Volto já.
[pendurada está a tabuleta]
Encerrei para inventário e relatório de contas.
Não volte mais tarde.
Nem depois de almoço.
O relógio marca 5 minutos a mais.
Não há ponteiros rectificativos, nem faço orçamentos de
obras feitas.
Tem-se esquecido de guardar as facturas?
(Não se preocupe. Ninguém se evade à tributária autoridade
do tempo),
Também não pode descontar o tempo perdido no IRS,
Nem no imposto de valor acrescido que nunca cobrei.
Não sei se volto já.
A si mesmo. Nem com juros de mora.
Isto, não tem resgate, resta declarar bancarrota.
Mas não me apetece dar explicações. É o meu único luxo.
Chegasse mais cedo!
Agora,
Sou um insolvente dum presente.
Imposto em impostos.
Activo tóxico em risco de tornar-se um mutante
financeiro.
Abrirei nova actividade noutro eu qualquer.
Desta vez, por debaixo da mesa. E para os sentimentos um
mealheiro!
Não aceito mais o controlo fiscal
(ou temporal sem controlo de qualidade)
De contas que não tenho.
Funcionarei pela porta do cavalo.
Recuso-me a fechar a loja.
Chegasse mais cedo!
Ainda há quem mereça ser bem atendido.
E para isso ainda tenho o meu direito de admissão.
E aqui, o sr. já não entra!
Na loja. 6/V/13
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