Peregrina nas pastagens da vida
Procura-te no temor do anoiteceres
Fragâncias velhas de ilusões e amores.
Sorriram para ti todas as flores,
Fez-se a árvore na tua ferida
E, por claras estrelas, a alma adormecida
Foi desde o abismo aos altos miradouros.
Inefáveis paisagens de harmonia
Abriram-se ante ti como um presente
Em volutas de lua opalescente.
Desposaram-se em suave melodia
As pétalas de luz, a paz do relento
Com teu corpo, já lírio evanescente.
Maria Victoria Moreno (trad. Luis Leal)
Maria Victoria Moreno, nascida em 1939 em Valencia de Alcántara e finada em Pontevedra no ano de 2005, foi uma poetisa e escritora que me foi dada a conhecer por José Antonio Santiago e que espero poder vir a conhecer melhor e, quem sabe, traduzir mais algumas das suas palavras.
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