A morte nunca está oculta se se está atento à vida.
Querer e assumir o final foi-nos negado
Pelo pecado cometido pela religião
Ao criar deuses à semelhança do homem,
Com necessidade de adoração,
De culto inculto e verdades absolutas
Às quais não se exige fundamentação.
Sem fome corpórea, com nutrida reflexão
Se aborda a morte em tertúlia ou meditação.
É necessidade aguçada para papilas gustativas
De um espirito a salivar.
Buscando um manancial infinito
Para matar a sede, salgada, que gera a morte.
Deus nunca está oculto se se assume a dúvida que existe.
Desejar conhecer o além incerto é-nos recordado
constantemente
Por o ruído incómodo de um coração que late.
Disseca-se, certamente, a incerteza que se teve em vida
com a morte.
E, a verdade, de contas ao fim, não é coisa que se
partilhe.
Sem comentários:
Enviar um comentário