado, seco,
De mão forte, áspera, triste no tocar… mas convicta no labor"

Relatos de Humor

El humor puede ser una excelente herramienta para estimular el interés por la lectura. Descubrí este libro en las estanterías de mi departamento (ya que está junto con el de lengua y literatura) y encontré relatos en que las risas no faltan, relatos esos que nos demuestran que la literatura de humor no es un género menor que, no solo nos reconforta en horas bajas, sino que nos ayuda a entender mejor el mundo y a encontrar la verdad que se oculta tras la seriedad de la apariencia.

Este librito es de la editorial Vicens Vives y está asequible a cualquiera que manifieste interés en leerlo.