terça-feira, julho 29, 2008
"RONDO" - Goto Tomoe Modern Dance Studio
quinta-feira, julho 24, 2008
O Nosso Século é Fascista
Conjuntamente com estes, Salazar e Franco autodescreveram-se como novos e até revolucionários; diziam querer construir, ou reconstruir, ou manter, contra a vontade de britânicos e franceses, impérios e consciências imperiais e condenavam a América plutocrática e imperialista; mobilizaram-se acima de tudo contra a URSS, o bolchevismo e o que chamavam o comunismo asiático e reconheceram política e economicamente, até quase ao final da guerra, a ocupação nazi de quase toda a Europa continental, elogiando, por exemplo, os colaboracionistas de Vichy como ilustração do que seria o modelo da futura cooperação entre os Estados europeus e uma Alemanha vitoriosa.
Ao contrário do que diria depois da guerra a propaganda das duas ditaduras ibéricas, salazaristas e franquistas suspeitaram sempre do papel das minorias judaicas na Europa e chamaram terroristas aos que resistiam à ocupação nazi-fascista, primeiro em França, depois na Jugoslávia e na Grécia, depois na URSS.
Este livro, apresentando uma variedade de provas documentais muito rara, ajuda a perceber a natureza intrinsecamente fascista das duas ditaduras ibéricas, como elas se deixaram arrastar pela mais mortífera ilusão do século XX – e como no Portugal e na Espanha dos nossos dias se tornou essencial reagir à vaga branqueadora das ditaduras e das experiências autoritárias, cuja recuperação moral e política significa uma muito séria ameaça à democracia".
Um livro enorme (mais de 800 páginas), no entanto, apesar de não o ter terminado, já pude ver que vale bem a pena. Quanto ao seu autor, um dos autores mais interessantes que conheci nos últimos tempos.
quarta-feira, julho 23, 2008
Homem do Leme
Tenho desfrutado de uma evolução... primeiro a Carrasqueira, depois Aveiro e, por último, a terra artificial de uma bienal de cinema...
De todas, qual prefiro?
Não hesito. A bela Carrasqueira, no estuário do Sado, perto da Herdade da Comporta...
segunda-feira, julho 21, 2008
Um carrinho cheio de sonhos...
Num carrinho cheio de sonhos viajas.
Topografas num inédito mapa de estradas, sendas, cicatrizes...
Riscas a amarelo o cinzento do caminho…
Trazes água a quem não tem de beber e
Dás o mais justo e solidário dos tectos
Unidos no mais perfeito arco-íris.
Mesclas um azul horizonte...
E com um traço sorridente, ridículo,
Não cobras nada por devolver infâncias...
Vão uns 'dailies'?
Encontrei uma folhinha guardada do "Público" com algumas das gravuras feitas por Jorge Colombo, os dailies, pessoas das ruas de Nova Iorque, cidade onde ele mora.
Some text
An article in the New York Times about the Dailies project
Essay from the Fullerton catalogue
A 2006 interview from Publico (in portuguese)
A 2004 interview from Storm Magazine (in Portuguese)
domingo, julho 20, 2008
quinta-feira, julho 17, 2008
Querido Corto
Corto, querido Corto, encontrar-te em Veneza, naquela rua remota, de rosto sujo mas sempre de cigarro recostado nos lábios, foi uma grande lição. Como podia não ir visitar quem me ensinou a viajar antes de poder viajar? Como ignorar a “Favola di Venezia” que tantas vezes me contaste? Como pude esquecer um amigo?
Será que ainda posso deitar-me a teu lado enquanto contemplamos um céu de palha na boca?
Vinicius Terra
Carioca de gema, humilde, como é apanágio de quem faz porque o amor vem primeiro que o interesse, simpatia evidente na sua discrição, este amigo (permite-me que te chame amigo), este exemplo, fez-me ver que, apesar de tudo, dos contratempos e ironias da profissão, ser professor, para além de vocação, cada vez mais é uma missão social, um constante exemplo para a comunidade que nos acolhe.
Obrigado Vinicius, foste o melhor que este curso (dito de actualização do PLE) me proporcionou. Lembraste-me do que tenho nas mãos! Força aí cara!
Vejam a sua página, as suas músicas e o que se diz da sua pessoa em:
http://profile.myspace.com/index.cfm?fuseaction=user.viewprofile&friendid=350438705
“Mais do que professor poeta e rapper, Vinícius Terra é um artista que transforma sua jornada diária em música. A MPB nunca teve um ‘cheiro’ tão forte de rap... Como bom amante da literatura, traz a sutileza da poesia bossanovista para a roupagem rap que ele escolheu. O hip hop nunca esteve tão tupiniquim. E se não fosse por esse, o Brasil jamais teria uma união tão perfeita da bossa nova com o rap”. (programa Café & MPB – TV JB)
António Sardinha
Poeta, historiador e político, destacou-se como ensaísta, polemista e doutrinador, tornando-se um verdadeiro condutor da intelectualidade portuguesa do seu tempo.
Foi pela mão de Eugénio de Castro que Sardinha publicou os seus primeiros poemas, quando tinha apenas 15 anos.
Em 1911, formou-se em Direito na Universidade de Coimbra.
Tendo sido um destacado republicano municipalista enquanto estudante, após a implantação da República deu-se nele uma profunda desilusão com o novo regime. Convertido ao Catolicismo e à Monarquia, juntou-se a Hipólito Raposo, Alberto de Monsaraz, Luís de Almeida Braga e Pequito Rebelo, para fundar a revista Nação Portuguesa, publicação de filosofia política a partir da qual foi lançado o movimento político-cultural denominado "Integralismo Lusitano" em defesa de uma "monarquia tradicional, orgânica, anti-parlamentar".
António Sardinha cedo se destacou no seio do grupo integralista pela força do seu verbo. A passagem das Letras à Política consumou-se em 1915, ao pronunciar na Liga Naval de Lisboa uma conferência onde alertava para o perigo de uma absorção espanhola.
Durante o breve consulado de Sidónio Pais, António Sardinha foi eleito deputado na lista da minoria monárquica. Em 1919, exilou-se em Espanha após a sua participação na fracassada da tentativa restauracionista de Monsanto e da "Monarquia do Norte".
Ao regressar a Portugal, 27 meses depois, tornou-se director do diário A Monarquia onde veio a desenvolver um intenso combate em defesa da filosofia e sociologia política tomista e, rejeitando a tese da decadência de Spengler, em defesa do catolicismo hispânico como a base da sobrevivência da civilização do Ocidente (tese retomada e desenvolvida nos anos 30 por Ramiro de Maeztu, em Defensa de la Hispanidad).
Veio a morrer em Elvas, a 10 de Janeiro de 1925, quando contava apenas 37 anos.
Obras poéticas, entre outras: Tronco Reverdecido (1910), Epopeia da Planície (1915), Quando as Nascentes Despertam (1921), Na Corte da Saudade (1922), Chuva da Tarde (1923), Era uma Vez um Menino (1926), O Roubo da Europa (1931), Pequena Casa Lusitana (1937).
Estudos e Ensaios: O Valor da Raça (1915), Ao Princípio Era o Verbo (1924), A Aliança Peninsular (1924), A Teoria das Cortes Gerais (1924), Ao Ritmo da Ampulheta (1925), entre outros".