«A fé com café é sempre mais forte!» José Cid
quinta-feira, novembro 28, 2019
quarta-feira, novembro 27, 2019
«El respeto» - Azorín
terça-feira, novembro 26, 2019
Fragas e fragas.../Rocas y rocas...
duro horizonte que
sempre humilda...
Rocas y rocas,
duro horizonte que
siempre nos hace humildes...
Poema do Desamor (Alexandre O'Neill)
Desmama-te desanca-te desbunda-te
Não se pode morar nos olhos de um gato
Beija embainha grunhe geme
Não se pode morar nos olhos de um gato
Serve-te serve sorve lambe trinca
Não se pode morar nos olhos de um gato
Queixa-te coxa-te desnalga-te desalma-te
Não se pode morar nos olhos de um gato
Arfa arqueja moleja aleija
Não se pode morar nos olhos de um gato
Ferra marca dispara enodoa
Não se pode morar nos olhos de um gato
Faz festa protesta desembesta
Não se pode morar nos olhos de um gato
Arranha arrepanha apanha espanca
Não se pode morar nos olhos de um gato
Alexande O'Neill
segunda-feira, novembro 25, 2019
domingo, novembro 24, 2019
sábado, novembro 23, 2019
O rádio desencantado com a era digital...
sexta-feira, novembro 22, 2019
quarta-feira, novembro 20, 2019
"Si Juan Ramón Jiménez es el padre de la generación del 27, Ramón es la madre." - Francisco Umbral
terça-feira, novembro 19, 2019
Zé Mário Branco
De Portugal chega-me a notícia que morreu o José Mário Branco. Mais um canto a calar-se. Recordo uma entrevista sua há tempos na rádio. «Ser livre dá uma trabalheira do caraças» dizia sem o poder citar «ipsis verbis». Ó se dá! Ó se dá... E sem gajos assim, com pêlo na venta, cada vez nos querem libertar mais do peso da liberdade...
A chávena partida
domingo, novembro 17, 2019
Bolotas/Bellotas...
«Empoderar» a estupidez...
sexta-feira, novembro 15, 2019
Sexta-feira
É sexta. O ritmo no trabalho até nem é dos mais exigentes tendo em conta o calendário. Assomo-me à janela e lembro-me como este dia me renovava toda a energia perdida durante a semana, quando era miúdo. Essa sensação, algo diferente, mais madura (e peluda na cara e no peito), mantém muita da sua essência e rasga-me um sorriso na cara.
Porém, já não idealizo fins-de-semana. A janela mostra-me o que tenho à frente. Os prédios e umas poucas árvores de Outono. O sol ilumina-me um pouco o rosto e acaba nos meus pés. Continuo a trabalhar, sabendo que o rio continua a correr cheio de jacintos-de-água, apesar de não o ter conseguido ver desde onde estou.
quinta-feira, novembro 14, 2019
Qual é o sentido...
«Qual é o sentido da tua vida?» Diz-me essa voz frequente na terceira pessoa que vive em mim. Hoje só sou capaz de responder «sobreviver-lhe». Como será amanhã?
Subir às paredes... /Subir a las paredes...
quarta-feira, novembro 13, 2019
Pedir a Deus...
Fernando Namora, Monsanto, 1958
Fernando Namora, Monsanto, 1958 |
terça-feira, novembro 12, 2019
Divagação de caligrafia e abraços políticos...
Quando voltas a um prazer esquecido, custa abandoná-lo. A velha caneta de tinta permanente do meu pai, a verter tinta azul Parker pelo papel, tem-me acompanhado nas lides da caligrafia. O caderno preto que o diga. Não é de estranhar que o teclado do telemóvel, soletrado e com intromissão de escrita automática, anulem o deleite físico que reencontrei no acto de escrever.
Da necessidade da escrita, bem evidente no tom confessional, quiçá terapéutico, que não escondo no que para aqui vou publicando, o gosto pelo traço fino, pelo desenhar das letras, pelo ritual de encher a caneta bem antiga e herdada, tem tanto consolo que nem o facto de, caso o escrito for alguma coisa de jeito, ter de repassar a computador me faz abandonar essa reconquista.
Hoje não tive disponibilidade para praticar caligrafia. O dia passou a correr, o trabalho e os afazeres exigiram alguma escrita à mão, porém foram dominados pela informática. Os miúdos, especialmente o mais novo, acompanharam-me durante a maior parte da tarde. Eles são o melhor exemplo de a caligrafia ser uma arte, um ofício de beleza aprendido na infância e que, para aqueles que amam a palavra, não se pode abandonar nunca.
Ia escrever sobre como os políticos espanhóis se abraçaram em presidente e vicepresidente, como esse abraço já poderia ter sido dado para mostrar que os afectos (mesmo que fingidos e só por dever de Estado) evitam extremismos e promovem mais abraços. Peca por tardio e alguma estupidez. Eu, que até gosto de abraçar gente, não os abraçaria. Prefiro aplaudir um gesto de um político, com o qual não tenho a mais mínima afinidade ideológica, que decide demitir-se porque não esteve à altura das circunstâncias. Ponto final. Sem abraços, contudo com algum respeito pela inteligência dos cidadãos de Espanha.
O acordo para formar governo não sei com que canetas foi assinado. Gostava que o compromisso fosse sério e verdadeiramente institucional, mais ou menos como num matrimónio onde ambas partes têm de ceder, dar espaço e respeitar o conjúgue. Amar já é pedir de mais, fiquem-se pelos abraços e deixem-me dedicar-me à minha caligrafia.
segunda-feira, novembro 11, 2019
52 e os abutres
sábado, novembro 09, 2019
Quando andas por ahí... / Cuando vas por ahí...
Cuando vas por ahí, y te encuentras con un trasto de tu infancia, te quedas con la certeza de que eres tú el que se está oxidando...
«Honor» por Rafael Sánchez Ferlosio
«El honor no es algo interno, sino externo, referido a los otros hombres. El honor es una relación de lealtad con el prójimo, no es 'fallarse a sí mismo' sino 'fallar a los demás'.» Rafael Sánchez Forlosio
sexta-feira, novembro 08, 2019
quinta-feira, novembro 07, 2019
quarta-feira, novembro 06, 2019
Cem anos de Sophia...
Sophia para muchos es mar, la vastedad oceánica del mundo clásico en la cultura portuguesa. Para mí, es una columna en la que me apoyo y es tierra. La mía. Sophia es Évora.