quarta-feira, outubro 29, 2014

O calão das trincheiras


Por estes e outros motivos é que sou um defensor acérrimo do calão e do seu estudo histórico e linguístico (e o vou dizendo quer para manter a sua história ou libertar a frustração do meu espírito). 
Eu, cuja pinta de “bife” não delata as minhas origens, finalmente entendo de onde vem este termo (nada a ver com o mundo dos talhos e magarefes) e outros que são uma constante no léxico português e com os quais podemos honrar os nossos avós (os meus bisavôs Leopoldo e Umbelino) que combateram na 1ª Guerra Mundial. Recordemos também que os que de lá vieram, meio loucos, “esgazeados” como ficaram baptizados, vítimas de gazes (como o mostarda), com a sua miséria pessoal enriqueceram o vocabulário e o imaginário cultural do povo português.
No centenário da 1ª Guerra Mundial, “Guerra de França” como dizia a sabedoria empírica, alheia a terminologias históricas, da minha avó Helena, continuar a entender o seu calão é uma boa homenagem aos que por lá andaram, “tugas”, “camones” ou “boches”. 
Vale a pena ler este trabalho da “Visão História”.

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