Pensar que um dia só se repete de quatro em quatro anos é coisa de calendário. Agendar a repetição de um dia também.
Se não fossem as redes sociais, eu que não repito dias, gasto dias, não me aperceberia. Seria mais um dia alheio ao conceito bisexto, mas atento ao sol que brilhou frio.
Lembro-me de um amigo que hoje celebra o seu aniversário neste limbo de calendário. Como o celebrará para o ano? Nunca lhe perguntei como é que ele lida com a síncope do dia 29 de fevereiro. É como se uma convenção bisexta lhe roubasse um feriado, um governo afim ao patronato lhe tirasse um descanso de direito.
Agora, a pensar nisso, reivindico a quem de direito que me devolva todos os anos o dia 29 de fevereiro!
segunda-feira, fevereiro 29, 2016
Hoje só se repete de quatro em quatro anos
domingo, fevereiro 28, 2016
Fronteira – Manuel Rivas
Rota, Cádiz
sábado, fevereiro 27, 2016
O ladrão de cerejas (Bertolt Brecht)
Numa manhã, cedo ainda, muito antes do galo cantar,
Fui despertado por um assobio e fui à janela.
Sobre uma cerejeira - o crepúsculo inundava o jardim -
Estava sentado um jovem com umas calças remendadas
E colhia alegre as minhas cerejas. Vendo-me,
Ele acenou-me e com ambas as mãos
Ele tirava as cerejas dos ramos para os seus bolsos.
Ainda durante algum tempo, quando de novo estava na cama
Ouvi-o a sua pequena canção assobiar.
Bertolt Brecht
(Este e mais poemas de Brecht em RTP)
sexta-feira, fevereiro 26, 2016
quinta-feira, fevereiro 25, 2016
"Petaloso"
"Petaloso" eis uma palavra nova no dicionário da língua italiana. A sua origem está num erro ortográfico de um menino de 7 ou 8 anos chamado Matteo.
Não existem adjetivos mais perfeitos do que os que têm por base a pureza de uma descrição ou intenção. E era isso mesmo que Matteo queria fazer nessa redação que ficará para a posteridade como um exemplo de que do erro também se extrai beleza.
Na minha profissão, corrigir é das tarefas mais ingratas. Tens de fazê-lo por curriculum e por convenção. Como gostaria de encontrar um erro deste tipo e marcar a vermelho, "aqui temos um belo erro". Acho que vou voltar a corrigir a verde. Só para manter a esperança...
terça-feira, fevereiro 23, 2016
Diário 23/II/2016
segunda-feira, fevereiro 22, 2016
Você, tu, eu. Primeiro a pessoa. (Crónica "Entre Duas Terras" in "Mais Alentejo" nº131)
sábado, fevereiro 20, 2016
20/II/2016
Não sei se continuarei a tentar mostrar o que me converte, aos olhos de alguns, em artista. Acho que sim, pela necessidade constante de tentar criar. Porém, há no acto de divulgar o que faço e escrevo um enorme desgaste emocional, talvez por não ser um "artista profissional". Ao contrário da minha profissão, neste âmbito a distância do eu não existe.
Esta incerteza não se deve à crítica e ao medo que se tem dela, se assim fosse nem sequer me atrevia a publicar. Sou incapaz de não me comprometer totalmente com o que faço de maneira honesta. E parece-me que, também, seja mais tímido do que aparento aos olhos de outros tantos.
Se a idade me deveria trazer sabedoria? Não sei. Hoje um bom amigo relembrou-me o menino que ainda sou e talvez por isso o que vai cá dentro continua em brasa, sai lento e queima como lava.
Hoy/Hoje [33]
sexta-feira, fevereiro 19, 2016
A literatura portuguesa não tem muita tradição diarística. É um acto de demasiada coragem pouco típico dos escribas da língua de Camões. Aqui está um acto de coragem de Virgílio Ferreira:
quinta-feira, fevereiro 18, 2016
RESERVA-SE O DIREITO DE ADMISSÃO (A ADULTOS) por Luís Leal (Crónica resgatada da anterior plataforma da "Maria Capaz")
quarta-feira, fevereiro 17, 2016
terça-feira, fevereiro 16, 2016
segunda-feira, fevereiro 15, 2016
domingo, fevereiro 14, 2016
Presentación de [33] de Luis Leal en la Biblioteca Pública Bartolomé J. Gallardo de Badajoz
sexta-feira, fevereiro 12, 2016
O [33] esteve em Évora e o Diário do Sul teve a simpatia de mencioná-lo na sua 1ª página da edição de 11/02/2016 e, mais "auscultado", na página 5.
quinta-feira, fevereiro 11, 2016
Ser Homem com M maiúsculo
Ser Homem com M maiúsculo (dedicado ao meu "Duende Quinito"! Parabéns, sempre serás um exemplo para mim!
quarta-feira, fevereiro 10, 2016
terça-feira, fevereiro 09, 2016
"Bati com o pé no deserto" - José Gomes Ferreira
«Bati com o pé no deserto
e não nasceu uma fonte…
Toquei numa rocha
e não se cobriu de açucenas…
Beijei uma árvore
e o enforcado não ressuscitou…
Amaldiçoei a paisagem
e não secaram as raízes…
Digam-me lá para que diabo serve ser poeta?
(Os santos são mais felizes.)»
José Gomes Ferreira (Porto, 9/6/1900- Lisboa, 8/2/1985)
segunda-feira, fevereiro 08, 2016
Sondar o Portugal do Passado...
Já o Sócrates, por esta época, não imaginava a bela temporada que iria passar à Cidade Museu...