segunda-feira, outubro 31, 2016
"Habitar" de José Antonio Santiago (Apresentação 25/11/2016 em Leganés)
Lado a lado, vejo o meu filho a juntar letras em sílabas e sílabas em palavras. Antes de sequer imaginar que começaria a ler, um ano antes de que eu começara a ler, fluem-lhe frases com esforço mas repletas de naturalidade.
Tem um rosto meigo e uns olhos sinceros. Lembra-me o físico do lado Leal da família, com a capacidade de desenhar herdada do lado da mãe. Já sabe ler. É a terceira geração letrada...
O meu avô João Leal continua a definhar, o seu bisavô analfabeto continua à espera do fim da escrita naquele lar... Aqui aprende-se a ler e há amor inocente nesta rima triste com morrer...
Queixo semeado de meninice (Leiria)
Honestidade
"Sabendo o que sei hoje, trocava os meus sete romances por um filho" - Valter Hugo Mãe (entrevista ao "Diário de Notícias")
sábado, outubro 29, 2016
The theory of poetry
Cortesia do grande Jorge Rosmaninho Neto, sempre a semear o ar com o seu fértil olhar... Obrigado amigo.
quinta-feira, outubro 27, 2016
Mona Lisa
terça-feira, outubro 25, 2016
domingo, outubro 23, 2016
sábado, outubro 22, 2016
O meu “pueblo” Valencia de Alcántara (in "Mais Alentejo"nº135)
Adentrado em território espanhol, apercebeu-se dum recente incêndio, visível no cinzento rochoso carente do verde flora de antanho. Não sabia o que pensar. Esperava que devido ao facto de, entre 1644 e 1668, esta raia ter sido portuguesa, a mesma não tivesse contraído o mal crónico dos fogos florestais.
Outra vez com herpes literários
sexta-feira, outubro 21, 2016
quinta-feira, outubro 20, 2016
"O sorriso do cão" - Crónica de António Lobo Antunes (in "Visão", 13.10.16)
segunda-feira, outubro 17, 2016
A linha da vida
O monge e o gato ("photo by Jasper Flemming")
Parou a meio e defecou no jardim sem geometrias floridas.
domingo, outubro 16, 2016
O meu passo
sábado, outubro 15, 2016
A primeira aula de condução ao colo do meu pai
A vida (Mário Quintana)
A vida são deveres, que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são seis horas!
Quando se vê, já é sexta-feira...
Quando se vê, já é Natal...
Quando se vê, já terminou o ano...
Quando se vê, perdemos o amor da nossa vida...
Quando se vê, passaram-se 50 anos!
Agora é tarde demais para ser reprovado..
Se me fosse dado, um dia, outra oportunidade, eu nem olhava
o relógio.
Seguiria sempre em frente e iria jogando, pelo caminho, a casca
dourada e inútil das horas...
Seguraria o meu amor, que está a muito à minha frente, e diria
EU TE AMO...
Dessa forma, eu digo: não deixe de fazer algo que gosta devido
à falta de tempo.
Não deixe de ter alguém ao seu lado
por puro medo de ser feliz.
A única falta que terás será desse tempo que infelizmente...
não voltará mais.
Mario Quintana
quinta-feira, outubro 13, 2016
Bob Dylan, Prémio Nobel da Literatura
quarta-feira, outubro 12, 2016
terça-feira, outubro 11, 2016
Mon petit garçon (Serge Reggiani)
segunda-feira, outubro 10, 2016
domingo, outubro 09, 2016
"Unbreakable"
[nove poemas] de Ángel Campos (in "Devir#3, antologia organizada por Luis Leal)
A Vida na (minha) Terra
quarta-feira, outubro 05, 2016
Broken bones... 10 years ago...
terça-feira, outubro 04, 2016
Júlio Pereira - Chula de Lisboa
Júlio Pereira - "Chula de Lisboa" do disco Os Sete Instrumentos (LP 1986)
Musica (primeiro disco de originais), arranjo e direcção musical de Júlio Pereira.
Participam entre outros, José Mário Branco, Carlos Zingaro e Ana Bola.
Elemento "Fogo"
segunda-feira, outubro 03, 2016
Ossos do ofício...
"Portugal es el verdadero descubrimiento de este viaje" - Ramón Gómez de la Serna
domingo, outubro 02, 2016
A Rádio Phillips salva um domingo qualquer...
O domingo sempre foi um dia odioso. O regresso à escola, a segunda obrigada de rotina no calendário semanal carregam de estranheza o dia em que o senhor descansou da criação do mundo.
Já não tenho este dia tão traumático, desculpem o peso que só quer ser literário do adjectivo, como quando era miúdo mas continuo a não gostar dele...
Só tolero as manhãs lentas, de café e torradas com a família, de disco domingueiro eleito para banda sonora e o velho rádio Phillips, herdado do meu pai, sintonizado com o mundo...
Os meus filhos não se apercebem desta antipatia de final de semana, nem lhes demonstro muito. Não quero que herdem as minhas animosidades, os meus ódios de estimação, a minha infantilidade da qual não me orgulho - aquela que vale a pena esteve num conflito familiar galáctico de bonecos do Darth Vader, Luke Skywalker e Kylo Ren antes da hora da cama -, em fim, não quero que herdem a minha estupidez, já terão a suficiente com a sua.
Gostava que apenas herdassem o velho rádio Phillips e a boa onda que nos transmite. Também era do meu pai, deu-mo quando sai de casa sem saber que iria tocar as manhãs e os fim-de-semana que esteve em casa e não teve de estar fora a trabalhar. Os meus miúdos são dois e não sei como serão a partilharem os escassos bens materiais que por cá deixar ... O rádio Phillips, se ainda existir, que se entendam, mas a onda no ar essa já a estão a partilhar... Sem ódios de estimação, só rotina, da boa, da que cheira a café...