A natureza
do nada vê-se neste
dia, vazio.
quinta-feira, agosto 29, 2019
terça-feira, agosto 27, 2019
"La frugalidad ordena las costumbres." - Ramón Andrés
segunda-feira, agosto 26, 2019
O nosso rafeiro...
quarta-feira, agosto 21, 2019
Ausência de cara a cara...
Isto não é de agora. Por isso, excepto com algumas pessoas, nunca gostei de falar ao telefone. As cordas vocais não mostram como está o rosto, os cabos não transmitem gestos e trejeitos. O silêncio torna-se um incómodo.
Com as mensagens passa-se o mesmo, apesar da proliferação de smileys e emojis. Malinterpretam-se com facilidade.
Pessoas a mim próximas adaptaram-se com demasiada facilidade a estes meios. Cedo começaram a usar o telefone para um terrorismo emocional que deixou marcas. Sei-o hoje e, por carácter, safei-me de ser a principal vítima. Não deixa de ser triste, pois o que nos poderia manter mais unidos também nos afasta, nos cala e nos faz pensar que as palavras ditas (ou escritas) através destes meios não são muito diferentes de balas a abaterem parte do nosso espírito.
Recebi há pouco uma dessas mensagens, seguido de um telefonema meu que tentou esclarecer o escrito. A ausência do cara a cara facilitou o jorrar de sentimentos reais que desconfio serem de base imaginária, ociosa. A assertividade fluiu com mais naturalidade do que há uns anos atrás e ficou várias vezes muda. O meu silêncio tem tanto de vergonha própria como de alheia.
Desliguei o telefone e desejei o cara a cara. Dar a cara, dialogar e reconhecer as nossas faltas, nunca foi o caso. Sempre foi mais fácil discussões ao telefone, pôr na cara à distância, e, se a coisa vai por caminhos que não é do agrado, enveredar pela defesa pessoal do ataque de histerismo com devoção pelo altíssimo. Lembro-me de um dia, há muitos anos, ter ouvido um «mato-me» ao cimo das escadas e ter ficado frio como o mármore dos degraus. Nesse momento, soube o que é a chantagem.
O tempo tem passado e é raro lembrar-me desse episódio ao qual assisti como personagem secundária, contudo bastante imbuido na narrativa. Aprendi a lutar em batalhas que valem a pena. Esta não vale, apesar da tristeza que me pode deixar a alma ferida. Porém, à chantagem não sucumbo. Protege-me a consciência. Protege-me uma cara que não evita os olhos nos olhos.
terça-feira, agosto 20, 2019
«Talvez pouco dado à abstracção...» - José Régio
José Régio no Largo do Cemitério em Portalegre. |
domingo, agosto 18, 2019
A vida e a morte...
sábado, agosto 17, 2019
O cheiro das plantas regadas
exala gratidão e é mais uma
das minhas tarefas deste suave Verão.
É Agosto, já lá vai o sol no horizonte,
quinta-feira, agosto 15, 2019
O destino abençoou-o...
O destino abençoou-o com muitíssimo talento, mas nunca foi capaz de o proteger do fracasso. Esse é o motivo pelo qual teima em culpar os deuses pela sua sina, convertendo o seu génio em puro azedume.
terça-feira, agosto 13, 2019
O interesse
O interesse despoleta a memória. Só alguém interessado é capaz de fabricar recordações do passado.
A consciência tranquila
A consciência tranquila é o horizonte dum oceano nas profundezas de alguém em paz com o que vê e não vê, com o que sente e não sente.
segunda-feira, agosto 12, 2019
«Miguel Torga e Eu» - Manuel Alegre
Filosofia de desenhos animados
Os putos estão refastelados a ver os desenhos animados e oiço uma personagem infantil a dizer: «a minha felicidade não depende da opinião dos outros». Presto atenção e vejo que quem o diz é um miúdo original que dá pontuações a produtos fora de validade com os seus sinais da barriga. «Estas batatas fritas merecem cinco sardas da minha pança».
Fico a ver os desenhos com eles e penso que poderia fazer o mesmo. Crítica de barriga cheia. «Ná», a minha opinião não deve condicionar ninguém, já basta, por vezes, impedir-me de ter mais perspectivas...
terça-feira, agosto 06, 2019
sexta-feira, agosto 02, 2019
quinta-feira, agosto 01, 2019
"Y todo era posible" - Luis Leal in "Rayanos Magazine"
"Y todo era posible" - Luis Leal Crónica "Y todo era posible" - Luis Leal in "Rayanos Magazine" |