sexta-feira, abril 28, 2023
Poderá o algoritmo fundir-se com a alma?
quinta-feira, abril 27, 2023
27/IV/2023
segunda-feira, abril 24, 2023
"Amanhã, 25 de Abril..."/"Mañana, 25 de abril..."
domingo, abril 23, 2023
23 de abril de 2023
sábado, abril 22, 2023
David Mourão-Ferreira - Teseu, ao telefone
TESEU, AO TELEFONE
Labirinto de néon e de vento,
noite por estas ruas, sob a chuva...
Na cabina telefónica procuro,
entre milhares de fios, um somente.
Com seu corpo de touro, a tempestade,
com seu rosto de gente, a tentação,
já nas esquinas lóbregas travaram,
comigo, corpo-a-corpo, tal combate
que somente encontrando aquele fio,
o da voz de Ariana, poderei
reconduzir-me inteiro ao meu destino.
E através deste círculo de números
vou tentando o acesso ao parapeito
- que daqui se não vê, porque está escuro.
David Mourão-Ferreira
terça-feira, abril 18, 2023
Morreu o Joaquim Pessoa
domingo, abril 16, 2023
El gato...
sexta-feira, abril 14, 2023
Sindicância a Luis Leal
Há já algum tempo que devo à Sofia, e à sua professora Guilhermina Rebocho, o agradecimento por esta “Sindicância”, principalmente no âmbito das aulas de literatura da Escola Secundária Gabriel Pereira de Évora, a instituição que me deu bases para poder responder com a maior sinceridade possível, pelo menos até fevereiro deste ano, mas acho que não mudei muito... Mais importantes do que as minhas respostas foram as perguntas que, talvez, todos nós, com um bocado de introspecção, possamos responder... “Eu pelo menos tentei...”(se vos apetecer ler).
Obrigado Sofia! Obrigado Guilhermina! (aí vai a “Sindicância” ligeiramente “ilustrada”!)
Desde hace un tiempo le debo a Sofia, y a su profesora Guilhermina Rebocho, mi agradecimiento por esta “Encuesta”, principalmente en el contexto de las clases de literatura de la “Escola Secundária Gabriel Pereira” de Évora, institución que me dio la base para poder responder con la mayor sinceridad posible, al menos hasta febrero de este año, pero no creo que haya cambiado mucho... Más importantes que mis respuestas fueron las preguntas que, quizás, todos, con un poco de introspección, podamos contestar... "Yo al menos lo intenté..." (si os apetece leer).
¡Gracias Sofía! ¡Gracias Guilhermina! (¡Aquí va la "Encuesta" ligeramente "ilustrada"!)
terça-feira, abril 11, 2023
domingo, abril 09, 2023
Foi um momento dedicado à física?
sábado, abril 08, 2023
La queja más difícil...
quinta-feira, abril 06, 2023
"Kazuo Dan: el poeta del país del sol naciente que se enamoró del sol poniente" - Luis Leal in "Shibumi", nº34, enero, 2023, pp. 38.43 (ilustración de David Carnerero)
"Kazuo Dan: el poeta del país del sol naciente que se enamoró del sol poniente" - Luis Leal I |
"Kazuo Dan: el poeta del país del sol naciente que se enamoró del sol poniente" - Luis Leal II |
"Kazuo Dan: el poeta del país del sol naciente que se enamoró del sol poniente" - Luis Leal III (ilustración de David Carnerero) |
"Kazuo Dan: el poeta del país del sol naciente que se enamoró del sol poniente" - Luis Leal in "Shibumi", nº34, enero, 2023, pp. 38.43 (ilustración de David Carnerero)
"Kazuo Dan escribiendo en Santa Cruz", ilustración de David Carnerero |
Revolta culinária: a batata à batatada!
quarta-feira, abril 05, 2023
A divagar sobre mamas...
terça-feira, abril 04, 2023
Casimiro de Abreu - Meus oito anos
Oh! que saudades que eu tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais!
Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras
À sombra das bananeiras,
Debaixo dos laranjais!
Como são belos os dias
Do despontar da existência!
– Respira a alma inocência
Como perfumes a flor;
O mar é – lago sereno,
O céu – um manto azulado,
O mundo – um sonho dourado,
A vida – um hino d’amor!
Que auroras, que sol, que vida,
Que noites de melodia
Naquela doce alegria,
Naquele ingênuo folgar!
O céu bordado d’estrelas,
A terra de aromas cheia,
As ondas beijando a areia
E a lua beijando o mar!
Oh! dias de minha infância!
Oh! meu céu de primavera!
Que doce a vida não era
Nessa risonha manhã!
Em vez de mágoas de agora,
Eu tinha nessas delícias
De minha mãe as carícias
E beijos de minha irmã!
Livre filho das montanhas,
Eu ia bem satisfeito,
De camisa aberta ao peito,
– Pés descalços, braços nus –
Correndo pelas campinas
À roda das cachoeiras,
Atrás das asas ligeiras
Das borboletas azuis!
Naqueles tempos ditosos
Ia colher as pitangas,
Trepava a tirar as mangas,
Brincava à beira do mar;
Rezava às Ave-Marias,
Achava o céu sempre lindo,
Adormecia sorrindo,
E despertava a cantar!
Oh! que saudades que eu tenho
Da aurora da minha vida
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais!
– Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras
À sombra das bananeiras,
Debaixo dos laranjais!
Casimiro de Abreu
(1837 - 1860)
(Fotografia de Xavier Donat em Baía Formosa, Rio Grande do Norte, Brasil)
domingo, abril 02, 2023
Perspectiva zenital
2/IV/2023 Como seria a infância se a criança tivesse perspectiva zenital? Assumir-se-ia como uma divindade qualquer a brincar com a nossa existência desde uma posição privilegiada? A alma da criança não se expande na perpendicular, nem necessita proporcionalidades realistas, é como a do artista, proclive ao vôo e sensível à vista dos pássaros, esses seres alados que ignoram se é a autenticidade da vida ou uma cena que lhe calhou presenciar.
¿Cómo sería la infancia si el niño tuviera una perspectiva zenital? ¿Se asumiría como una divinidad jugando con nuestra existencia desde una posición privilegiada? El alma del niño no se expande en la perpendicular, ni necesita proporciones realistas, es como la del artista, propensa al vuelo y sensible a la vista de los pájaros, esos seres alados que ignoran si es la autenticidad de la vida o una escena que les tocó presenciar.