Os trabalhos de amor são os mais leves
de quantos algum dia pratiquei
na cama as alegrias fazem lei
e se me queixo é só de serem breves
eu vivo atado às tuas mãos suaves
num nó de que este corpo já não sai
ferve o arco do sol a tarde cai
andam voando pelo céu as aves
mágoas outrora muitas fabriquei
e em países salobros jornadeei
ao dorso das tristezas almocreves
a vez em que te amei um outro fui
comigo fiz a paz nada mais dói
e os trabalhos de amor nunca são graves
Lisboa
12-X-1993, 23-XII-1993
Fernando Assis Pacheco
E amanhã será outro dia. Mas de Greve Geral! Perdoem-me (ou não, é-me indiferente...) o patriotismo bacoco:
"Viva Portugal!" "!Viva España!"
Apetece-me gritar estes dois países que são sinónimo de amor leve, aos quais vivo atado, mas que vivem tempos graves...
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