sábado, março 21, 2015

Associa-se a poesia ao tempo da flor

Associa-se a poesia ao tempo da flor. Tende-se a trovar melhor, já o recordava D. Dinis aos provençais… Mas aqueles cuja alma vai por aí versando fazem-no em qualquer estação da vida, não têm qualquer exclusividade primaveril.
Hoje, noutra dessas verdades universais de calendário, celebra-se o Dia Mundial da Poesia.
Eu celebro-o com as cinzas de um local que me tem acompanhado nos últimos anos, ensinando-me a apreciar e a tentar ser digno das minhas ruínas, Jola.
Celebro-o com a amizade do Adolfo Rodriguez Fernandez que ontem me obsequiou com esta primeira edição do meu mestre Ángel Campos Pámpano. Celebro-o com a “poeticidade” do português do meu amigo Ruy Ventura. Celebro-o com o abraço complacente do Pedro L. Cuadrado. Celebro-o com o humanismo, que me humilda perante tamanha humildade, do Pedro Martin González.
E celebro-o longe mas com o meu irmão, José Antonio Santiago Sánchez, que me ensinou a olhar para o céu e a saciar a fome com o pão que nos permite a nossa pobreza…
Todo o ano vejo tantas flores, autenticamente belas. Procuro colhê-las com cuidado e juntá-las suavemente num ramo de gratidão...

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