De repente acordas
E um filho salta-te para a cama.
De repente assentes
O absurdo nascer do dia a galgar
Entre lençóis, sonhos e despertares recentes.
De repente sentes,
Num qualquer domingo,
Que, no mundo, curiosamente,
Pudeste ter um descendente.
De repente, olha-lo de frente,
Paralelo a ti, no ar esticado dos teus braços os
primeiros quilos de sorrisos
A aprenderam sílabas, e depois, palavras que tudo poderão
abortar
Se um dia quiserem adivinhar que:
“De repente se acorda e um filho nos salta para a cama”.
20/X/2013
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