Há um ritmo italiano e um ritmo siciliano. É a base do nosso ritmo latino sem as especificidades ibéricas, mas, mesmo assim, não sendo eu compassado pelos ritmos do norte, tive dificuldade em adaptar-me aos vinte minutos que se podem transformar em duas horas ou à frenética condução automóvel alérgica ao cinto de segurança e indiferente a passadeiras.
Cada povo tem o seu ritmo vital e o da Sicilia é originalíssimo. Apesar do cansaço, foi um privilégio vivê-lo no meio da sua gente. Voo sobre o mar da nossa civilização em direcção às penínsulas, primeiro a bota que me chutará para a jangada de pedra do José Saramago, essa península atracada por uma corda bastante velha à Europa.
Poderei um dia ir ao Novo Mundo?
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