sexta-feira, abril 25, 2008

O Forte da Graça em Elvas


Hoje, inserido num grupo de trabalho da UEX, tive a possibilidade de visitar umas quantas fortificações abaluartadas e, sem dúvida, a que mais me impressionou foi o forte, do século XVIII, da Graça. Este forte foi mandado contruir no reinado de D. José I, sob a égide do governo do Marquês de Pombal.
Fiquei abismado com tão magnanime construção militar, com a sua simetria matemática, com a sua estrutura belicamente brilhante, baseada num pensamento estratégico inerente à raia que defende, mas, infelizmente, o seu estado de conservação está a ponto de entrar no caminho da ruína.
Este forte é de um valor incomensurável para o município, para a região, e para o país. É um crime esquecê-lo, não reabilitá-lo, ou não lhe atribuir outro papel que não esteja ligado ao lado militar.
Aqui temos duas fotos. Uma minha, actual, com poucas horas. E outra, do tempo em que ainda existiam militares, da autoria do fotógrafo Nuno Veiga, provavelmente no inicio da sua carreira.

25 de Abril em Évora

A revolução esteve por todo o país e não se resumiu a Lisboa. E assim foi nesta cidade branca que me viu nascer. O extinto fotógrafo Carlos Tojo "congelou" estes momentos que podemos aceder no arquivo municipal.
Vou tentar aceder a mais, pois creio que merece a pena.

quinta-feira, abril 24, 2008

Já lá vão 34 anos...



Estes eram dois dos jornais de mais tiragem naquela época (já não existem) e sairam para os quiosques numa manhã que marcou a história. Bendita internet que nos possibilita estes tesouros da informação!
Grande foto tem o "Diário Popular"!

Salgueiro Maia

Ficaste na pureza inicial
do gesto que liberta e se desprende
havia em ti o símbolo e o sinal
havia em ti o herói que não se rende

Outros jogaram o jogo viciado
para ti nem poder nem sua regra
Conquistador do sonho inconquistado
havia em ti o herói que não se integra

Por isso ficarás como quem vem
dar outro rosto ao rosto da cidade
Diz-se o teu nome e sais de Santarém
Trazendo a espada e a flor da liberdade.

Manuel Alegre.

Hoje é véspera do 25 de Abril, dia da liberdade, do sonho numa sociedade melhor, de um contágio idílico de valores democráticos ao resto da sociedade, tudo a partir do periférico e pequenito Portugal… Neste dia, tenho sempre presente aquele que creio ser o verdadeiro símbolo de Abril, Maia. É curioso o destino trazer-me para locais onde este grande homem trilhou o seu destino. Castelo de Vide e Leiria são duas das coisas que temos em comum, como também o amor pela história dos castelos e o facto de ambos termos sangue ferroviário…

25 de Abril SEMPRE!

Abril rasga-me o peito...

Abril rasga-me o peito e deita-me num ébrio leito de liberdade

Acaricia-me com a suave pele de uma divindade florida cujos braços descobrem a minha saudade. Quero renegá-la. Sinto a sua efemeridade no prazer da possuir…

Recordo-me, então, da esperança de meus pais pelo qual fui contagiado no seio da minha mãe… Numa genética marcada pelo sonho, sem norte magnético, num líquido amniótico de fé em algo que saiu à rua…

Perco-me no meu encontro e encontro-me na minha perdição, na contradição de um código genético, imposto, corrompido pelo capitalismo de barras, taxadas e tatuadas pelo poder…

Mas Abril volta, ano após ano, imerso em lágrimas mil, ou em olhos enxutos pela aridez do pensamento, e, ano após ano, insiste em retalhar-me o espírito semeando o cravo da minha diferença.

segunda-feira, abril 21, 2008

Uma época atipica

E assim vai a liga portuguesa, com um grande e indiscutível vencedor. O F.C.P.
Campeonatos assim têm um grande senão, deixam de ser interessantes para os amantes do desporto, no entanto o que digo não invalida o mérito dos dragões e evidencia um claro demérito por parte de outros...

terça-feira, abril 15, 2008

Freedom

Se o dia te passa como a órbita de um satélite secundário talvez seja porque giras à volta do planeta errado.

Não sei se te esgotas na simbiose com vizinho que te atormenta ou simplesmente pasmas perante a notícia de um dia de tempestade, no entanto uma coisa é certa: és tu quem representa o denominador comum.

Lá dizia o outro senhor que a quem chamaram o rei do reagge “Get up, stand up: stand up for your rights!” mas não te esqueças que és tu mesmo quem faz os teus direitos.

Não grites “eles” quando “eles” é o poder que reside na tua palavra.
“Get up, stand up: stand up for your rights!” muda o planeta ou muda de planeta.


David Monteiro

sábado, abril 12, 2008

Moebius y más en El País de hoy


En el suplemento cultural del diario El País, "Babelia", puede leerse hoy una entrevista de Octavi Martí a Jean Giraud, Moebius ("Todos los rostros de Moebius"), protagonista del 26º Salón del Cómic, que se celebra en Barcelona entre los días 17 y 20 de abril. Hay también unas cuantas páginas más sobre tebeos, o cómics, como queráis. Vale la pena.


Para quem não puder deitar a mão ao El País de papel, a ligação.

sábado, abril 05, 2008

Parabéns F.C.Porto


Como já deu aqui para ver, sou um sofredor lampião. No entanto, uma vez que creio que o desporto é uma manifestação cultural mágica, tenho de dar os meus parabéns ao clube luso nortenho e ao seu técnico, o professor Jesualdo Ferreira. Boa época, muita regularidade, poucos escândalos, e muito bom futebol. A ver se para o ano temos um pouco mais de emoção. Uma vez mais, muitos parabéns.

Noites Longas/Noches Largas


"Não tenho medo.

Não estou sozinho.

Tenho esta vida, espero vê-la crescer…

Quem era já não recordo…

Levarei algo em mim e a vontade de descobri-lo.

Cairei suavemente. Não acordarei

Na longa noite em que as luzes de néon não ocultam o céu do meu caminho.

Chegarei a ser melhor que antes? Ou já terei mais do que preciso?"



"No tengo miedo.

No estoy sólo.

Tengo esta vida, espero verla a crecer…

Quien era ya no me acuerdo…

Llevaré algo en mí e las ganas de descubrirlo.

Caeré suavemente. No despertaré

En la larga noche en que las luces de neón no ocultan el cielo de mi camino.

¿Llegaré a ser mejor que antes? ¿O ya tendré más de lo que necesito?"

Baryshnikov protagoniza mais um salto!


"I had a friend in St. Petersburg named Leonid Lubianitsky. He was a theater photographer who eventually emigrated to the United States, and worked for a short time for Dick Avedon. Leonid convinced me to take a little automatic camera on one of my tours -- to Thailand and Japan. He gave me some film -- just black-and-white -- and said: "Point and shoot what you like. Then just bring me those rolls back. That's it." So I brought back maybe ten rolls of film, and he showed me what I'd done -- and I actually liked it!".
Estas são palavras de Misha, mais conhecido por ter sido um, se não o melhor, dos bailarinos que a história conheceu. Agora dá o "grand-jeté" para a fotografia! Podem ver a sua obra na página baryshnikovphotography.com. Aqui tem um exemplo do seu trabalho! Para quem gosta de fotografia e do mundo das artes escénicas vale a pena dar uma vista de olhos!

Five For Fighting - "Superman"

Quem diria que a personagem da BD norte-americana, "Superman" seria tema para uma canção do grupo "Five for Fighting". Já a tinha ouvido, mas nunca me apercebera que o tema era o "homem de aço". Curiosa e metafórica. Para quem não sabe, o refugio deste filho de Krypton é a "Fortaleza da Solidão" e talvez estas personagens que acreditamos serem à prova de tudo, e que fazem os deleites da imaginação de muitos, também possam ter um lado sensível que as aproxime mais de todos nós.

"I can’t stand to fly
I’m not that naive
I’m just out to find
The better part of me

I’m more than a bird...I’m more than a plane
More than some pretty face beside a train
It’s not easy to be me

Wish that I could cry
Fall upon my knees
Find a way to lie
About a home I’ll never see

It may sound absurd...but don’t be naive
Even heroes have the right to bleed
I may be disturbed...but wont you concede
Even heroes have the right to dream
It’s not easy to be me

Up, up and away...away from me
It’s all right...you can all sleep sound tonight
I’m not crazy...or anything...

I can’t stand to fly
I’m not that naive
Men weren’t meant to ride
With clouds between their knees

I’m only a man in a silly red sheet
Digging for kryptonite on this one way street
Only a man in a funny red sheet
Looking for special things inside of me
Inside of me
Inside me
Yeah, inside me
Inside of me

I’m only a man
In a funny red sheet
I’m only a man
Looking for a dream
And it’s not easy to be me…"

sexta-feira, abril 04, 2008

No Coments - "Free Tibet"


Estas vão ser mais umas olímpiadas polémicas! Há já algum tempo que a sociedade não se debatia com questões deste tipo ligadas ao desporto.
Sem dúvida que serão as olímpiadas dos direitos humanos! Quanto a mim, não censuro boicotes, pois o "Grande Dragão", no seu peculiar comunismo/capitalismo, não respeita direitos humanos, laborais, culturais e civilizacionais, vejam o caso com mais de 50 anos do Tibete, e, mesmo, os direitos animais. Vi um video sobre os maus tratos a cães e gatos, da PETA, em que a vida animal é simplesmente ignorada.
Eles que tão bem conhecem as teorias do taoismo, de yin e yang, filosofias confucianas, entre outras, é melhor recordarem-se, como diz o sábio "Earl", "karma's a bitch"!

Fazes-me Falta!

Apesar de estarem sempre no meu coração, esta quarta-feira, numa exposição no “Portugal dos Pequenitos” em Coimbra, recordei-me muito bem dos meus avós maternos, em especial a minha avó, e tudo aquilo que representam na minha memória infantil.Deve ser comum a muitos dos que foram praticamente criados pelos ou com os avós as recordações daqueles momentos simples que nos fizeram felizes e que, talvez, nos tenham feito o que somos actualmente.
Felizmente, ainda os tenho na minha companhia, “velhinhos” mas com características que ainda me remetem para os verões e fins-de-semana da minha infância. Este livro ilustrado, da autoria de Luís Silva, “O Livro da Avó”, tem imagens que bem poderiam ser da minha infância, desde os lanches pela tarde com os amigos do pátio, as brincadeiras sem fim, o cheiro da minha avó e o calor do seu abraço… o seu colo que é tão diferente do da minha mãe.

Mas de todas as gravuras, aquela que mais me toca é uma imagem simples, talvez a minha verdadeira saudade, em que me lembro como olhava pelo vidro traseiro do 127 do meu pai e via o acenar da minha avó cada vez mais longe. Era a tristeza do Domingo e dos finais das férias… ficava sempre o carinho e a vontade de deixar a minha rotina da primária e voltar para o dia-a-dia do pátio dos meus avós…
Como era bom acordar com a minha avó já na lida da casa e com o cheirinho de torradinhas a tostar na velhinha torradeira “Lena”, nunca houve melhores pequenos-almoços no mundo…
Como gostaria que mais crianças fossem amadas como eu fui…

quinta-feira, abril 03, 2008

A banda desenhada como elemento de propaganda política

Não era só o Rambo que era republicano nos anos 80, vejam só esta espécie de "Captain America" na capa da bd "Reagan's Raiders". Acredito que actualmente, e mesmo num futuro próprio, estes vão ser documentos históricos muito interessantes.