quarta-feira, novembro 20, 2024

Mundo Algoritmo

20/XI/2024: En mi día a día vivo en un ambiente de barrios; mi vida se direcciona por las calles de una ciudad con gente, locales y servicios abiertos a nuestras necesidades y elecciones (o eso quiero creer). Sin embargo, si tengo algo parecido a una existencia en este espacio inmaterial que es internet, el cotidiano no está tan abierto al acto de elegir y no puedo "flanear" por la red como mis pies lo hacen en las aceras de concreto, puesto que siento que siempre hay una mano invisible que me coge y me lleva por donde quiere. Me pregunto: ¿quizás el mundo sea más que el sensible y el inteligible de Platón? Admito que también ya puede existir un mundo algoritmo, no sé como serán sus dioses, pero me da que aún son más peligrosos que el conjunto de nuestras mitologías que a lo largo de la historia emulan la imperfección de nuestra carne y huesos...


No meu dia-a-dia, vivo num ambiente de bairros; a minha vida orienta-se pelas ruas de uma cidade com pessoas, espaços e serviços abertos às nossas necessidades e escolhas (ou isso quero acreditar). No entanto, se tenho algo semelhante a uma existência neste espaço imaterial que é a internet, o quotidiano não está tão aberto ao ato de escolher, e não consigo "flanar" pela rede como os meus pés fazem nas calçadas de betão, pois sinto que há sempre uma mão invisível que me agarra e me leva por onde quer. Pergunto-me: será que o mundo é mais do que o sensível e o inteligível de Platão? Admito que já pode existir um mundo-algoritmo. Não sei como serão os seus deuses, mas tenho a impressão de ainda serem mais perigosos do que o conjunto das nossas mitologias, que ao longo da história emulam a imperfeição da nossa carne e ossos...


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