quarta-feira, dezembro 29, 2021
Paradoxos da mobilidade sustentável e da demografia em Portugal...
quinta-feira, dezembro 23, 2021
Natal (com sentido)/Navidades (con sentido) – Luis Leal
terça-feira, dezembro 21, 2021
Paulo Portas recomenda "António Ferro - Ficção" na TVI (12/XII/2021)
segunda-feira, dezembro 20, 2021
“contextualise the grief...” - Keanu Reeves
domingo, dezembro 19, 2021
sexta-feira, dezembro 17, 2021
Festas de Campo Maior são declaradas Património Imaterial da Humanidade pela UNESCO (15/XII/2021)
sábado, dezembro 11, 2021
La BH...
sexta-feira, dezembro 10, 2021
"António Ferro - Ficção", (Introdução Luis Leal, E-Primatur, Novembro, 2021)
Permitam-me uma sugestão para o Natal: o recém-editado “António Ferro – Ficções”.
Cheguei à figura fascinante (e controversa) de António Ferro ainda no âmbito da História da Arte, porém, foi no seio das vanguardas literárias, graças à recomendação dos meus mestres Antonio Sáez Delgado e José Luis Bernal, que aprofundei conhecimentos sobre o seu perfil de literato. Só pelo prazer de estudar a sua obra literária (que continuarei a investigar) já tinha valido a pena, contudo escrever a introdução à reedição da sua prosa modernista deixa-me muitíssimo orgulhoso e grato, principalmente à minha estimada Mafalda Ferro e ao meu caríssimo Hugo Xavier (criterioso editor da E-Primatur) que creio terem visto na minha perspectiva a isenção e o entusiasmo necessários para convidar os leitores do século XXI a conhecerem esta interessantíssima faceta, relativamente eclipsada por uma biografia com o peso do século XX português (e não só!).
Permitidme una sugerencia para regalo de navidad: el recién editado “António Ferro – Ficções”.
Llegué a la figura fascinante (y controvertida) de António Ferro aún en el ámbito de la historia del arte, sin embargo, fue en el seno de las vanguardias literarias, gracias a las recomendaciones de mis maestros Antonio Sáez Delgado y José Luis Bernal, que profundicé conocimientos sobre su perfil de literato. Sólo por el placer de estudiar su obra literaria (que seguiré investigando) ya había valido la pena, pero escribir la introducción a la reedición de su prosa modernista me deja muchísimo orgulloso y agradecido, principalmente a mi estimada Mafalda Ferro y a mi “caríssimo” Hugo Xavier (criterioso editor de E-Primatur) que creo que han visto en mi perspectiva la exención y el entusiasmo necesarios para invitar a los lectores del siglo XXI a que conozcan esta interesantísima faceta, relativamente eclipsada por una biografía con el peso del siglo XX portugués (¡y no sólo!).
"António Ferro - Ficção", int. Luis Leal (E-Primatur, 2021) |
quarta-feira, dezembro 08, 2021
Dignidade sem Liberdade
segunda-feira, dezembro 06, 2021
sábado, dezembro 04, 2021
La tragedia de Ciboure - Por Frédéric Beigbeder
quinta-feira, dezembro 02, 2021
Inquietud(e)
terça-feira, novembro 30, 2021
Apunte del día
segunda-feira, novembro 29, 2021
quinta-feira, novembro 25, 2021
Pescador português e a sua neta (John Júnior Collier)
terça-feira, novembro 23, 2021
3 Aforismos de Luis Leal (in “El Espejo”, nº13, 2021)
3 Aforismos de Luis Leal (in “El Espejo”, nº13)
Era já gaiatão quando soube o que era um aforismo. Descobri este género fragmentário através de Teixeira de Pascoaes, cuja aforística foi recompilada pelo mesmíssimo Mário Cesariny. Desde então tenho guardados uns quantos da minha colheita no blog, em alguns cadernos e até na memória do telemóvel, contudo, estou longe da mestria do meu estimado Elías Moro, aforista de excelência, e de outros nomes que podem encontrar no 13º número de "El Espejo".
Porém, é pura casualidade que a crónica ainda disponível nas páginas da "Mais Alentejo" verse sobre o peso do literato na contemporaneidade. Em poucas palavras, é como estes três aforismos, completamente inútil.
Era ya un buen mozo cuando supe lo que era un aforismo. Descubrí este género fragmentario a través de Teixeira de Pascoaes, cuya aforística fue recompilada por el mismísimo Mário Cesariny. Desde entonces tengo un par de ellos guardados de mi cosecha en el blog, en algunos cuadernos e incluso en la memoria del móvil, pero estoy lejos de la maestría de mi estimado Elías Moro, aforista de excelencia, y de otros nombres que podéis encontrar en el 13º número de "El Espejo".
Sin embargo, es pura casualidad que la crónica aún disponible en las páginas de "Mais Alentejo" verse sobre el peso del literato en la contemporaneidad. En pocas palabras, es como estos tres aforismos, completamente inútil.
*Errata: “perguntou-lhe” em vez de “preguntou-lhe”.
quinta-feira, novembro 18, 2021
Efeitos secundários da "Task Force": naúseas e mal-estar
quarta-feira, novembro 17, 2021
Una versión editada de mí mismo
segunda-feira, novembro 15, 2021
domingo, novembro 14, 2021
Cuando me preocupo...
quinta-feira, novembro 11, 2021
Ed Sheeran no "Hormiguero", 11.11.21
Deixei os meus pequenos irem mais tarde para a cama de forma a que pudessem ver o Ed Sheeran em directo, no "Hormiguero", e ainda bem que quebrámos a rotina. Que este cantor inglês é um poço de talento já o sabia há tempos, as suas melodias têm sido a banda sonora da infância dos meus filhos, porém, a sua generosidade (que intuía pela letra de algumas canções) é digna de ser salientada, pois Sheeran podia ter utilizado este talk show, de audiências massivas, para unicamente se promover e aproveitou cada momento que pôde para reforçar o trabalho dos outros, como aquela jovem a quem pediu que cantasse à capela e que dissesse ao público onde a podiam encontrar nas redes.
É marketing, dirão muitos (e possivelmente terão razão), é uma imagem trabalhada ao pormenor, dirão outros (quase de certeza), mas podia ser de outra maneira, isto é, de nariz empinado com exigências de "rock star", à Madonna, "aka mandona", e não o é.
Aproveitei o exemplo para dizer aos meus filhos que quem brilha por fazer brilhar os outros brilha a dobrar, pois a sua luz torna-se mais evidente e persistente por ser natural. Acho que entenderam o recurso a tanta luminosidade ou isso espero, enquanto o Ed Sheeran foi lá à vida dele e os meus putos para vale de lençóis. Que o artista nunca esqueça a indiferença das ruas onde cantou e que os meus artistas possam sempre brilhar sem ofuscarem ninguém.
terça-feira, novembro 09, 2021
"Quiero pensar que no somos solo un montón de vísceras." - Pablo Guerrero
domingo, novembro 07, 2021
Domingo
sábado, novembro 06, 2021
Me pregunto si el artista...
Cuando uno no tiene nada para decir, lo dice mejor en su lengua materna, la de sus entrañas./Quando um tipo não tem nada para dizer, di-lo melhor na sua língua materna, a da suas entranhas. - Theodor Kallifatides
"Silencio" (Foto de SLP - 2021) |
sexta-feira, novembro 05, 2021
En la era de lo inmediato... (imagen de Guy Delisle)
En la era de lo inmediato, la eternidad pasa desapercibida.
Na era do imediato, a eternidade passa desapercibida.
Tres aforismos de Stanisław Jerzy Lec
Tres aforismos del escritor, poeta y aforista polaco Stanisław Jerzy Lec (1909 - 1966):
Mi odio ha envejecido: se ha transformado en desprecio.
Desde que el hombre se alzó sobre sus patas traseras no ha recuperado el equilibrio.
Cuando tengo razón estoy alerta
Pensamientos despeinados. Traducción de Elzbieta Bortkiewicz y Abraham Gragera. Pre-Textos, 2014.
quinta-feira, novembro 04, 2021
Vicente Sampaio - Família (2007)
terça-feira, novembro 02, 2021
Duas fotografias de Maria Spyropoulou
domingo, outubro 31, 2021
A propósito do COP 26
quinta-feira, outubro 28, 2021
Hands on Music. Nashville (Louise Dahl Wolfe)
quarta-feira, outubro 27, 2021
"La emigración es una especie de suicidio parcial" - Theodor Kallifatides
terça-feira, outubro 26, 2021
segunda-feira, outubro 25, 2021
Uma fotografia de Eduardo Gageiro
Francisco Cribari - Maracatu Rural
sábado, outubro 23, 2021
Jim Jarmush and quote
sexta-feira, outubro 22, 2021
Umas palavras de Dostoiévski
quinta-feira, outubro 21, 2021
«Un 'fragmento' de José Luis Gallero»
resquicio
Apenas disponemos de un resquicio. Vivir en ese resquicio.
José Luis Gallero
88 fragmentos, Los cuadernos del vacío, 2003.
quarta-feira, outubro 20, 2021
La integridad la tienes o no la tienes
A propósito da arca pessoana em 1988, no centenário de Fernando Pessoa, Manuel António Pina dixit:
"O nome de Pessoa é uma inesgotável mina onde os políticos (...) vão buscar lustro para os cargos e os currículos. (...) Aos políticos (se calhar com a excepção de António Ferro) ninguém, nem a poesia de Pessoa, deve nada. Eles é que têm uma dívida para com ela que, naturalmente, não conseguirão pagar com estátuas nem com nomes de ruas."
segunda-feira, outubro 18, 2021
Dicen que los móviles...
Primeiro encontro (30.09.2021)
O nosso pequeno e o nosso rafeiro alentejano. O seu primeiro encontro, porém ambos já se conheciam, já sentiam a forte presença um do outro. Apesar de mediar o mesmo, eu estava a mais no momento. Na vida não há muitos encontros assim, entre seres com tal grau de pureza.
Nuestro pequeño y nuestro "rafeiro alentejano". Su primer encuentro, pero ambos ya se conocían, ya sentían la fuerte presencia uno del otro. A pesar de mediar el mismo, yo estaba de sobra en el momento. En la vida no hay muchos encuentros así, entre seres con tal grado de pureza.
quinta-feira, outubro 14, 2021
Tengo el cerebro ardiendo...
segunda-feira, outubro 11, 2021
Uma fotografia de Andréia Solha
domingo, outubro 10, 2021
"Siempre que trato con hombres del campo.../Sempre que lido com homens do campo..." - Juan de Mairena
sexta-feira, outubro 08, 2021
De manhã...
Mais um Nobel...Abdulrazak Gurnah
Atribuiu-se mais um Nobel da Literatura e o que me fica é uma sensação de aposta tipo "a quem é que calha este ano" (desgraçados do Murakami e do Lobo Antunes). Avançou-se um autor que desconheço, Abdulrazak Gurnah, e, nos últimos anos, o Nobel, para mim, é isso mesmo, um selo de divulgação de autores (e de literaturas) aos que por vezes presto atenção e, a maior parte das vezes, não.
Uma fotografia de Carlos Teixeira
quarta-feira, outubro 06, 2021
Coisas que não têm preço... ("Microensaio de WC")
terça-feira, outubro 05, 2021
Jean Cocteau, uma garrafa meio vazia e uma meia mentira
Uma garrafa de vinho meio vazia está meio cheia. Mas uma meia mentira nunca será uma meia verdade.
Jean Cocteau
Une bouteille demi-vide est aussi une bouteille demi-pleine; mais un demi-mensonge ne sera jamais une demi-vérité.
"Aprende antes a pensar que todos os barcos estão vazios" - Poema Oriental
segunda-feira, outubro 04, 2021
Mais Brecht pelo Dia Internacional da Tradução
Ich, der Überlebende
Ich weiß natürlich: einzig durch Glück
Habe ich so viele Freunde überlebt. Aber heute Nacht im Traum
Hörte ich diese Freunde von mir sagen: »Die Stärkeren überleben«
Und ich haßte mich.
Eu, o sobrevivente
Certamente sei: só por sorte
Sobrevivi a tantos amigos. Mas hoje à noite, em sonho,
Ouvi estes amigos dizerem de mim: "Os mais fortes sobrevivem."
E odiei-me.
Bertolt Brecht - Placeres
PLACERES
La primera mirada por la ventana al levantarse,
el reencuentro con el viejo libro,
rostros entusiasmados,
nieve, el cambio de las estaciones,
el periódico,
el perro,
la dialéctica,
ducharse,
nadar,
música antigua,
zapatos cómodos,
comprender,
música nueva,
escribir,
plantar,
viajar,
cantar,
ser amable.
Bertolt Brecht
Traducción de Vicente Forés, Jesús Munárriz y Jenaro Talens
VERGNÜGUNGEN
Der erste Blick aus dem Fenster am Morgen
Das wiedergefundene alte Buch
Begeisterte Gesichter
Schnee, der Wechsel der Jahreszeiten
Die Zeitung
Der Hund
Die Dialektik
Duschen, Schwimmen
Alte Musik
Bequeme Schuhe
Begreifen
Neue Musik
Schreiben, Pflanzen
Reisen
Singen
Freundlich sein.
[1954]
domingo, outubro 03, 2021
Vendinha, 2006
Vendinha, Fevereiro/Março de 2006
Vendem-nos para aí "Novas Oportunidades", mas, para lá da Ponte do Albardão, onde dou aulas numa freguesia rural, ainda há crianças com fome. Crianças como este aluno de oito anos, que, depois de ser metido num transporte escolar, bem cedo, à porta de um monte esquecido deste Alentejo, só aconchega o estômago com o leite escolar ou com a caridade de alguma funcionária desta escola primária, onde passa o dia com a certeza inculcada disto não lhe servir para nada.
Quando aqui chego, a alegria destas oito crianças, a quem ainda não fecharam a escola (por os políticos "amarem tanto a educação") e com as quais nem sequer me atrevo a ter um gesto de afecto físico neste clima mediático de Casa Pia, não me impede cair numa certa tristeza, pelo seu (e pelo meu) futuro. Mas depressa acabo por me esquecer graças à merenda que trago no carro e que, como esta criançada, acompanho com leite escolar. Como me diz a senhora contínua, "não quer um pacotinho professor? Se aqui ficam, vão acabar por se estragar...".
Se, por algum motivo, me ponho a pensar...
Se, por algum motivo, me ponho a pensar que sou algo que não sou ou mais do que o que se é realmente, o meu quotidiano faz questão de me pôr no meu sítio. Como ontem, a acarretar com uns belos quilos de estrume de ovelha.