quinta-feira, dezembro 18, 2014

Próximo do que importa (Ángel Campos Pámpano)

O céu da tarde ainda é um incêndio, uma pedra queimada que lentamente envelhece. O ar é limpo e baixo como um novo prazer que tu desconhecias. Alvoroça-se o silêncio. Melodia de asas entre as folhas vivas. Escondido na tela, assusta-te um pássaro, um pássaro impossível, negado para o voo, um desejo ilusório enredado entre os ramos, emaranhado na paisagem; um pássaro apanhado ao que lhe nega o poder de ascender, o de ausentar-se. 

Tradução: Luis Leal




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