A Pedro L. Cuadrado. 
Que nunca quis ser meu mestre, 
mas sim meu amigo…
Não há forma mais humilde de mestria.
33 anos nos separam desde o meu
berço.
É a única raia, certificada,
que entre nós existe.
O nó cego, esse, bem penteado,
não se desate, 
não desaperte a corda atada a
Pedro, minha
pedra, papel, pilar lírico de
apontamentos 
na margem esquerda do livro, o
lembrete, 
a lápis que não rejeita um
verso, quanto
mais três, a quem quer que por
bem vier.  
A mestria da grandeza do
infinito é subtil, 
e inútil, convenhamos. Adversa
à rima,
à métrica, a cartesiana
estética do útil
não nos faz advir sem a tétrica
do contratempo.
Encurtam-se braços de abraços.
Apartam-se pedras 
de sendas angulares e, a
paisagem, essa, paupérrima. 
(Sem que de isso, uma inteira
existência, nos tenhamos dado conta. Passa-se e não nos apercebemos que os
melhores pilares são feitos de pedra. Granito frio, extraído em Zamora e
trabalhado por mães de artesãos salmantinos. A erosão do tempo foi-o levando
rumo ao sul… onde, como dizia Gedeão, “me sento e descanso”)
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