quarta-feira, agosto 02, 2017

«Pó, Cinza e Recordações» de José Rentes de Carvalho, p.56

«Aonde pertencerei? De verdade e por inteiro, a parte nenhuma. A terra onde nasci tornou-se-me estranha como um teatro, quando estou nela tenho a ideia de que represento um papel. A outra, onde vivo há mais de meio século, dá-me por vezes a ideia de um navio que se afasta e me deixou no cais. Procurar outro poiso? Nem a idade mo permite nem as amarras o deixariam. Porque é isso: não pertenço, mas é muito forte o que me prende.».

in «, Cinzas e Recordações», p.56, José Rentes de Carvalho

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