domingo, maio 19, 2013

"A Arte da Viagem" de Paul Theroux (a minha forma de sonhar...)


Em momentos de maior cansaço (e não só), a ideia da viagem assemelha-se a um sonho. A minha forma de sonhar acordado nos últimos dias é estar acompanhado por este livro que trouxe comigo do intercâmbio em Castelo Branco. O gajo tinha como que uma boquinha que me dizia: "leva-me contigo, leva-me contigo!". E não é que o gajo me convenceu!? Até agora,não me arrependi de o ter albergado na mesa de cabeceira...
Sinopse
Cinquenta anos de viagens celebrados por uma recolha de textos que formaram Paul Theroux enquanto leitor e enquanto viajante - um manual literário de viagem, um guia filosófico, uma antologia de grandes autores que viajaram, entre eles Theroux. A Arte da Viagem mostra toda a bagagem - espiritual ou física - que levaram e que trouxeram; os lugares por onde passaram, ou nunca passaram; os prazeres e os sofrimentos do viajante, os paradoxos da viagem, a solidão, o anonimato, o encontro com estranhos; a estrada enquanto vida; as cidades, os comboios, as paisagens; a aventura; e a tradição, a política e a pornografia na viagem; o tempo e o amor na viagem; e a viagem enquanto transformação. Neste extraordinário tributo encontramos, entre muitos, Vladimir Nabokov, Samuel Johnson, Evelyn Waugh, Mark Twain, Bruce Chatwin, Graham Greene, Isak Dineses, Anton Tchekov, Ernest Hemingway e o melhor de Paul Theroux.
A Arte da Viagem de Paul Theroux


Excerto:
«A estrada é a vida.» Jack Kerouac
«Viajar é um paraíso de loucos.» Ralph Waldo Emerson
«A viagem é fatal para o preconceito, a intolerância e a estreiteza do espírito.» Mark Twain

«O vagabundear pela nossa “América” mudou-me mais do que eu pensava.» Che Guevara

«Viajar torna uma pessoa modesta – vê-se como é pequeno o lugar que ocupamos no mundo.» Gustave Flaubert

sábado, maio 18, 2013

A Estrada

A estrada, o caminho, o percurso; qualquer que seja a designação, é um passar de espaço que leva tempo. Depende de cada um de nós a forma como usa esse tempo. Poderá ser um desperdicio de tempo (e espaço)ou um ganho. Eu tenho ganho, muito - afinal apenas somos importantes quando tocamos o tempo (e o espaço) dos outros. Eu tenho ganho, porque os outros também tocam o meu tempo (e espaço). Agora, gostaria de ter mais tempo, e mais espaço, para tocar mais vidas, e ser tocado por elas. Espero um dia, ter mais imagens para partilhar, para dividir e para somar. Quem sabe um dia ensine mesmo que o caminho se faz caminhando com alguém perto, dividindo e somando passos, trocando tempo, e somando sorrisos.

quinta-feira, maio 16, 2013

Bicicleta com tapete de folhas secas



O título, com licença do fotógrafo, é meu. A fotografia foi tirada em Berlim em novembro do ano passado pelo fotógrafo português Ricardo Silva Cordeiro




quarta-feira, maio 15, 2013

domingo, maio 12, 2013

Fernando Pessoa & Cia. - Laura Pérez Vernetti

A BD a explorar directamente universos poéticos, neste caso a heteronímia de Fernando Pessoa. Um excelente trabalho que recomendo vivamente e que já está diponível em português! Dêam uma vista de olhos a estas pranchas "Amar é pensar" e "Trânsito", adaptadas do heterónimo Alberto Caeiro.


Paneles del nº1 de "Action Comis" (el nacimiento de Superman) en la casa de Joe Shuster


quarta-feira, maio 08, 2013

Caídas as folhas das árvores.


Nuestras sombras crecen juntas...


...


La prisa preguntó a la calma el porqué  de su puntualidad.
Y esta dijo: cálmate, ya te explicaré.

As cadeiras - João Luís Barreto Guimarães


As cadeiras

pousou uma mosca aqui

À aula de
quarta-feira assistiram 13 alunos e
27 cadeiras. Em resumo: a sala cheia.
Quando a
lição terminou os 13 alunos partiram e
acto contínuo contei 20 casais de cadeiras.
Às aulas que tenho dado nunca faltam
as cadeiras
ficam a ouvir-me caladas
(as costas muito direitas).
É bom de ver que as cadeiras entendem
tudo à primeira
parecem bem mais maduras (mais
pés
assentes na terra).

Volto já [pendurada está a tabuleta]


Volto já.
[pendurada está a tabuleta]

Encerrei para inventário e relatório de contas.
Não volte mais tarde.
Nem depois de almoço.
O relógio marca 5 minutos a mais.
Não há ponteiros rectificativos, nem faço orçamentos de obras feitas.
Tem-se esquecido de guardar as facturas?
(Não se preocupe. Ninguém se evade à tributária autoridade do tempo),
Também não pode descontar o tempo perdido no IRS,
Nem no imposto de valor acrescido que nunca cobrei.
Não sei se volto já.
A si mesmo. Nem com juros de mora.
Isto, não tem resgate, resta declarar bancarrota.
Mas não me apetece dar explicações. É o meu único luxo.

Chegasse mais cedo!

Agora,
Sou um insolvente dum presente.
Imposto em impostos.
Activo tóxico em risco de tornar-se um mutante financeiro.
Abrirei nova actividade noutro eu qualquer.
Desta vez, por debaixo da mesa. E para os sentimentos um mealheiro!
Não aceito mais o controlo fiscal
(ou temporal sem controlo de qualidade)
De contas que não tenho.
Funcionarei pela porta do cavalo.
Recuso-me a fechar a loja.

Chegasse mais cedo!

Ainda há quem mereça ser bem atendido.
E para isso ainda tenho o meu direito de admissão.
E aqui, o sr. já não entra!

Na loja. 6/V/13

segunda-feira, maio 06, 2013

você está aqui

Você está aqui. É porque neste momento está nestes "senderos". Eu estou aqui acompanhado por um poeta (até então por mim desconhecido) que a casualidade de uma estante me apresentou. João Luís Barreto Guimarães, "você está aqui", editado por a Quetzal. Se você está aqui, vale a pena ir até ali (joaoluisbarretoguimaraes.blogspot.com) e dizer-lhe olá. Dê-lhe um abraço da minha parte.