sábado, setembro 30, 2017
«Dedicado ao galante povo do Afganistão»
quinta-feira, setembro 28, 2017
Voltar atrás e ter vergonha
A ultimar o projecto «Erasmus +»...
Um conselho de Manuel António Pina
"O ideal é não nos afastarmos da casa mais do que nos permite metade das nossas forças" - Manuel António Pina. Um conselho para gatos que poderiam ser humanos.
quarta-feira, setembro 27, 2017
Vida e Gratidão (Chesterton)
«No que respeita à vida, o que é decisivo é se damos as coisas por adquiridas, ou se, pelo contrário, as recebemos com gratidão» - Chesterton
Pôr-do-sol no planalto (Portalegre)
Depois de uma jornada de trabalho, tivemos de ir até Portalegre para tratar de papelada. Aqui vivemos uma época das nossas vidas e, para mim, sempre estará associada aos mais belos pôr-do-sol que vivi. Hoje é um deles. A Serra de S. Mamede guarda momentos como estes em mim. Este aqui fica, em diário, desde a varanda dos nossos amigos Felipe e Sheila.
terça-feira, setembro 26, 2017
Muro de la desmemoria (pintada en el cementerio de Badajoz)
segunda-feira, setembro 25, 2017
Estados e governações
domingo, setembro 24, 2017
Homem sem negócios
sábado, setembro 23, 2017
Um altar de humildade - Bendilló, Lugo (23/IX/2017)
A Costa, Lugo
Setembro bem entrado e diz-me o camareiro:
- Há quatro meses que não chove. Jamais isso aconteceu por aqui. Este Verão foi uma coisa nunca vista.
A Galiza com cada vez menos clorofila é um síntoma novo, preocupante. O clima é um património a preservar e é bem mais difícil de restaurar que um monumento. Começa a ser tarde de mais?
sexta-feira, setembro 22, 2017
Hotel Augas Santas, Lugo
A Galiza é a região que escolhemos para ser cúmplice das nossas regiões. A verdadeira pátria irmã da terra dos nossos pais, da nossa língua-mater, é o local que escolhemos para casar em comunhão com uma ideia maior que o nosso, ou talvez o meu, pensamento pode conceber. Casámos em Santiago de Compostela há já oito anos e hoje voltámos para amanhã casar outro cúmplice, um irmão que a vida, e não a minha mãe, me deu. O meu José Antonio que aqui se une à sua Camino.
Venho como testemunha de que as uniões têm tanto de amor como de casualidade. Que os caminhos se cruzam para formarem novos caminhos.
Foi a casualidade que me pariu este irmão no apartamento em cima do meu, arrendado ao mesmo senhorio, o «Señor Maneli» que agora relembro como nosso pai simbólico, pois a nossa irmandade nasceu nas suas terras, nas suas propriedades transfronteiriças.
Imerso nas minhas imperfeições, e nas minhas tamanhas contradições, dou por mim a escrever estas linhas feliz e emocionado. Em família. Em afectos. Em abraços sinceros, sem ajuizar. Pode ser um lugar-comum, é-me indiferente que o seja, ponho-me nele por comodidade e estou-me a cagar para os que julgam o meu conforto, porém encontrar um irmão em idade adulta, sem qualquer interferência do adn imposto pelos pais, ou mesmo pelo país de nascimento, não é para qualquer um. É para gajos como o José e eu, gajos que gostam um do outro porque sim, porque o mundo tanto se pode ver duma janela dum apartamento de Valencia de Alcántara, de Cáceres, de Leganés, dum banco dum qualquer jardim de Évora ou Badajoz, ou até do chão da Plaza Mayor de Madrid, onde não há arquitectura defensiva nenhuma que nos impeça de ter tanta importância para a humanidade como um «bocadillo de calamares».
Sem vagina, pénis, óvulo ou esperma em comum, tenho um irmão, uma lealdade sem hora de nascimento, que amanhã se vai casar. Também tenho dois filhos e a esperança que, um dia, a carne não determine o que eles entendam por fraternidade.
quinta-feira, setembro 21, 2017
quarta-feira, setembro 20, 2017
Himno del desolado (Aníbal Núñez)
HIMNO DEL DESOLADO
Llegados a este punto hemos tomado
–se suman otras voces–
la decisión de naufragar.
Cuarzo. Pre-textos, 1988 (1ª ed. Entregas de la aventura, 1981)
Mais poemas dele em A media voz
terça-feira, setembro 19, 2017
Vêm e vão os dias, fica o amor
“Cheiravam à doce mistura” – Felipe Núñez (tradução e adaptação de Luis Leal)
Sistemas e Saladas
segunda-feira, setembro 18, 2017
Bicicleta no tejadilho
domingo, setembro 17, 2017
A primeira colheita da árvore-mãe...
Muda tanto...
Enfarte ou orgasmo
Que estado é este em que, para me dar por vivo, tenho de viver em constante estado de enfarte ou de orgasmo?
«Gracias», obrigado
sábado, setembro 16, 2017
sexta-feira, setembro 15, 2017
quinta-feira, setembro 14, 2017
Membros atrofiados
terça-feira, setembro 12, 2017
Um excerto de amor viril (António Lobo Antunes)
segunda-feira, setembro 11, 2017
domingo, setembro 10, 2017
Desistir
sábado, setembro 09, 2017
De onde estou...
sexta-feira, setembro 08, 2017
(Video)Jogos Olímpicos
Posso ter percebido mal e espero mesmo ter percebido mal. Segundo uma reportagem sobre o mundo dos campeonatos de videojogos, esta modalidade, com milhões de adeptos e que gera outros milhões em lucro, poderá ser uma modalidade (talvez experimental) nos próximos Jogos Olímpicos.
Deve ser um desafio interessante trasladar o espírito olímpico para uma modalidade de sofá e para videojogos, não conheço muitos, como o «Duke Nuken», «Doom» ou o «Grand Theft Auto».
«Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades» é um sábio e batido verso do genial Camões, porém poder-se-ia juntar-lhe qualquer coisa sobre estupidez humana ao seu tom proverbial, qualquer coisa como «todo o mundo é composto de mudança e de grande parvoíce humana». Perde o génio do poeta, mas mantém a verdade mundana.
quarta-feira, setembro 06, 2017
Dios/Deus exagera - Claudio Bertoni
Claudia Bertoni escreveu:
“Dios exagera.
Nos muestra
el sol y la tierra
Después
nos mata”.
Eu traduzo com empatia:
"Deus exagera.
Mostra-nos
o sol e a terra
Depois
mata-nos".
segunda-feira, setembro 04, 2017
Quezilias e correntes de ar
Uma pessoa, por mim estimada, entrou em conflicto público, por assim dizer, com alguém que no passado a publicou. Esta quezilia teve lugar nas novas epístolas feitas comentários nas redes sociais. Dá-me pena ver como tudo se amplifica e chega a terceiros. Para além de nos levarmos demasiado a sério, começo a pensar um pouco como o Nuno Markl que, há relativamente pouco tempo, abandonou o Facebook, enunciando que o que por lá se escrevia lhe poderia passar factura à saúde.
No entanto vou resistindo com conta aberta, com algumas incursões e cada vez menos publicações. Porque é que não me «derrisco», como dizia a minha avó?
Ser invisível por opção atrai muitas vezes, tal como o pensamento «não tens necessidade de perder tempo com isto», mas não existir em rede é fechar portas desnecessariamente. Abramos a porta aos raios solares que trazem vida ao teu íntimo, esse amigo de longe, o escritor que partilha sábias palavras, a arte na sua transversalidade, as notícias da tua terra, da tua família, a sugestão e o evento digno de interesse por ser desinteressado. Se há que fechar, isolar, insonorizar ou, até mesmo, pôr trancas à porta, que seja aos vendavais de estupidez. Põe mesmo um chouriço na porta. Não te deixes constipar com correntes de ar indesejadas.
SEPTIEMBRE/SETEMBRO - Karmelo C. Iribarren (trad. Luis Leal)
- recogiendo -
y el mar desesperado.
- a arrumar -
e o mar desesperado.
O Filho de Saúl
domingo, setembro 03, 2017
sábado, setembro 02, 2017
Tinha abraçado o meu filho no peito
Tinha abraçado o meu filho no peito. Cócegas, risos e calor de fim de Verão. O meu peito, esquecido dos dramas quotidianos de ser como sou, rídiculo, era afagado pelo dedo curioso do meu pequenote. Juntou indicador ao polegar e puxou, sem magoar, o tempo que vai passando por ambos. Riu-se e eu perguntei-lhe o que foi.
- Tens um pêlo branco no peito!
Disse-lhe a brincar que estava a ficar velhote o que lhe fez ainda mais graça. Saltou para o chão e eu tentei encontrar tal famigerado pêlo. Escondeu-se de certeza, ciente que o iria arrancar pela raíz.