“Quero um lápis
para pintar”
Disse-me o meu
menino.
Pouco lhe tarda
a vida a ensinar
Que o mundo não
é pequenino.
Do papel ao
lápis
Há um risco que
separa
Cores,
esperança, paixões
E o riso que
monta e restaura
Os móveis IKEA
mais difíceis
E na caixa 100
livros de instruções.
Torpeza
abstracta ou genuinidade
Inata marcada a
lápis de cera, marcador,
Caneta de
feltro, lápis de cor,
Aquarela?
Prevejo um
potencial Pollock!
Uma sequela com
querela
De croquete e
beberete!
Ah, e para a
arte um crítico!
(De preferência
um tísico,
Para que morra de
repente
^^^^^^^--------------------
E não
ressuscite!)
O
empreendimento do meu menino
Não é um quadro
do crescer,
Nem aprender a
fazer arte
No bacio.
(A arrastadeira
do tempo vem
E encarrega-se
disso)
Na hora do agora,
Na aurora do
seu ser
Só flui a fugaz
linha de um lápis
A pintar o que
quer
E não quer mais
nada.
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