Há quatro anos que nos conhecemos, nos cumprimentamos, e partilhamos o local de veraneio sem sabermos o nome um do outro.
Este ano temos falado mais desde o primeiro dia. Pescador submarino diário nesta Foz, o simpático vizinho do lado tem mostrado cavalos marinhos, ostras, ameijoas, santolas e outro marisco que o meu vocabulário de sequeiro desconhece.
Hoje obsequiou-nos mais umas ostras e uma pequena santola. Agradeci a atenção e a simpatia, escondendo o pânico de ser incapaz de coser vivo o animal e depois comê-lo.
Lá está ele dentro do alguidar e, amanhã cedo, com medo de ser descoberta a minha ingratidão marisqueira, vou soltá-lo ao mar.
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