terça-feira, setembro 28, 2021

Sentido de dever

Em Portugal, o pessoal anda a agradecer ao militar que liderou o processo de vacinação contra a Covid-19. É um bonito gesto, mas, ao contrário de muitos outros, o Almirante Gouveia e Melo é daqueles homens que não necessitam de agradecimentos. Este marinheiro foi forjado num imperativo sentido de dever, algo que a imensa maioria dos que lhe hoje agradecem desconhece. Mas é interessante ver como os meios e os cidadãos lhe dedicam atenção, nem que seja para constatarmos o quão carentes estamos de referentes de verdadeiro calibre.

"Al tomar estas notas, me confío a la 'banalidad' que está en mí." - Roland Barthes (in "Diario de un duelo", p. 27)

segunda-feira, setembro 27, 2021

"La ingenuidad tiene un halo de virtud"

Desde que decidí recopilar mis apuntes personales en un documento organizado y me sumergí en la década pasada, me acuerdo de las palabras de  Adolfo García Ortega, "la ingenuidad tiene un halo de virtud". En esa época era más ingenuo pero estaba más cercano de lo que me parece virtuoso.

domingo, setembro 26, 2021

Shirin-yoku de ciudad...

Si los bosques no abundan a nuestro alrededor, vayamos a buscar los árboles que que tenemos cerca, como las palmeras del barrio... El "Shirin-yoku" posible.

sábado, setembro 25, 2021

¿Cómo puede expresar alguien lo mucho que debe a la bondad de quienes lo aman?/Como pode alguém expressar o quanto deve à bondade daqueles que o amam? - Thomas Merton

“¿Cómo puede expresar alguien lo mucho que debe a la bondad de quienes lo aman? Si comprendiésemos que con su amor por nosotros la gente nos salva de la condenación por el simple hecho de ofrecernos su amistad, aprenderíamos a ser algo más humildes.” – Thomas Merton, “Diarios 1939-1968”.


“Como pode alguém expressar o quanto deve à bondade daqueles que o amam? Se compreendêssemos que, com o seu amor por nós, a gente salva-nos da condenação pelo simples facto de nos oferecerem a sua amizade, aprenderíamos a ser mais humildes.” – Thomas Merton, “Diários 1939-1968”.



“Rest and be kind, you don’t have to prove anything.” - Jack Kerouac

Diário de uma vitória e de uma derrota (Lisboa, Janelas Verdes, 15 de Março de 2006)

Encontrei o meu bloco de notas de 2006 e encontrei fragmentos que me permitiram recuperar esta entrada de diário do dia 15 de Março. Sem dúvida, um dia que não esqueci, mas que merece estar aqui publicado, nos despojos de várias vitórias com as suas proporcionais derrotas na minha vida. 


Lisboa, Janelas Verdes, 15 de Março de 2006

Estive quase a ser GNR, fui o candidato nº. 21380. Esforcei-me por superar todas as provas físicas, escritas, psicotécnicos, entrevista e até experimentei a farda, lembrando-me dos meus amigos Rui Trinca e Paulo Romero, quem esperava emular em referência e profissionalismo num futuro próximo.
Na entrevista, conheci um Major fora de série, educadíssimo, que quis compreender o meu mundo (“e o que espera a minha filha”, disse-me) perguntando-me o porquê de querer ser militar sendo um jovem licenciado. Não lhe menti, nem me pus com floreados, e não me arrependo. A sinceridade gera respeito e eu senti-o, em todo o momento, por parte deste homem. “Quero sentir-me útil”. Falámos pouco mais sobre o presente que enfrentamos e, sentado do outro lado da mesa, disse-me estas palavras que aqui escrevo para não as esquecer jamais: “Sabe Luís, não se avança o resultado da entrevista aos candidatos no final da mesma, mas, no seu caso, acho que o devo fazer. O Luís está apto. Precisamos de homens com o seu perfil e gostaria de voltar a encontrá-lo como militar da GNR”.
Se quando experimentei o uniforme achei que não ficava nada mal, depois desta entrevista, sentia-me digno do mesmo, estava inchado e até já tinha “soprado” na inspeção médica para provar que tenho dois testículos. Fiquei descansado e já me via em Portalegre a tirar o curso. Porém, as radiografias denunciaram duas coisas, uma grave e a outra parece que não. A primeira, reconfirmaram-me que nasci com uma espondilolistese, a segunda, que não tenho cunhas. Soube isso, ainda sob o efeito da conversa com o meu Major, quando o sargento veio dizer-me que estava excluído, aproveitando, já que estava na sala com mais de uma dezena de aspirantes, para perguntar em voz de sargento: “onde é que está o meu afilhado?”.
O seu afilhado era um gajo vesgo que estava ao meu lado na sala de espera, confessando-nos que não devia muito à inteligência, mas sim ao seu sargento padrinho. Ele ficou apto e eu fiquei fodido. Estou fodido e farto desta merda de país.


quinta-feira, setembro 23, 2021

Curiosidad y necesidad de expresarse...

Curiosidad y necesidad de expresarse son características que tanto encontramos en el académico como en el artista. No las encontramos en igualdad de circunstancias en el hombre del campo, en su huerto o en las labores de poda para que sus árboles crezcan fructuosos y con natural dignidad. 
El padre y el profesor se encuentran en sintonía en otras frecuencias, muchas veces poco escuchadas, como las del ejemplo y la de la transmisión de valores y conocimientos.
En el medio de todo esto, seguro de inseguridad, me encuentro yo, un hombre raro, devoto del silencio, pero consciente que si en su vida predomina la quietud es posible que algo vaya mal.

quarta-feira, setembro 22, 2021

Um no berço, outro a brincar...

Um no berço, outro a brincar espojado no chão e outro connosco no sofá a ver televisão, enquanto lá fora a vida continua em erupção, como o vulcão de La Palma... 

Uno en la cuna, otro jugando tirado en el suelo y el otro con nosotros en el sofá viendo la tele, mientras fuera la vida sigue en erupción, como el volcán de La Palma... 

segunda-feira, setembro 20, 2021

"La vida erizada de instantes/A vida arrepiada de instantes"

"La vida erizada de instantes" es una frase subrayada por mí, desde hace tiempo, en la prosa de Francisco Umbral que decidí usar para dar título a una publicación que algún día espero compartir con quien quiera leerla y, principalmente, con mis hijos. La mía varias veces se ha erizado en instantes de todo tipo. Tres jamás los olvidaré: el 9 de diciembre de 2010, el 23 de abril de 2015 y el 19 de septiembre de 2021. El último, ayer, además de erizarse en nuestras vidas sumándose a nuestro pequeño mundo, ha venido a enriquecernos. Su nombre germánico es "Heinrich" y procede de "haim" (morada, casa, patria) y "rich" (jefe, amo, líder), por lo que significa "amo de la casa" o "jefe de la patria". Un nombre, a pesar de su etimología, es sencillamente una elección de quien ya por aquí andaba, en este caso su madre y yo, pero ajeno a liderazgos domésticos, Enrique ya tiene una patria, un suelo paterna (y materno) al cual siempre podrá recurrir: su familia.

"A vida arrepiada de instantes" é uma frase sublinhada por mim, desde há algum tempo, na prosa de Francisco Umbral que decidi usar para dar título a uma publicação que um dia espero partilhar com quem a queira ler e, principalmente, com os meus filhos. A minha várias vezes se arrepiou em instantes de todo tipo. Três jamais os esquecerei: a 9 de Dezembro de 2010, a 23 Abril de 2015 e a 19 de Setembro de 2021. O último, ontem, para além de se arrepiar nas nossas vidas somando-se ao nosso pequeno mundo, veio enriquecer-nos. O nome germânico é "Heinrich" e procede de "haim' (morada, casa, pátria) e "rich" (chefe, amo, líder), daí poder significar "senhor da casa" ou "chefe da pátria". Um nome, apesar da sua etimologia, é simplesmente uma escolha de quem já por cá andava, neste caso a sua mãe e eu, porém, alheio a lideranças domésticas, o Enrique já tem uma pátria, um solo paterno (e materno) ao qual sempre poderá recorrer: a sua família.


 


 

domingo, setembro 12, 2021

O fim de um homem bom...

Jorge Sampaio faleceu e Portugal despediu-se do seu antigo Presidente da República. Recordo bem os seus dois mandatos, lembro-me bem de alguns desafios que a sociedade trouxe à sua figura de estadista (com poderes bastante limitados, como se sabe) e do seu exemplo como ser humano. Muita gente hoje o salienta e eu apenas iria constatar o óbvio. Porém, aflige-me o fim de tantos homens bons (aqui incluo o femenino, obviamente - não me vão para aí acusar de machismo -) e, apesar do reconhecimento póstumo da sua bondade, outros homens bons não me parecem ter o destaque e o relevo que deveriam de ter numa sociedade necessitada de bondade. Ser bom ser humano não é visto como a melhor qualidade para se sobreviver, não é uma competência para a competitividade, é mesmo, para muitos, uma fraqueza.
Estes bons que nos têm abandonado têm um legado a preservar. Aí está a sua força, a sua grandeza, por mais que a queiram remeter para territórios de debilidade. 
Acredito na bondade, na generosidade, e, pelos nossos filhos, não posso abdicar dessa atitude vital mesmo em tempos como estes. Não é uma fraqueza, não é coisa de lamechas, a bondade de homens como o meu velho presidente (e o meu velho mestre Ferreira Patrício, também nestes dias falecido) têm de continuar em muitos de nós. Lembro-me frequentemente disto, principalmente quando o cinismo me aborda, e peço a Deus, e aos que me precederam e ainda acompanham, para alimentar qualquer coisa de bom que em mim exista...

sexta-feira, setembro 10, 2021

Crónica: "Café solo" de Luis Leal (in "Mais Alentejo" nº157, p. 74)

Mais ainda que o sotaque (muitas vezes confundido com galego ou argentino), uma das coisas que vai delatando as minhas origens é tomar café num ritual que, em abono da verdade, conquistei já bem adulto. Uso este verbo pois acredito que os verdadeiros deleites têm de ser conquistados, necessitam uma formação prévia que, em períodos de imaturidade, é apenas desperdício. Poderia fazer uma lista de rotinas que necessitam ter o nosso espírito mais polido para poderem ascender a sublimes. Lembro-me da música clássica, do jazz, do vinho, da ensaística, do sexo, do whisky, da poesia, entre tantas, antes de me centrar nessa bebida produzida a partir dos grãos torrados do fruto do cafeeiro. 

Aos 27 anos, conquistei o carácter do café. Como T.S. Eliot também tenho medido a minha vida em colherzinhas de café, essas que, em círculos, agita possíveis borras no fundo antes de descansar no pires, depois de batida na margem da xícara, num ritual sem nada que invejar à cerimónia do chá japonês, pois, entre a amargura e o dulçor, o café igualmente nos permite contemplar a natureza da existência.  

Quando os meus amigos já o bebiam, ainda na adolescência, para favorecerem a digestão, alegrar o espírito, afastarem o sono e terem estilo (e alguns para libertarem o ventre na companhia de um cigarro), só o aroma é que me despertava os demais sentidos. As bicas, tiradas nos verões em que trabalhava para o meu tio num bar de uma piscina algarvia cheia de inglesas em biquíni, a cafeteira na lareira, muitas vezes só com cevada ou chicória a substituírem o verdadeiro café na falta de outras possibilidades, eram aromas agradáveis, porém, quando me chegavam ao paladar não eram capazes de invadir esse território pueril habituado ao “ColaCao”. 

Possivelmente só se pode valorizar a miudeza quando aprendemos a saborear o travo de termos de crescer. A doçura em excesso provoca diabetes e tende a ocultar epifanias como as que, no meu prosaísmo, costumo ter enquanto tomo, em leves sorvos, uma bica. Um olhar a perder-se pela janela, uma conversa a solucionar os dilemas do mundo, o voyeurismo do cimbalino alheio, o silêncio estimulante, o pacotinho de açúcar que levas para casa e te cita o Tolentino Mendoça: “Este instante que passa é a porta por onde entra a alegria”.

Durante o confinamento em Portugal, li algures que tomar café, isto é, praticar a religião com mais fiéis entre o povo português, se havia tornado uma atividade ilícita, sendo proibido fazê-lo em diversos estabelecimentos, à imagem dos cristãos nas catacumbas, e para se poder celebrar este rito havia que se recorrer a um código tipo “quero um bitoque”. Eu, apesar das restrições, em Espanha, fui podendo praticá-la ao postigo, algo que fiz mais por carinho ao café do bairro (“Europa”, como o da minha infância) do que por devoção à cafeína. Regra geral, e digo-o sem querer ofender ninguém, “café solo”, do outro lado da fronteira, só “con leche”! No entanto, quando assumimos esta religiosidade, aprendemos todos os truques e locais para desfrutarmos da “verdade do café”!

Escrevo esta crónica com o café bebido ao lado e, apesar do George Clooney ser o embaixador do expresso e do Malkovich ser o deus da Nespresso, sinto que o meu estilo não fica atrás do grisalho de Hollywood e, nestas coisas do café, Deus é português! Afirmo isto com a mesma segurança de um segredo de Fátima, porque, também eu, há anos, em pleno centro de Madrid, a metros do Palácio Real, tive uma visão: uma carrinha da Delta Cafés a descarregar um cheirinho familiar num pequeno bar. Não fiz mais nada, entrei no mesmo, como Ramón Gómez de la Serna entrava no Café Pombo da Calle Carretas, depois de longas temporadas em Lisboa, habituado a tomar café no Martinho da Arcada, na Brasileira, no Leão d’Ouro, no Nicola e no Montanha, e pedi, em alto e bom português, “é uma bica cheia, ó faz favor!”.

O café tem mesmo o dom de adoçar o indócil, de tornar entendível o incompreensível, e o empregado lá me serviu um “café solo” acompanhado por uma saqueta de açúcar a avisar-me do perigo de andar por aí a divagar sobre epifanias de cafeína: "É melhor estar calado e parecer parvo do que falar e esclarecer as dúvidas definitivamente". E não é que o camareiro era o Groucho Marx!

"Café solo" - Luis Leal
"O humor abre espaço à sabedoria" - José Tolentino Mendoça

Crónica: "Café solo" de Luis Leal (in "Mais Alentejo" nº157, p. 74)

Para mim, tomar um cafezinho é um ritual que nada tem a invejar à cerimónia do chá japonês, pois, entre a amargura e o dulçor, o café igualmente nos permite contemplar a natureza da existência. A minha não tem nada de especial, mas, sob o efeito da cafeína, como poderão ler neste “Café solo”, tenho epifanias só comparadas com os segredos de Fátima! (Amanhã estará nas bancas mais um número da Mais Alentejo, melhor ainda que um pastel de nata para acompanhar uma bica!)

Para mí, tomar un cafetino es un ritual que nada tiene que envidiar a la ceremonia del té japonés, pues, entre la amargura y el dulzor, el café igualmente nos permite contemplar la naturaleza de la existencia. La mía no es nada de especial, pero, bajo el efecto de la cafeína, como podrán leer en este “Café solo”, ¡tengo epifanias únicamente comparables a los secretos de Fátima! (¡Mañana estará en los quioscos un número más Mais Alentejo, mejor aún que un “pastel de nata” acompañando a una “bica”!)

"Café Solo" - Luis Leal



quinta-feira, setembro 09, 2021

"Política, gestión de utopías y rebeldía" por Fernando Aramburu

“La política y la gestión de utopías no me interesa: me atañen los comportamientos humanos, y cuando me acerco a la política es porque veo ahí un teatro de la conducta. Eso sí me llama mucho la atención, cómo la política repercute en los personajes y en la ciudadanía”. Fernando Aramburu, El País Semanal, agosto, p. 28.

“[Camus definía al rebelde como quien dice no pero luego deja tras de sí algo positivo, una alternativa por eso] Entendí que estábamos equivocados, como muchos anarquistas. Para hacer lo que hacíamos necesitábamos que otros crearan previamente. En realidad éramos parásitos, vivíamos de la invención de los demás para destruirla o parodiarla y eso nos parecía la rebeldía. Pero no lo era.” – Fernando Aramburu, Ibidem.

Fernando Aramburu


quinta-feira, setembro 02, 2021

Una señal de vejez.../Um sinal de velhice...

Una señal de vejez: ver a un señor mayor, con su boina campera, parado dentro de su coche y escuchando, con la música a tope, a Nirvana... a su "Smells Like Teen Spirits".

Um sinal de velhice: ver um senhor idoso, com a sus boina tradicional, parado dentro do seu carro a ouvir, aos altos berros, Nirvana... com a sua " Smells Like Teen Spirits".

Un cuento Zen de mierda

El discípulo pregunta al maestro:
- Maestro, llevo años con usted y me doy cuenta que no actualiza sus enseñanzas... ¿No estaría bien un poco de innovación?
El maestro riéndose de la situación le contesta con otras preguntas:
- ¿Repito constantemente mis lecciones, verdad? ¿Soy muy pesado?
La cara casi iluminada del discípulo refleja la afirmación, pero el maestro prosigue entre risas.
- Querido alumno, creo que todavía no te has dado cuenta que lo que te enseño es que, en el fondo, los pilares de nuestra vida son pocos y no necesitan grandes novedades, sí mantenimiento. Por otras palabras, por si sigues con alguna dificultad de aprendizaje, las enseñanzas para una vida con un mínimo de sentido son siempre la misma mierda y cada uno las huele como quiere. Eso de innovación es igualmente mierda, pero mierda que suele estar de moda. 

quarta-feira, setembro 01, 2021

"Salgueiro Maia" por Moisés Cayetano

Salgueiro Maia por Moisés Cayetano

Gostava de poder escrever mais sobre o que leio, mas as minhas 24 horas não mo permitem e, pouco a pouco, vou aprendendo a lidar com as minhas limitações. No entanto, desde há uns meses, que devo umas palavras de agradecimento ao meu caríssimo Moisés Cayetano Rosado que, como outras vezes, me prendou com a sua obra, com o seu legado como investigador, homem de cultura e ser humano sensível ao que costumo pensar como “lírica da nossa intra-história”. 
Moisés Cayetano, para além de grande defensor e promotor do património material e imaterial da nossa “rai(y)a”, recuperou para a historiografia da nossa península a figura de uma personagem singular através da publicação, tanto em Espanha como em Portugal, de Salgueiro Maia – Das Guerras em África à Revolução dos Cravos (Fundación CB e Edições Colibri). Tive o privilégio de receber do autor a edição espanhola ainda nos resquícios de Abril do presente ano (que fui lendo com gosto, recordando e aprendendo, mas com interrupções de afazeres inadiáveis), contudo, ontem, ao visitar os meus pais, alheios ao facto de o seu filho conhecer pessoalmente Moisés Cayetano, fui por eles obsequiado com a versão portuguesa prefaciada por Marcelo Rebelo de Sousa. 
Já tive oportunidade de dissertar, quer em português, quer em espanhol, sobre o “nosso capitão”, sobre como o seu legado de “herói simples e próximo” (bem lembrado por Cayetano Rosado) marcou a forma como concebo a liberdade, a democracia e a responsabilidade individual, mas receber este belo livro em mãos destas pessoas é de uma grande importância para mim. A geração de Moisés Cayetano e dos meus pais merece esse reconhecimento, merece a minha gratidão. Eles conheceram as ditaduras peninsulares e, à sua maneira, lutaram por nos educar em liberdade.
Obrigado Moisés (gostava de te ter agradecido há mais tempo) e “gracias” mãe e pai, por sempre nos lembrarem a importância do que nos trouxe o 25 de Abril.