quinta-feira, dezembro 07, 2023

Escadas/Escaleras

O Joker tem umas escadas em Gotham (melhor dito no Bronx de Nova Iorque), o Rocky Balboa em Filadelfia, o John Wick caiu em todos os degraus do Sacré-Coeur de Paris, os Led Zeppelin têm umas directas para o céu... E eu sempre terei estas, menos turísticas, mas igual de emblemáticas na "mui nobre e sempre leal" cidade de Évora. 
Joker tiene una escalera en Gotham (mejor dicho en el Bronx de Nueva York), Rocky Balboa en Filadelfia, John Wick se cayó en todos los escalones del Sacré-Cœur de París, los Led Zeppelin tienen una directa al cielo... Y yo siempre tendré esta, menos turística pero igualmente emblemática, en la "muy noble y siempre leal" ciudad de Évora.

quinta-feira, novembro 30, 2023

“Ensayo sobre (mi) frontera” en el podcast “Entre 2 T(i)erras” de Luis Leal

Lo prometido es deuda y aún en noviembre, con diciembre ya preparado, este “Ensayo sobre (mi) frontera” (hoy en español) en el podcast “Entre 2 T(i)erras”. También lo podéis leer en el “Cuaderno Extremeño para el debate y la acción” nº12. Hasta pronto. 

O prometido é devido e ainda em novembro, com dezembro já preparado, este “Ensaio Sobre a (Minha) Fronteira” (hoje em espanhol) no podcast “Entre 2 T(i)erras”. Também o podem ler no “Cuaderno Extremeño para el debate y la acción”. Até breve.
 

quarta-feira, novembro 29, 2023

“Ensaio Sobre a (Minha) Fronteira” no podcast “Entre 2 T(i)erras” de Luis Leal

Se vos apetecer refletir sobre essas linhas que desenhamos nos mapas, aqui têm um “Ensaio Sobre a (Minha) Fronteira” no podcast “Entre 2 T(i)erras”. Hoje a partilha é em português, amanhã será em espanhol. Aquele abraço. 

 Si os apetece reflexionar sobre esas líneas que dibujamos en los mapas, aquí tenéis un “Ensayo sobre (mi) frontera” en el podcast “Entre 2 T(i)erras”. Hoy lo comparto en portugués, mañana lo haré en español. “Aquele abraço”.
 

sábado, novembro 25, 2023

Manhãs orientadas a sol nascente...

Manhãs orientadas a sol nascente: Um velho "neko" à sombra de uma "katana"...
Mañanas orientadas hacia el sol naciente: Un viejo "neko" a la sombra de una "katana"...

quinta-feira, novembro 23, 2023

O banco, a bicicleta, a árvore e a ansiedade...


A imagem pode ser o que é e pode ser o que a obtura. Neste caso é um banco, uma bicicleta preparada para transportar alguém numa primeiríssima infância e uma árvore. Não obstante, apesar da soalheira de Outono, é uma obturação digital cujo íntimo luta contra a ansiedade, essa que não traz ninguém a meus braços e agora, na rotina escrita (e descrita), espera ser embalada numa noite indecisa, contudo aceite tal qual como é. 


Uma nota que me alivia...

O Miguel Delibes referia-se à sua esposa como o "bálsamo que alivia la pesadumbre de vivir". E eu penso que podia dizer o mesmo... Talvez o amor que vai envelhecendo (mais de 20 anos não é para qualquer um!) seja isso, uma paixão que se depurou em bálsamo, um sentimento de não voou e se sedimenta apesar da erosão dos tempos.

sábado, novembro 18, 2023

Adélia Prado - Poema falado

Fotografia de Luísa Macedo


POEMA FALADO

O amor me fere é debaixo do braço
de um vão entre as costelas.
Atinge o meu coração é por esta via inclinada.
Eu ponho o amor no pilão com cinza
e grão de roxo e soco, macero ele.
Faço dele cataplasma
e ponho sobre a ferida.

Adélia Prado



terça-feira, novembro 14, 2023

Jorge Amado - Navegação de Cabotagem




«Estamos saindo para o almoço no restaurante da Mimi, no Parque Mayer, Zélia chama-me a atenção: olha quem está ali. Olho, vejo Gilberto Freyre reclinado num dos sofás do hall do Hotel Tivoli, a seu lado Madalena. Dirigimo-nos para eles.
«Gilberto acaba de chegar da Espanha [...]. Noto-o cansado, tomado pela gripe, está com baixo astral, a gripe derrota qualquer um. [...]
«Quis saber onde íamos almoçar: a gripe o deixava com fastio, sem apetite, no entanto [...] devia alimentar-se [...]. Vamos à Mimi, dissemos, expliquei-lhe o Parque Mayer e o restaurante Amadora, o encanto das três irmãs, Glória, Amadora, Mimi, a ementa caseira, a freguesia de gente de teatro e de imprensa, não figurava nos guias de turismo, mas que requinte de cozinha! Se desejam provar, venham connosco.
«O fastio desapareceu assim Gilberto Freyre saboreou a primeira colher de açorda, seguiu-se o peixe, robalo cozido com couve e batatas, para equilibrar Glória pôs na mesa frango corado com arroz de manteiga, Gilberto chamando a si entre suspiros, e os queijinhos frescos e os pastéis de nata e o arroz doce para finalizar à portuguesa. Não está nos guias de turismo? Pois devia estar, protestou o mestre do Recife degustando o cálice de ginginha, oferta da casa.
«Durante os cinco dias de anonimato em Lisboa, Gilberto e Madalena foram habitués do restaurante Mimi do Parque Mayer. A gripe curou-se ao caldo verde, apetite devorador sucedeu ao fastio, que fastio pode resistir ao rim de porco assado na brasa, especialidade de Amadora? Que apetite não se abre de entrada às pataniscas de bacalhau servidas por Glória? Sem contar à sobremesa as recordações de Mimi, ex-corista do teatro de revista − ainda não perdeu a graça juvenil.»

Jorge Amado, Navegação de Cabotagem (1992)





domingo, novembro 12, 2023

José Antonio Santiago en el podcast "Entre 2 T(i)erras" de Luis Leal

Desde ayer tenéis disponible la entrevista al filósofo y escritor José Antonio Santiago en el podcast "Entre 2 T(i)erras". La complicidad entre ambos es innegable, tal como mi intención de compartirla con quien la quiera escuchar. 

Desde ontem que têm disponível a entrevista ao filósofo e escritor José Antonio Santiago no podcast "Entre 2 T(i)erras". A cumplicidade entre ambos é inegável, tal como a minha intenção de a partilhar com quem a quiser ouvir.

(Disponible en Google Podcast, SoundCloud y Spotify)


https://podcasters.spotify.com/pod/show/luis-leal75/episodes/Entrevista-Jos-Antonio-Santiago-e2bi9ph

quinta-feira, novembro 09, 2023

“Cuaderno extremeño – para el debate y la acción” nº12

Gracias a la invitación de Juan Serna, podéis encontrar mi “Ensayo sobre (mi) frontera” en la 12ª edición del Cuaderno extremeño – para el debate y la acción. Gracias por la confianza Juan, yo que me considero alguien en el límite de la acción y de la contemplación… 

Graças ao convite de Juan Serna, podem encontrar o meu “Ensayo sobre (mi) frontera” na 12ª edição do Cuaderno extremeño – para el debate y la acción. Obrigado pela confiança Juan, eu que me considero alguém no limite da acção e da contemplação…






terça-feira, novembro 07, 2023

De fora...

De fora chegam-me notícias de uma demissão política e apenas me lembro de um apontamento de há uns anos: "o morto não pode apresentar demissão". Sim, reconheço, é um apontamento tão estúpido quanto real.
De fuera me llegan noticias de una dimisión política y yo únicamente me acuerdo de un apunte de hace un par de años: "el muerto no puede dimitir". Sí, reconozco, es un apunte tan estúpido como real.

sábado, novembro 04, 2023

Luis Leal, "Diarios (con Ramón)", in "El Espejo" nº15, AEEX, 2023, p.74

Desde el 2016 que escribo “Diarios (con Ramón)”, pero estos (algunos divagados en las redes) son posteriores al 2020 y encuentran cobijo en esta página “arrancada” del nº 15 de la revista “El Espejo” de la AEEX. 

Desde 2016 que escrevo “Diários (com Ramón)”, mas estes (alguns divagados nas redes) são posteriores a 2020 e encontram abrigo nesta página “arrancada” do nº 15 da revista “El Espejo” da AEEX. 





segunda-feira, outubro 30, 2023

JAS en "Entre 2 T(i)erras", noviembre de 2023

En noviembre, estaré bien acompañado por José Antonio Santiago en "Entre 2 T(i)erras". Podría decir "entre Pinto y Valdemoro", pero es más adecuado decir "entre Fuenlabrada y Leganés". Sin duda, lo que tendremos es una conversación entre dos hermanos de la Península Ibérica. Muy pronto...


Em Novembro, estarei bem acompañado por José Antonio Santiago em "Entre 2 T(i)erras". Poderia dizer "entre Pinto y Valdemoro", mas é mais adequado dizer "entre Fuenlabrada y Leganés". Sem dúvida, o que teremos é uma conversa entre dois irmãos da Península Ibérica. Muito em breve...

segunda-feira, outubro 23, 2023

Episodio 1 del podcast "Entre 2 T(i)erras" de Luis Leal - "El cronista se presenta" (texto adaptado y traducido de la revista "Mais Alentejo", nº128)

“El cronista se presenta” - Luis Leal (texto traducido y adaptado de la revista Mais Alentejo, n.º 128)

Se teoriza un big bang, una fusión de átomos, un pensamiento, una intervención divina, una incredulidad, una palabra, varias palabras que sirven como introducción, o lo que sea, hasta llegar a alguna conclusión. Si me pongo a intelectualizar) de dónde vengo, suena una guitarra sin fado, con cuerdas rítmicas e inocentes, acompañada por Jorge Drexler, la voz amiga de siempre que jamás conocí y que compuso esta canción especialmente para mí: "Yo no sé de dónde soy, / mi casa está en la frontera / y las fronteras se mueven, / como las banderas."

Tiendo a reflexionar sobre lo que vivo, quizás porque a menudo no sé qué lengua resuena dentro de mí, en qué tierra estoy, cuál es el huso horario de mi ritmo biológico, qué aire respiro y qué dióxido de carbono libero a mi alrededor. Sin embargo, he descubierto que los gestos cotidianos, ajenos al pensamiento, mudos en términos de idioma, sin nacionalidad, siempre nos llevan de vuelta a nuestras raíces.

Cada vez que meto la mano en el fondo de mi bolsillo, me aferro a la certeza de un objeto, al constante peligro de la hoja que puede cortar amarras, pero no el lastre de un ego que, al querer interpretarse, obviamente, pierde tiempo. Con la mano en el bolsillo, sé que soy alentejano. Sostengo mi pasado en forma de navaja, consciente del brillo de la hoja metálica que me sirve de espejo, del filo cortante de vivir el momento, junto con el óxido que revela la falsedad de la inmortalidad del metal.

Escribir y hacer este podcast incita al cronista a presentarse así, con las manos vacías, pero con un cuchillo en el bolsillo. Les pide encarecidamente a los oyentes que no lo confundan con un vulgar bandolero. La única arma que lleva capa grillos y el único banco que este cronista asalta alberga recuerdos y divagaciones cuya rutina le hipoteca el tiempo para escribirlas.

Nos materializamos en algún objeto, o en varios, desde la pura admiración hasta la esclavitud espuria. Mi abuelo quiso que fuera leal a esta verdad, a este objeto. Creo que me puso una navaja invisible en la cuna, dándome una tercera mano, tan indispensable como las otras dos. Cuidar una navaja no es diferente de afilar a nuestros hijos a través de la suavidad de la caricia en el duro deslizamiento de la piedra de amolar. En palabras de João Serra, cada cuchillo “se trataba con gran cuidado, evitando que el óxido lo afectara y cuidando el filo, que no podía tener fallas ni roturas. Ocupaba poco espacio en los bolsillos de los campesinos, donde entraba por la mañana, junto al pañuelo y la onza de tabaco para los fumadores. (…) Con él se cortaba el pan (…) se troceaban las aceitunas (…) se afilaban lápices en la escuela y se abrían cartas y, ocasionalmente, libros. Con él, un hombre podía enfrentar peligros reales o imaginarios. Con él, un hombre nunca se sentía solo.”

Con la navaja en el bolsillo, he cruzado algunas fronteras, a veces en la bodega del avión debido a la connotación terrorista que tiene en cualquier aeropuerto, hasta el punto de que, una vez aterrizado, necesito una pequeña navaja local, confiable en sus servicios, que rara vez me acompaña de regreso a casa.

Con la navaja en el bolsillo, crucé la frontera. Un alentejano no se siente diferente de un extremeño. En ese continuo de llanura marcado por la serranía y atravesado por el Guadiana, que decidió que al oeste se habla portugués y al este español, la navaja corta fronteras. Prueba de ello es MacGyver, ese embajador universal del potencial del hombre y de la navaja. Y fue con la navaja que sellé mi hermandad con el poeta Samuel Chamorro, quien, junto a la navaja heredada de mi abuelo, puso la necesidad del lápiz. Sus versos concluyen, con broche de oro, que la patria es la herencia de nuestros padres, algo que no confundo con el país: “Con tu navaja, padre, / afilo un lápiz, el mío, / que siempre, / siempre, / escribe romo.”

"Con tu navaja padre" - Foto de Luis Leal




domingo, outubro 22, 2023

"O Cronista apresenta-se" (Episódio 1 do podcast "Entre 2 T (i)erras" de Luis Leal, em português)

Depois da primeira entrevista do Podcast "Entre 2 T(i)erras", eis o episódio 1 "O Cronista (ou Podcaster) apresenta-se" em língua portuguesa. Em breve, voltarei em espanhol. Ouça e ajude-me a manter vivo este espaço onde através da voz vamos partilhando a palavra... 
Después de la primera entrevista del podcast "Entre 2 T(i)erras", aquí está el episodio 1 "El Cronista (o Podcaster) se presenta" en lengua portuguesa. Pronto regresaré en español. Escuche y ayúdeme a mantener vivo este espacio donde a través de la voz compartimos la palabra...


https://podcasters.spotify.com/pod/show/luis-leal75

terça-feira, outubro 10, 2023

Podcast "Entre 2 T(i)erras" de Luis Leal (1ª Entrevista - "Xavi")

A entrevista n°1 do podcast "Entre Duas Terras" (espanhol/português) reforça a minha convicção de a infância não conceber fronteiras. Obrigado Xavi. 

La entrevista n°1 do podcast "Entre dos tierras" (español/portugués) refuerza mi convicción de que la infancia no concibe fronteras. Gracias Xavi. 

Disponível/disponible: SoundCloud, Spotify & Google Podcasts. 

domingo, outubro 08, 2023

Episódio 1 del podcast "Entre 2 T(i)erras" de Luis Leal - "O cronista apresenta-se" (texto adaptado de la "Revista Mais Alentejo", nº128)

Entre Duas Terras - "O cronista apresenta-se" (texto adaptado de Revista Mais Alentejo, nº128)

"O cronista apresenta-se" - Luis Leal

Teoriza-se um big bang, uma fusão do átomo, um pensamento, uma intervenção divina, uma descrença, uma palavra, várias palavras feitas introdução, o que seja, até se chegar a qualquer conclusão. Se intelectualizo de onde venho trina-me uma guitarra sem fado, de cordas ritmadas e inocentes, acompanhada pelo Jorge Drexler, a voz amiga de sempre que nunca conheci, que compôs esta canção de propósito para mim: Yo no sé de donde soy,/mi casa está en la frontera/y las fronteras se mueven,/como las banderas.

Tendo a meditar o que vivo, talvez por tantas vezes não saber que língua ecoa dentro de mim, em que terra estou, qual o fuso horário do meu ritmo biológico, que ar inspiro e que dióxido de carbono liberto ao meu redor. Porém, descobri que os gestos rotineiros, alheios ao pensamento, mudos de idiomas, sem nacionalidade, sempre nos levam às nossas raízes.

Cada vez que levo a mão ao fundo do meu bolso agarro-me à certeza de um objecto, ao perigo constante da lâmina que pode cortar amarras mas não o lastro dum ego que, ao querer interpretar-se, evidentemente, perde tempo. De mão na algibeira sei que sou alentejano. Agarro o meu passado em forma de navalha, consciente do brilho da folha metálica que me serve de espelho, do gume acutilante de viver o momento, junto com o óxido que delata a mentira da imortalidade do metal.

Escrever e fazer este podcast incita o cronista a apresentar-se assim, de mãos vazias mas de naifa no bolso. Encarecidamente, pede aos ouvintes para não o confundirem com um vulgar bandoleiro. A única arma que porta capa grilos e o único banco que este cronista assalta guarda memórias e divagações cujo quotidiano lhe vai hipotecando na austeridade de tempo para as grafar.

Materializamo-nos em algum objecto, ou em vários, desde a pura admiração à espúria escravidão. O meu avô quis-me leal a essa verdade, a este objecto. Acredito que me pôs uma navalha invisível no berço, dando-me uma terceira mão, tão indispensável como as outras duas. Cuidar duma navalha não é diferente de aguçar os nossos filhos através da suavidade da carícia no duro deslizar da pedra de amolar. Nas palavras de João Serra, todo o canivete "era tratado com todo o cuidado, evitando-se que fosse atingido pela ferrugem e cuidando do fio de corte, que não podia ter falhas ou rombos. Pouco volume fazia nos bolsos camponeses, onde entrava de manhã, com o lenço e a onça de tabaco para os fumadores. (…) Com ele se cortava o pão (…) se retalhavam azeitonas (…) se afiavam lápis na escola e abriam cartas e, excepcionalmente, livros. Com ele um homem podia fazer frente a perigos reais ou imaginários. Com ele um homem nunca se sentia só".

Com a navalha no bolso tenho passado algumas fronteiras, às vezes na bagagem de porão por causa da conotação terrorista que tem em qualquer aeroporto, ao ponto de, recém-aterrado, necessitar duma navalhita local, honesta nos serviços, que raramente me acompanha de volta a casa. 

De navalha no bolso passei a fronteira. Um alentejano não se sente diferente dum extremeño. Nesse continuum de planície pautado pela serrania e riscado pelo Guadiana, que decidiu que a oeste se fala português e a este espanhol, a navalha corta fronteiras. Prova disso é o MacGyver, esse embaixador universal do potencial do homem e do canivete!  E foi com a navalha que selei a minha hermandad com o poeta Samuel Chamorro, quem, junto à navalha herdada do meu avô, colocou a necessidade do lápis. Os seus versos encerram, com chave-de-ouro, que pátria é a herança dos nossos pais, algo que não confundo com país: "Com a tua navalha pai/afio um lápis, o meu/que sempre,/sempre/escreve rombo".

Episódio 1


quinta-feira, outubro 05, 2023

"Entre 2 t(i)erras" podcast de Luis Leal

Antes de "Trabalhos&Paixões", a revista "Mais Alentejo" albergou a minha rubrica "Entre Duas Terras" durante sete anos. Porém, aceitei o desafio de dois amigos (de fronteiras mais a Norte da nossa Península Ibérica) para a continuar a partilhar estas vivências através de um podcast homónimo. O mesmo já existe, estará disponível em SoundCloud, Spotify, Google Podcasts e, muito em breve, divulgarei os primeiros episódios e entrevistas.

 
Antes de "Trabajos&Pasiones", la revista "Mais Alentejo" albergó mis artículos de "Entre Dos Tierras" durante siete años. Sin embargo, acepté el desafío de dos amigos (de fronteras más al norte de nuestra Península Ibérica) para seguir compartiendo estas vivencias a través de un podcast homónimo. El mismo ya existe, estará disponible en SoundCloud, Spotify, Google Podcasts y muy pronto divulgaré los primeros episodios y entrevistas.


quinta-feira, setembro 21, 2023

22 Septiembre 2023 (Día Mundial Sin Coche)

Estamos en plena Semana Europea de la Movilidad y mañana, viernes 22/09/2023, se celebra el Día Mundial Sin Coche. Este día existe desde 1973 (año de la primera crisis energética mundial) y no demoniza los coches, sino no invita a pensar sobre el real “espacio” que ocupan en nuestras vidas (y carteras). Mañana nuestro centro tiene las puertas cerradas a los coches, pero bien abiertas a todos los que vienen andando o en bicicleta. Como en el cartel, creo que el primer paso para promover un ecologismo efectivo es pensar. Hasta mañana. (Gracias a los comercios locales que nos ayudan a celebrar este día.)


Estamos em plena Semana Europeia da Mobilidade e amanhã, sexta-feira 22/09/2023, celebra-se o Dia Mundial Sem Carro. Este dia existe desde 1973 (ano da primeira crise energética mundial) e não demoniza os carros, mas sim convida a pensar sobre o real “espaço” que ocupam nas nossas vidas (e carteiras). Amanhã a nossa escola tem os portões fechados aos carros, contudo bem abertos a todos os que vêm a andar ou de bicicleta. Como no cartaz, creio que o primeiro passo para promover um ambientalismo efectivo é pensar. Até amanhã. (Obrigado aos comércios locais que nos ajudam a celebrar este dia.)



sábado, setembro 16, 2023

Arturo Pérez-Reverte 12/IX/2023

"La literatura ayuda a prevenir, a comprender, a resolver incluso. El problema que hay hoy día es que al privar a los jóvenes del pasado, al privarlo de los mecanismos narrativos, inductivos e intelectuales del pasado les impides comprender el presente. Entonces, la ficción ayuda a comprender. No mejora la vida, porque leer a Thomas Mann, a Agatha Christie, a Virgilio o a Homero no hacen mejor el mundo, pero te ayudan a comprenderlo, hacen que el mundo te duela menos, que todo lo sitúes en su sitio. La ficción no cambia el mundo, pero te cambia a ti frente al mundo. Y en un mundo como este, tan caótico, cada vez más desgarrado, confuso, con las redes sociales machacando y confundiendo a la gente, tener un bagaje literario que te permita entenderlo mejor es un privilegio. Por eso me dan tanta pena las personas que no utilizan esta herramienta, que van por la vida desorientadas sin darse cuenta que en una biblioteca tienen al menos veinte clásicos que le ayudarán a comprender y hasta a sobrevivir intelectualmente en el mundo confuso que nos viene encima." - Arturo Pérez-Reverte

sábado, setembro 09, 2023

8:00

8:00 As nuvens, como a melancolia, são parte do dia. O sol também. Encontro-me aqui. Santa Cruz.
Las nubes, como la melancolía, son parte del día. El sol también. Me encuentro aquí. Santa Cruz.

terça-feira, setembro 05, 2023

"Limpamos Locais de Morte"

5/IX/2023 Não sei se é por estarmos nos arredores de uma urbe, se é por um certo individualismo imperante e asséptico, se é pelo oportunismo de um capitalismo possivelmente já indomável... mas este marketing é letal... E, como vêem, não me estou a referir a essa multinacional sueca que tanto exporta móveis como modelos de sociedade (ver "A Teoria Sueca do Amor") que tanto me fazem pensar...
No sé si es porque estamos en las afueras de una urbe, si es por un cierto individualismo predominante y aséptico, si es por el oportunismo de un capitalismo posiblemente ya indomable... pero este marketing es letal... Y, como podéis ver, no me estoy refiriendo a esa multinacional sueca que exporta tanto muebles como modelos de sociedad (ver "La teoría sueca del amor") que tanto me hacen reflexionar...

sexta-feira, agosto 25, 2023

“VI Prémio Internacional de Fotografia 2022 (Alentejo/Centro/Extremadura)” - Centro Unesco de Extremadura

D. José Luis Bernal selecionou “Y al oeste” de José Miguel Santiago Castelo, para encerrar o catálogo do “VI Prémio Internacional de Fotografia 2022 (Alentejo/Centro/Extremadura)” promovido pelo Centro Unesco de Extremadura e confiou-me a sua tradução. Como sempre, um prazer e uma honra poder colaborar nestas iniciativas artísticas (e transfronteiriças). 

D. José Luis Bernal seleccionó “Y al oeste” de José Miguel Santiago Castelo, para cerrar el catálogo del “VI Premio Internacional de Fotografía 2022 (Alentejo/Centro/Extremadura)” promovido por el Centro Unesco de Extremadura, confiándome su traducción. Como siempre, un placer y un honor poder colaborar en estas iniciativas artísticas (y transfronterizas).





sábado, agosto 12, 2023

12/VIII/2023 Parabéns Mestre Jorge e obrigado por me tirares dos ombros o peso exclusivo do exemplo....

12/VIII/2023 Se a planície (como a do nosso Alentejo) une as pessoas para a vida, a montanha também... Muitos parabéns Mestre Jorge Neto e obrigado por estares bem presente nas nossas vidas. E por seres parte fundamental na formação humana dos meus... Para o S. tu, a Tanja e o M. serão sempre quem o ensinou a escalar até ao cume... Como pai, espero que ele seja digno dessa planície e desta montanha... Tenho fé nisso.
12/VIII/2023 Si la planicie (como la de nuestro Alentejo) une a las personas para la vida, también la montaña... Muchas felicidades Maestro Jorge Neto y gracias por estar muy presente en nuestras vidas. Y por ser parte fundamental en la formación humana de mis hijos... Para S., Tanja,  M. y tú serán siempre quienes le enseñaron a escalar hasta la cumbre... Como padre, espero que sea digno de esa planicie y de esta montaña... Tengo fe en eso. (Fotos de Tanja Kulkies)





"("Biblioterapia") Leia, mas não deixe de consultar o seu médico" - Crónica de Luis Leal in “Mais Alentejo”, nº 164, p.94

 “Leia, mas não deixe de consultar o seu médico” (“Mais Alentejo” nº164) é um texto muito pessoal que versa sobre memória (a que somos e a dos que devemos honrar), sobre literatura e sobre saúde mental, esta última algo que, a meu ver, não costuma ser apanágio de rede social e jamais poderá rimar com banal. Já pensou sobre isto? De certeza, e não vivêssemos na abundância de “hashtags”... 

“Lea, pero asegúrese de consultar a su médico” (“Mais Alentejo” nº164) es un texto muy personal que trata de la memoria (la que somos y la que debemos honrar), la literatura y la salud mental, esta última algo que, en mi punto de vista, no suele ser una prerrogativa de una red social y jamás puede rimar con banal. ¿Ha pensado usted sobre esto? Por supuesto, y no viviéramos nosotros en la abundancia de "hashtags"...

"("Biblioterapia") Leia, mas não deixe de consultar o seu médico" - Crónica de Luis Leal in “Mais Alentejo”, nº 164, p.94

"“Biblioterapia”: leia, mas não deixe de consultar o seu médico" - Crónica de Luis Leal in “Mais Alentejo”, nº 164, p.94

    “Biblioterapia”: leia, mas não deixe de consultar o seu médico (Luis Leal)

    No espectro da minha família há uma pessoa que lamento não ter conhecido, o sobrinho do meu tio António, Gumerzindo da Silva Neves (1933-1995). Para além de ter sido filho, irmão, marido, pai, tio e tantos outros papéis na sua vida pessoal, Gumerzindo marcou os que com ele conviveram, deixando um legado de saudade. No que concerne à sua profissão, foi psiquiatra num país bipolar, talvez esquizofrénico, exercendo no conhecido Hospital Miguel Bombarda (do qual foi Coordenador do Serviço de Psiquiatria Forense) e também no seu consultório, onde acompanhou todo o tipo de pessoas, desde o escritor "neo-abjeccionista" Luiz Pacheco ao mais humilde dos alentejanos que ia à capital ver o Dr. Silva Neves porque não “andava bem da cabeça”, pagando-lhe com alguma galinha, alguns ovos, couves… Tenho muita pena de não o ter conhecido. Foi através da sua memória, após ter conhecimento do próprio muitas vezes pagar os medicamentos aos seus pacientes (aviados numa farmácia de Odivelas) que tirei a conclusão de quem pode faz psicoterapia, isto é, quem tem dinheiro recorre a Freud, e quem sobrevive com os mínimos, com sorte, trata-se com antidepressivos pagos pela generosidade de alguém empático com as suas circunstâncias, com a sua dor, alguém ciente de quem não tem para pôr na mesa costuma ter de ir trabalhar diariamente, alheio a baixas médicas e até a seguranças sociais (por mais que alguns os vejam como uma maioria de malandros a viver à custa dos resíduos de miséria de um qualquer orçamento de Estado ou da “Alta Finança”).

    Ironicamente, quando os próprios profissionais de saúde não se podem permitir a aceder a serviços de psicologia ou de psiquiatria, a pandemia trouxe para ordem do dia o “hashtag” #mentalhealth a proliferar pelas redes com um filtro que deixou de ser tabu, ou a real necessidade de bem-estar do ser humano, para ocultar o que me parece uma imposição perigosa de “felicidade”, irreal, frívola, muitas vezes fútil e, perdoem a minha sinceridade, que apenas cuida do ego de alguém, aos poucos, a afastar-se dos outros. O objetivo desta crónica era divagar sobre “Biblioterapia”, quero dizer, a minha estante, sem qualquer tipo de marketing, na qual a literatura, ademais do seu objetivo estético, apresenta um lado didáctico (admito mesmo ideológico) para esta empresa de viver. Desarrumada e aberta a novas incorporações, do caos de volumes sobressaem lombadas de Emerson, Hesse, Taniguichi, Canetti, Irene Vallejo, Victor Frankl, Torga, Marguerite Yourcenar, Octavio Paz ou um Mitch Albom, pouco agraciado pela crítica, mas cujo “As Terças com Morrie” (da colecção do “Público”, “XIS - Livros para Pensar”) me acompanhou num momento complicado de falta de maturidade e desemprego.

    Há quem diga que “em grande medida somos os livros que lemos”. A frase é bonita, porém acredito apenas ficar qualquer coisa dos livros que lemos ou o fruir da experiência artística, mas “sermos o livro que lemos” é demasiada pretensão. Um livro pode ser uma tábua de salvação, ajudar-nos a sobreviver ao naufrágio, e, excepcionalmente, ajudar-nos a alcançar terra firme. A realidade, contudo, imperadora e meretriz, mostra-nos serem as equipas de resgate as mais eficazes em caso de SOS e, fazendo jus à origem anglófona do socorro universal, as que “mais almas salvam”. É devido a esta evidência (e porque vi, repleto de livros a boiarem ao meu redor, como também eu me afundava), que me preocupo como encaramos a saúde mental. Quero dizer, como num passado recente a mesma era coisa de doidinhos, na qual só se admitiam idas ao psicólogo se fosse para psicotécnicos, e como actualmente se trivializou o assunto. Saúde mental não pode rimar com banal (“integral” talvez, ao ser indissociável da sabedoria clássica: “mens sana en corpore sano”), mas consultar um especialista não é o mesmo que umas dicas no TikTok, com a etiqueta da moda, ou medicar-se à base de literatura. Consciente da ansiedade do presente e por mais que se fale do assunto tudo continua igual. Quem pode deita-se no divã. Quem não pode, a sociedade da auto-ajuda encarrega-se de atirar-lhe à cara a incapacidade, culpabilizando-o pela doença e alimentando-se dela. É a “auto-desumanização” com difícil terapêutica.

Gumerzindo da Silva Neves (1933-1995) caricaturado na sua época coimbrã. 



sábado, agosto 05, 2023

Ramón, qué profundo te pones... pero "obrigado"...

Madrid, 5/VIII/2023 «La muerte es como cuando va a salir el tren y no hay tiempo para comprar revistas», me gritó hace tiempo Ramón desde el apeadero. Ya no fui capaz de bajarme y traía prensa portuguesa para él... Hoy finalmente he podido disculparme y agradecerle como merece. Como siempre que nos encontramos, nos hemos reído con la rosa de plástico que le he llevado y con otra de sus greguerías: «Luis, amigo mío, por si no te acuerdas, "la muerte es hereditaria"». «Ramón, qué profundo te pones... pero "obrigado"...».


Madrid, 5/VIII/2023 «A morte é como quando está a sair o comboio e não há tempo para comprar revistas», gritou-me há tempo Ramón desde o apeadeiro. Já não fui capaz de apear-me e trazia imprensa portuguesa para ele... Hoje finalmente pude pedir-lhe desculpa e agradecer-lhe como merece. Como sempre que nos encontramos, rimo-nos com a rosa de plástico que lhe levei e com mais uma das suas greguerías: «Luis, amigo, caso não te lembres, "a morte é hereditária"». «Ramón, que profundo  estás... mas "obrigado"...».


quinta-feira, agosto 03, 2023

Debemos abrir las puertas...

«Debemos abrir las puertas a la alegría allí donde ésta se presente, ya que nunca llega en mal momento, en lugar de dudar, como hacemos a menudo, en permitirle la entrada porque primero deseamos saber si tenemos todos los motivos para estar satisfechos». - Schopenhauer 

Todo lo del cuerpo...

«Todo lo del cuerpo es un río; lo del alma, sueño y vapor; la vida, una guerra y un exilio, y la fama póstuma, olvido. ¿Qué es lo que nos puede guiar? Sólo y únicamente la filosofía». - Marco Aurelio en Meditaciones

domingo, julho 30, 2023

Leer con los pies puestos para arriba... 19/VII/2023

Leer con los pies puestos para arriba es la manera más efectiva de que la lectura nos llegue a la cabeza.
Ler com os pés para cima é a maneira mais efectiva da leitura nos chegar à cabeça.

sexta-feira, julho 28, 2023

"Os Descendentes" - Fernando de las Heras (Trad. Luis Leal)

OS DESCENDENTES
(Fernando de las Heras)

O futuro herdou os melhores filhos da imaginação
e anuncia uma fecundação em massa
dos povos que honram o punhado 
de novos átomos
que trazem como um cão fiel na boca.

Sem descanso, ele mesmo
tinge de imagens as águas
que correm
e por igual molham
as bainhas das calças, as mãos 
com as quais depois acariciam os olhos 
e fertilizam as suas profecias.

Ai, queridos amigos, o futuro 
é uma civilização extinta 
que, contudo, fala de cor
e tosse sinais de fumo 
que apenas os animais
como antes da tempestade
conseguem traduzir.

(trad. Luis Leal)

"Os Descendentes" de Fernando de las Heras (trad. Luis Leal) lido por Filipa Leal (em "Nada Será Como Dante", RTP, 13/VI/2023)

Grato ao poeta e amigo Fernando de las Heras por confiar-me a tradução do seu belo poema "Os Descendentes" que foi recitado, de forma única e como só ela é capaz, pela grande Filipa Leal. Muito obrigado por me permitirem acompanhar-vos.
Agradecido al poeta y amigo Fernando de las Heras por confiarme la traducción de su bello poema "Los Descendientes" que fue recitado, de manera única y como solo ella es capaz, por la gran Filipa Leal. Muchas gracias por permitirme acompañaros.
 ("Nada Será Como Dante", RTP, episódio 24, 13 de junho de 2023, temporada 5).

sábado, julho 08, 2023

Óptica e Volante (Pormenor fotográfico de Ricardo Ávila)

Meditações/Meditaciones (Bovinas)

8/VII/2023 Meditações (Bovinas)
Para além de qualquer zodíaco, talvez sim no âmbito da zoologia, há pessoas que têm uma natureza bovina. Isto é, apesar do grande porte não têm problemas em partilhar o pasto, até deixam que, com amabilidade, passarinhos gentis lhe pousem no lombo, ruminam sem incomodar a manada, sentem o fascínio das flores e arrastam a calma extensiva da paisagem à teimosia da sua existência. Porém, e quem conhece a natureza animal também conhece bastante da natureza humana, é bem sabido que a uma vaca ou a um touro não se lhe chateiam os cornos.

Meditaciones (Bovinas)
Además de cualquier zodiaco, quizás sí en el ámbito de la zoología, hay personas que tienen una naturaleza bovina. Es decir, a pesar de su gran porte, no tienen problemas para compartir el pasto, incluso dejan posarse amablemente sobre sus lomos a los gentiles pajaritos, rumian sin molestar a la manada, sienten la fascinación de las flores y arrastran la extensa calma del paisaje a la terquedad de su existencia. Sin embargo, y quien conoce la naturaleza animal también sabe mucho sobre la naturaleza humana, es bien sabido que a una vaca o un toro no se le tocan los cuernos.


segunda-feira, julho 03, 2023

Será que pensa que é uma FAMEL?

Será que pensa que é uma FAMEL? Isto é, será que pensa "fo... aquela mota é linda"? Nah... O nosso menino já sabe que é a Porquita do seu pai, a sua Suzuki Address AH50, que foi recuperada dos anos 90 para a terceira década do século XXI... e também é linda!

Nostalgia austríaca?

01/VII/2023 A falarmos com o Tom sobre as paisagens montanhosas austríacas e se fica alguma nostalgia dessa beleza agreste, ele apenas nos disse:
- Tento evitar a nostalgia, não posso viver no passado...
Depressa nos apercebemos da sabedoria das suas palavras e de como a dor recente de uma importante perda na sua vida é mais do que evidente. Sem silêncio entre nós, a conversa elevou-se pela paisagem, iluminou-se para além das reflexões linguísticas sobre "luar" e "moonlight" e do calor da noite do primeiro sábado de julho. 
É verdade Tom, não podemos viver no passado, não podemos viver no futuro, resta-nos o prosaico presente, as paisagens possíveis, como bem dizes "as perspectivas fora da nossa burbulha", e alguma esperança. 

sexta-feira, junho 30, 2023

Lewis Hine and The Baddest of Bad-Ass Messengers

 


Lewis Hine (1874 - 1940) - Messenger boy working for Mackay Telegraph Company. Waco, Texas “Said fifteen years old. Exposed to Red Light dangers.” September 1913



(Muitas mais fotografias e texto: "Robert Cobcroft: Lewis Wickes Hine - His bicycle messenger portraits", em Velo aficionado)




sábado, junho 24, 2023

Será? "Mens flexibilis in corpus flexibile"... O meu latim nunca foi tão forte como deveria...

Si no quieres que te rompas con facilidad, aprende a ser flexible...
Se não te queres partir com facilidade, aprende a ser flexível.

«Cuanto más reflexiono sobre la cuestión...»

 «Cuanto más reflexiono sobre la cuestión, estoy cada vez más convencido que la vida es, de comienzo a fin, un fenómeno de atención». - Henry Bergson

terça-feira, junho 20, 2023

Estamos como en un poema de Cavafis

(Llevo unos días ajetreados, entre responsabilidades laborales y personales, y asumo que no es mi mejor momento de fe en nuestra condición. Busco cobijo en la lectura, en la poca atención y silencio que logro en mis 24 horas.)
Subrayo las palabras de Kallifatides en una entrevista: "Ahora mismo estamos como en el poema de Cavafis, Esperando a los bárbaros". Creo que D. Theodor se ha equivocado, los bárbaros nunca nos abandonaron. Ahora mismo recuperaron la fuerza necesaria para destruir la Ítaca de muy buena gente, ese refugio ético que un bárbaro se niega a a frecuentar.
Sublinho as palavras de Kallifatides numa entrevista: "Agora estamos como no poema de Cavafis, à espera dos bárbaros". Acho que D. Theodor se enganou, os bárbaros nunca nos abandonaram. Agora recuperaram a força necessária para destruir a Ithaca de muito boa gente, esse refúgio ético que um bárbaro se recusa a frequentar.


domingo, junho 18, 2023

Uma citação à americana... Cheia de razão e de contradição.

"Early to bed, early to rise, work like hell, and advertise." - Ted Turner 

A la informalidad se llega...

A la informalidad se llega después de una buena dosis de formalidad acompañada, siempre, de respeto mutuo. 

Ao informalismo chega-se depois de uma boa dose de formalismo acompanhada, sempre, de respeito mútuo.